Deixa-me lá ver se encontro...

16.3.11

Tomb Raider III

Data De Lançamento: 23/11/1998
Género: Acção/Aventura
Produtora: Core Design
Editora: Eidos Interactive









Estamos em Novembro de 1998, início da época natalícia e pelo 3º ano consecutivo, respeitando a reputação da pontualidade britânica, os senhores da Core-Design lançam para o mercado o novo capítulo da nossa bela exploradora de túmulos. Obviamente falo-vos de Tomb Raider 3 – Adventures Of Lara Croft.
É verdade, parece que estes senhores não brincam mesmo em serviço. Está visto que todos os anos por esta altura vamos ter que pedir aquela prenda no sapatinho, mas este…uuuuuuuiiii….este ano meus amigos vão mesmo ter de pedir…MESMO MESMO!!!

A história é aquela a que já nos habituamos em Tomb Raider: Lara é contratada por uma agência para encontrar um artefacto místico, artefacto esse que tem poderes ocultos, poderes ocultos que vão ser usados para o mal, mal esse que Lara tem de lutar contra para salvar o mundo…blah, blah, blah, etc, etc… agora o jogo, o que também me parece que nos vamos ter que habituar, é que a cada Tomb Raider que passa Lara está cada vez melhor ( é mesmo boua!)! Tomb Raider 3 está simplesmente brutal!!!

Gráficos: Graficamente Tomb Raider não melhora significativamente, a qualidade gráfica parece a mesma do anterior (o que já é bastante bom atenção). Mas as animações parecem estar mais aperfeiçoadas. Os movimentos são mais fluidos (tanto os de Lara como os dos inimigos), e nota-se perfeitamente, por exemplo, quando Lara entra nos veículos em que o corpo de Lara move-se todo com a irregularidade do terreno, mas ainda assim nessa matéria penso que há espaço para melhorias. Os cenários são também mais diversificados, há mais cor, e mais variedade de locais que torna o aspecto gráfico ao longo do jogo muito apelativo à exploração. Em Tomb Raider 3 isso é bastante importante, pois vão ficar “presos” em puzzles várias vezes, e ao procurarem soluções pelo nível não vão querer parecer estarem sempre no mesmo sítio, isto não é o jogo do Pesadelo em Helm Street. Os produtores de TR3 parece terem-se centrado bastante nos cenários já que os próprios também têm mais animações, e isso vê-se ao logo de todo o jogo, como em Londres caracterizado pelo vento e o ambiente nocturno, o brilho da agua cristalina e o aspecto tropical dos níveis em South Pacific (ai Lara porque não levaste o teu bikini?) e por aí…nota-se que trabalharam bem para recriar o ambiente mais aproximado ao real, e conseguiram.

Jogabilidade: Bem chegamos á melhor parte de Tomb Raider 3! À primeira vista parece tudo muito semelhante; os mesmos controlos, as mesmas acrobacias nada de inovador…hhmm não? E os sprints? E os agachamentos (eish meu Deus, e que agachamentos que ela faz minha nossa senhora…!)? O quê temos Quad Bikes? E propulsores submarinos? E até canoas para rápidos? Epáh! O quê, há mais? Não….Rockets???!!! Bem vamos lá por partes com calma. Sim senhor, desta feita a Core-Desing não se limitou a fazer um ou dois add-ups para nos facilitar a vida, deu-nos um packzorro deles e alguns bem jeitosos. Quanto a movimentos os sprints não trazem nada de relevante ao jogo, ajudam-nos a escapar de algumas armadilhas e fazem nos andar um pouco mais depressa num curto espaço de tempo, o que até dá jeito em percursos compridos. Os agachamentos (ou o Crawl se preferirem) vão ser cruciais aos novos desafios, é um quebra-cabeças para vários secrets, vão ter que ter extrema atenção (fonix ainda mais?) na exploração dos cenários, porque naquele cantinho escuro e minúsculo que vocês decidiram não prestar muita atenção…é lá que vai estar uma entrada secreta para “aquele” secret que vos falta, ou pior, para a saída do nível em que estão presos a horas!

