Género: Plataformas
Produtora: Nintendo
Editora: Nintendo
"Olha, o Mike passou-se! Este jogo não é para a Playstation!
Que é que te deu? Mais um jogo para o Game Boy? Andas numa de Mario é?? Já não
és Sony Boy agora? Viraste-te para a Nintendo é?? Traidor!! Nintendo
Geek!!!!!!!"
Muito bem, bem-vindos aos anos 90’, época em que me estreei como jogador. Era bem novinho, ainda nem sequer sabia ler, mas já viciava que
nem gente grande em Super Mario World da Super Nintendo. Sim, este foi o meu
primeiro, e ainda hoje é um dos meus preferidos! E essa foi uma das razões pela
qual decidi fazer esta análise!
(Mas isto nem se quer é o Super Mario World! Nem
sequer é da Super Nintendo!!).
Por outro lado o GameBoy foi uma consola que
sempre que me passava pela vista deixava me uma lágrima bem triste nos olhos!
Por muitas tentativas que fizesse (muitas com o clássico olhar de cachorrinho
abandonado a dizer: “Eu sou muito pobrezinho mas gostava tanto de ter um
GameBoy”) ninguém me comprava a portátil da Nintendo, tanto que só uns bons
anos mais tarde é que adquiri nos meus anos a versão Pocket para jogar o jogo
sensação da altura – o Pokemon!
Voltando agora ao jogo em questão (Voltando!? Não sei se
reparaste Mike mas ainda nem sequer mencionaste o nome do jogo! Nintendo
Geek!!!!!), como seria de esperar no ano do seu lançamento o Game Boy trouxe os títulos exclusivos da Nintendo sendo um deles o famoso Super Mario Land! Ao
longo de 12 níveis distribuídos por 4 mundos diferentes temos pela frente a
missão de resgatar a princesa Daisy do maléfico alienígena Tatanga (Então e o
Bowser?? Mike: Estava em Punta Cana por esta altura). Que clássico dizem vocês.
Mas nunca foi pelo enredo que Super Mario ficou conhecido. A razão pela qual
este é uma das séries de jogos mais conhecidas e bem sucedidas do mundo deve-se
à sua jogabilidade acessível simplista e viciante que conquistou o coração de
milhões de meninos e meninas em todo o mundo. Super Mario Land capta
precisamente isso, repetindo a dose original da versão da Nintendo, e isso
deixou os fãs de Super Mario à beira da loucura, sendo este um dos jogos
responsáveis pelo sucesso inicial da consola portátil. Os cogumelos, as
estrelas, moedas, e a rosa das bolas de fogo estão bem presentes durante todos
os níveis bem como os caminhos secretos e os tubos que dão acesso a grutas
recheadas de bónus. Existem ainda algumas novidades em Super Mario Land.
No
final de cada nível em vez de encontrar mos o poste com a bandeira (que por mais
vezes que tentemos nunca conseguimos atingir o topo) existem duas portas de
acesso ao próximo nível. Uma fácil e outra que toda a gente quer, por termos
direito a um bónus! E como seria de esperar aceder a esta porta VIP traduz-se
num desafio maior, que nem sempre será fácil de concretizar. Outra novidade são
os níveis de veículos que abrem uma nova perspectiva de jogo ao Super Mario
Land. Existem dois níveis em que num controlamos um submarino e noutro um
avião, e aqui passamos de um jogo de plataformas a uma espécie de shoot’em’up
em que disparamos tiros a torto e direito, matando os inimigos e destruindo
blocos de tijolo até chegarmos ao Boss. Isto apanhou-me um pouco de surpresa, e
no fundo acaba por ser uma adição positiva ao jogo diversificando mais o
conteúdo lúdico do jogo.
Um dos factores que fizeram muitos torcer o nariz ao Game Boy
foi a ausência de cor no ecrã.. Apesar do ajuste de luminosidade da consola,
era difícil tirar partido da componente gráfica do jogo. Mas de um problema se
cria uma oportunidade e isto também permitia mais espaço de criação no
cartucho, não ocupando bytes com texturas coloridas. E por mais ridículo que
possa parecer nos dias de hoje Super Mario Land tinha uns gráficos muito bons
com figuras bastante perceptíveis (apesar da imperfeição de alguns elementos).
A proximidade com os gráficos do Super Mario original era próxima e isso ajudou
muito à aceitação do jogo e da credibilidade da própria consola. Game Boy
assumia-se como uma consola de 8 bits à semelhança da sua congénere Nintendo. A
grande diferença é a de que o Game Boy não dispunha de um periférico que conseguisse
tirar proveito de toda essa tecnologia (mais concretamente uma simples
televisão) e tinha de se submeter a um ecrã bicolor.
Além da imagem o som também era um problema devido às
limitações da consola, mas isto acontecia com um propósito muito importante –
As pilhas! A Nintendo achou (e muito bem!) que seria preferível perder
qualidade em determinadas características da consola do que ter uma consola
melhor e levar o jogador à falência a comprar pilhas. Mas isso não serve de
justificação para Super Mario Land ter tido uma banda sonora fraca. Falta-lhe a
originalidade da série, e as músicas parecem saídas de um daqueles pianos electrónicos que se vende nos chineses. Sim, é verdade que tem faixas sonoras muito boas como a do ultimo boss, mas rapidamente passa do oito ao oitenta
(Usaram o Can Can como tema para quando apanhamos a estrela.. What the...???). Não,
defenitivamente no geral a música desilude, principalmente os fãs.
Mas temos de ter em consideração que estávamos em 1990 (provavelmente alguns de vocês nem eram nascidos), e na altura isto foi um
grande lançamento. Um jogo que vem numa nova consola acaba sempre por captar
mais a atenção do público, ainda para mais um jogo como o Super Mario. E no
fundo o que importava mais era ligação criada entre o jogo e o jogador, e nesse
campo não me posso queixar de Super Mario Land. O jogo apesar de não ser difícil tem a duração certa e vários pontos save state. Isto foi nitidamente
criado para atrair um publico mais jovem de forma a não frustrar de inicio os
petizes, e a Nintendo teve a sua recompensa nas 18 milhões de unidades
vendidas.
As cores originais do Game Boy |
Gráficos: 7.5 (Bem desenhados, e perceptíveis. Apenas alguns
traços de imperfeição)
Jogabilidade: 8.5 (Altamente viciante… é Super Mario)
Som: 6.0 (As boas faixas não deixam este parâmetro ir pelo…
cano abaixo. AAHHHHAHAHAHA)
Longevidade: 8.0 (Ideal para não cansar, e voltar a jogar um
mês depois)
Nota Final: 7.5 (Super Mario Land vale pela sua
simplicidade, e pelo entretenimento que tráz ao jogador. Há que ter
consideração também que foi um jogo da primeira portátil da Nintendo que tinha
uma missão de divertir o jogador, bastante diferente das portáteis de hoje em
dia.)
Ótima matéria! Super Mario Land é clássico demais! Eu particularmente prefiro as duas continuações dele que é o Super Mario Land 2: 6 Golden Coins e Wario Land: Super Mario Land 3 >>> Amo esses dois jogos!
ReplyDelete