Género: Luta
Produtora: Paradox Development
Editora: Activision
Ora estava eu no meu belo café da manhã a ver os mails no meu ipad, e eis que vejo o sr Mike on-line no e-mail. Cheio de vontade de voltar a pegar em mais um jogo pergunto-lhe: “Então Mike, qual é o jogo que queres a seguir para review?” ao que ele me responde: “Wu-Tang… aquele de luta com a banda de Rap..”. Contrariado digo-lhe “bah esquece lá isso.. dá-me outro”. Após 30 minutos sem qualquer tipo de resposta preparo me para sair e voltar ao meu lar-doce-lar. Ao entrar em casa deparo me com a cena macabra do meu gato pendurado pelo pescoço, e com um post-it laranja colado na barriga onde estava escrito “Wu-Tang: Taste The Pain”
Nah, o Mike não fazia isso (Mike: dizes tu.. detesto gatos!).
Mas sinceramente não esperava grande coisa deste jogo. Os gráficos deviam de
ser de qualidade inferior, a ideia devia de ser péssima e a execução devia de
ser atroz. Porquê? Porque é um jogo baseado em torno de uma banda. Desde a
atrocidade arcada que foi Journey (perguntem aos vossos pais) até ao desastre
das Spice Girls, os jogos baseado em torno de uma banda têm sido tão úteis como
um guarda-sol de chocolate num dia de verão quente. Mas pelos menos esse, podia
ser comido.
Wu-Tang: Taste The Pain poderia ser apenas um beat’em'up,
uma nova forma dos rappers de Staten Island ganharem dinheiro, uma linha de
vestuário e, provavelmente, uma linha caprichosa de pastelaria francesa. Mas
não é nada disso. Taste The Pain é um desses monstros raríssimos: um bom jogo
em torno de personagens conhecidas. Surge com os ornamentos ao estilo de
Tekken. Personagens por descobrir, modo Story, arenas secretas, combos, modos
practice, cenário de Replay… tudo bordado, artisticamente ao estilo de Wu.
Taste The Pain é o Clan na Playstation, desde a dura banda sonora de rap
(exclusiva do jogo), aos estilos orientais dos movimentos de Kung-Fu. Começando
com os novos Clansters a acção chega directamente de um taco de Basebol (Mike:
Óh gato anda que não te faço mal…).
Cada personagem tem combos individuais (tentem Ol’ Dirty Bastard’s
Drunk Man Flying!) estilos de combate (Ghostface Killa pratica a luta
corpo-a-corpo dos monges de Shaolin) e armas (espadas, correntes, martelos de
forja.. Post-it’s laranjas..). Baseado numa versão muito melhorada do infame
motor de Thrill Kill, Taste The Pain é igualmente um jogo para quatro
jogadores, não recomendado a pessoas susceptíveis. Embora não sejam tão
sensíveis como no modo para jogador individual, os ângulos da câmara mantêm-se
com a acção, e uma vez que retire a carnificina em massa do seu estilo de jogo,
a estratégia é importante.
Metam à mistura gráficos atmosféricos, deliciosas
combinações de movimentos e sequências finais chocantemente violentas (GZA a
cortar a cabeça do seu adversário, por exemplo) e Taste The Pain detona a
bomba. Mas será tão bom como o Tekken 3? (Mike:
Tás aqui tás a levar com um post-it lanranja no meio da testa) Claro
que não, mas é um Beat’em'up de estilo de arcada com bom aspecto, com um
sentido de humor macabro. Volta e meia ao jogarem-nos vão passar com as mãos
pelo pescoço…
Gráficos: 7.0 (Tão doce como as rimas de GZA)
Jogabilidade: 8.5 (Tão dura como os ritmos de RZA)
Nota Final: 7.5 (Brandir de espadas, gritos
assustadores, golpes de correntes, confusão de vísceras, uma fatia de agitação
de Shaolin. Não é Tekken, mas também não deve ter sido destinado a ser. Agora o
título (Taste The Pain) está bem adequado.
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