Super Mario Land 2: 6 Golden Coins

Data de Lançamento: 28/01/1993
Género: Plataformas
Produtora: Nintendo
Editora: Nintendo

Mais um Mario pa caixa! Pois muito bem, cá estamos de volta à Nintendo, desta vez, de volta ao Game Boy! Até agora tive o prazer de ter concluído cerca de 7 jogos do Mario, e cada um deles tem um sabor muito característico apesar de uns serem melhores que os outros. E este foi sem dúvida igualmente bom e diferente. À semelhança de Super Mario Brothers 2 esqueçam um Bowser para derrotar e uma princesa para salvar. Em Super Mario Land 2, Mario tem um problema bem diferente. Acontece que aparentemente o castelo do Mario (Sim.. o Mario tem um castelo. A canalização nos anos ’90 dava guito à brava!) foi ocupado por um estranho indivíduo (que será muito importante na sequela deste jogo) que o trancou com 6 moedas douradas espalhadas pelo mundo. O jogo será portanto uma odisseia à procura dessas moedas de forma a conseguir o acesso ao castelo.

Este Super Mario Land foi sem dúvida um grande salto em relação ao seu antecessor directo. Tentou e muito bem seguir um pouco da fórmula de Super Mario World tanto graficamente como na sua jogabilidade. No entanto ainda é como uma versão minimalista do mesmo, pois não tem tantos power-ups nem é tão grande. Mas é compreensível tendo em conta que os espaço e capacidade é mais reduzido. Contudo é na mesma um excelente jogo para o Game Boy e um dos melhores jogos da consola. O level design está sem dúvida muito bom, e aproveitou da melhor forma as capacidades do Game Boy. Há níveis que estão inesquecíveis onde andamos por um labirintos de canos até chegar à saída ou então como no nível do espaço onde temos de flutuar pelo cenário evitar as várias estrelas que nos aparecem. Aliás, qualquer nível em SML 2 tem qualquer coisa de único!

Uma grande diferença deste Mario para outros até à data do seu lançamento, era o podermos ter a liberdade de escolher os níveis onde queríamos jogar. Passo a explicar: SML2 é dividido por seis áreas, cada uma respectiva a uma moeda dourada. O acesso a essas áreas é feito pelo mapa mundo de SML2, onde é possível andar livremente e escolher as áreas a jogar sem alguma ordem especifica. Isto foi algo completamente diferente na época, em que os jogos seguiam sempre uma linha de níveis onde a dificuldade aumenta gradualmente. Este jogo não segue esse padrão. Em vez disso dá ao jogador, níveis completamente distintos uns dos outros, com desafios diferentes e vários bosses.

Bem, de resto pouco mais há para dizer. É a franchise de Super Mario que já nos habitou ao costume: Flores que fazem-nos mandar bolas de fogo, estrelas que nos tornam indestrutíveis, Koopas por todo o lado (mais uma série de novos inimigos), e neste jogo foi introduzido o salto rotativo de Super Mario World e uma cenoura que nos transforma num esquilo planador (qual é a lógica da cenoura? Não me perguntem…). No entanto há uma novidade que só aparece em Super Mario Land 2. Para que servem as moedas que vamos apanhando em todos os jogos do Mario? Para ganhar vidas? Para ganhar score? Para pagar as contas do castelo? Bem, neste jogo não servirá para nada disso. Mas servem para jogarem no casino!!!

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No mundo de SML 2 existe uma zona que tem um casino. Durante os níveis as moedas que vamos apanhando ficam guardadas até um máximo de 999 e depois podem ser gastas num casino em troca de vidas, ou power-ups… Portanto se tiverem perto do Game Over o melhor a fazerem é tentarem a vossa sorte aí!

Não há muito mais a falar de Super Mario Land 2. É um jogo muito bom e um salto qualitativo em relação ao seu antecessor. A área final do castelo apresenta um nível de dificuldade já mais elevado com um ultimo boss também memorável. Este jogo também tem uma quantidade considerável de níveis secretos, característica sempre presente nos jogos de Super Mario com os seus Easter Eggs. A musica foi de facto o ponto mais fraco do primeiro jogo do Game Boy, e foi aquele que merecia mais trabalho de melhoria. Sinceramente acho que melhorou muito. As musicas estão mais adequadas, e mais bem trabalhadas. Mas sinceramente, há musicas que destoam completamente, e que nada têm a haver com os níveis ou sequer com Super Mario. Mas pronto ao menos não voltaram a usar o Can Can como banda sonora no power-up da estrela.

Em resumo este jogo foi o juntar um pouco do melhor que existia nos jogos do Mario, e adaptá-los a 8 bits de potência. Na minha opinião o resultado foi muito bom. Não é o melhor Mario de sempre nem dos melhores, mas é sem dúvida um dos grandes jogos do Game Boy e também um excelente jogo de plataformas!

Gráficos: 8.5 (Um bom clone de Super Mario World nunca poderia ser mau!)

Jogabilidade: 8.5 (Os níveis excelentes superam qualquer semelhança que possa haver com outros Mario’s)

Som: 7.0 (A banda sonora está mais trabalhada com algumas boas faixas, mas em muitas ainda não acertaram na muche)

Longevidade: 7.5 (É curto, mas é muito bom. E volta-se a jogar outra vez muito bem)

Nota Final: 8.3 (Houve uma melhoria significativa! Este de facto um jogo bem mais interessante que o primeiro, e assemelha-se muito mais a toda a franchise de Super Mario)