Género: Corridas
Produtora: Codemasters
Editora: Codemasters
Acabei de jogar Colin Mcrae Rally e estou cansado, com as mãos doridas. Aliás, todo o corpo dorido, preciso de um banho quente, tirar esta lama e este pó de cima de mim e uma boa massagem para me arranjar as costas… E isto tudo só na Playstation! Quem diria?
De facto este jogo de rallys está qualquer coisa de fenomenal. Colin Mcrae e o seu Subaru Impreza, foram a marcas escolhidas para a divulgação deste revolucionário jogo de corridas. Mas revolucionário como? Que houve para revolucionar? Que foi feito aqui que até agora ainda não o tenha sido? Vamos analisar detalhe a detalhe.
Gráficos: Graficamente o jogo passa do óptimo ao razoável em vários momentos. Como? Muito simples. Os carros e as pistas estão muito bons, até á data pouco foram os jogos do género com carros tão bem detalhados, e com um grafismo tão realista quanto o de Colin Mcrae. O vidros partem-se com embate, tal como os pára-choques e as laterais. As pistas também estão ao mesmo nível com muitos pormenores no asfalto como areia solta na estrada, gelo, o aspecto sujo da lama a borrar o carro todo e a poeira em terrenos mais secos e áridos. E qual é o mal perguntam vocês? O mal é tudo o que está á volta, ou seja o cenário. O cenário das pistas foi, na minha opinião, a grande falha gráfica (e tal vez a maior) em Colin Mcrae. Está bastante pobre e com poucos pormenores. Quando embatemos nas árvores nota-se bem o aspecto 2D delas. As animações exteriores são praticamente nulas. Isto nem seria tão mau se o contraste de qualidade não fosse tanto mas é o que acontece. Quem trabalhou tão bem em fazer os carros e as pistas, podia se ter esforçado um pouco mais nos cenários também. Mas existem outros pontos positivos a apontar. Os menus estão muito atractivos com animações 3D muito apelativas, e quando acabamos uma etapa podemos ver a repetição da nossa corrida sobre vários ângulos. Excelente!
A Codemasters conseguiu trespassar a sensação da adrenalina na condução através de um comando e isto deve-se á sensibilidade dos botões. E é aqui onde digo que este jogo é revolucionário. Não iremos ter uma boa performance se trocarmos pneus de correntes para neve nas estradas secas da Grécia, ou rebaixar o carro numa superfície areosa como a da indonésia. E se espatifarmos o carro durante os percursos de uma etapa a direcção vai-se danificar e temos o rally arruinado. Essa dificuldade poderia ser frustrante mas acaba por ter exactamente o efeito reverso, pois faz-nos experimentar outras soluções e sentir a diferença ao conduzir com o carro adaptado ao terreno. Revolucionário, percebem?
Som: Ao revolucionário mistura-se outro dos ingrediente que fazem este jogo ser uma pérola dos jogos de corridas: o realismo. Não se pode dizer que seja fácil tornar um jogo realista e interessante ao mesmo tempo mas neste caso conseguiram-no fazer e muito bem. E o som tem um papel fundamentalíssimo nessa percepção de realidade do jogo. O som das acelerações, mudanças das velocidades, das travagens e derrapagens sobre os vários tipos de terrenos… foi tudo captado ao pormenor para proporcionar uma qualidade sonora impressionante durante o jogo. Este, é um daqueles (poucos) jogos onde não é necessária música de fundo, pois o som dos veículos a trabalhar enchem os ouvidos de qualquer um. Melhor, transportam-nos para as corridas tal e qual como se fossemos nós a conduzir.
Longevidade: Em Colin Mcrae há muito para fazer. Primeiro temos uma escola para aprendermos a conduzir e a usar as técnicas de rally. Depois o campeonato mundial com 9 países e 52 etapas a percorrer, e depois temos o modo rally com as etapas dos campeonatos que tanto servem para treinos como para jogar a 2 jogadores no “modo fantasma”. Este modo fantasma funciona com um jogador de cada vez. O segundo jogador tem a hipótese de competir directamente com a performance do jogador anterior através de uma “repetição fantasma” da corrida em pista. Isto serve de estímulo para melhorar o comportamento em corrida e conduzir de forma mais prática e eficaz, incentivando naturalmente o realismo na condução e melhoria nas técnicas de rally. Existem também 3 níveis de dificuldade. Mas não pense que o fácil seja assim tão fácil. Isto não é um jogo para miúdos, pois a cada corrida o desafio é cada fez maior e os tempos são cada vez mais difíceis de bater. Mas acredito que isso não o fará desistir, bem pelo contrário, vai sentir-se gratificado por essa dificuldade e tentar ultrapassa-la vai agarra-lo ao comando por bastante tempo. Para os que conseguirem acabar as provas em 1º lugar terão acesso a corridas especiais para ganhar carros de rally da velha escola. E no final do campeonato que se portar bem e conseguir pelo menos o 6º lugar terá uma surpresa agradável.
Gráficos: 7.5 (Pena os pormenores feios do cenário estragarem a beleza dos carros e das pistas.)
Jogabilidade: 9.0 (Algo de fenomenal! O verdadeiro senhor dos rallys)
Som: 9.0 (se passar um Subaru Impreza a porta de casa eu vou perceber)
Longevidade: 8.5 (Difícil, com muito para ganhar. Não se contentem com 3ºs e 4ºs lugares)
Nota Final: 8.5 (Sem duvidas, o melhor jogo de rally até ao momento)
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