Neste episódio da trilogia Tomb Raider (se é que se pode chamar trilogia) vão ter à vossa disposição uma mão quase cheia de veículos. As Quad Bikes são bastante divertidas, como referi mais acima o movimento articulado do corpo de Lara dá ênfase à jogabilidade, e conseguem ter a percepção do terreno irregular, tal como os saltos que dão muita pica. Outro veículo completamente diferente mas igualmente genial é o propulsor subaquático. Fazia todo o sentido existir algo assim em Tomb Raider, porque além de andar bem mais depressa debaixo de água passamos a disparar as flechas a partir do mesmo. Dá um jeitasso e até nos dá mais prazer em jogar assim, pena é que só o usamos num nível, mas acredito que vão adorar. Vamos já ás armas. Alem das armas anteriores (ler nas Reviews de Tomb Raider 1 e 2) agora também existem uma Bazuca e uma Desert Eagle. A Bazuca dá muito jeito para o final (fica já a dica) pelo seu poder explosivo e rápido de longo alcance, e a Desert Eagle veio substituir as Magnums do Tomb Raider 1 e 2, mas tem um efeito muito mais forte, com poucos tiros mandamos abaixo um inimigo de grande porte ao contrário da antiga versão que era apenas um pouco acima das pistolas de Lara, mas com a desvantagem de terem munição limitada. A antiga M-16 foi também substituída pela nova MP5 que acaba por ter o mesmo efeito de longo alcance. Outra novidade é a nova funcionalidade do lança granadas que ao contrário da versão anterior que explodia assim que a granada era lançada, nesta nova assim que atirada, a granada 1º é armada e depois é que explode, isto permite uma utilização mais estratégica para abater os inimigos a curto, médio e também longo alcance. Vão existir bastantes alvos para experimentarem as vossas armas não se preocupem, o nível de acção é superior a Tomb Raider 2.

Som: Finalmente! Urra! Finalmente ouviram o apelo daqueles que se queixavam daquele terrível silencio extenso que reinava o “império” Tomb Raider. Se leram a critica que fiz dos capítulos anteriores, repararam que mencionei o silêncio fantasmagórico característico deste jogo. Bem é verdade que ainda assim esse silêncio está lá (deve ter sido para agradar ao troianos) mas muito menos, há bastante mais entradas orquestrais como banda sonora, e parecendo que não, reanima a aura do jogo, e dá vida à jogabilidade (e acorda os jogadores que tenham adormecido entretanto cheios de baba no comando). Está bem melhor, muito obrigado já não era sem tempo.
Já frisei e volto a mencionar: Tomb Raider ganha bastante pela interactividade com os cenários e em TR 3 os produtores fizeram também algumas melhorias quanto ao som. Vão reparar (principalmente quem já jogou os anteriores) que há muito mais interligação sonoro com o ambiente, como o som do vento, da sauna da selva noção, do pisar as folhas mortas, do correr da água no rio (esse pormenor então está espectacular porque conseguimos ter a noção de proximidade da água), etc. …não saliento isto por antes não ter existido, só que em TR 3 esse dado é ainda mais notório.

Longevidade: TR 3 é composto por 5 zonas divididas por 16 níveis totais, 16 longos níveis.por isso esperem ter sem qualquer problema entre 15 a 20 horas de jogo. A boa noticia no meio disto tudo é que esse tempo vai valer todo a pena. É um jogo agradável de jogar do inicio ao fim. Primeiro pelas paisagens, área vasta de cenário (não são espaço pequenos como acontecia em alguns níveis de TR 2), que dão prazer em explorar. Segundo ponto, cada parte é situada numa zona do globo totalmente diferente da anterior. Este capitulo da nossa heroína preferida juntou também o melhor de TR 1 e TR 2 ou seja, o Puzzles complexos e difíceis do primeiro (estão ainda mais difíceis) e a acção furtiva do 2º (que está ainda melhor devido ao arsenal mais vasto) o que dá mais que razões ao jogador para ir até ao final e ainda chorar por mais. Os secrets voltaram também ao formato do 1º TR o que quer dizer que não existe nenhum item especifico a dar o secret e vão ter mesmo de explorar os cenários para os encontrar. Boa notícia: para quem conseguir o acto heróico de encontrar TODOS, tem direito a um nível Bónus, por isso boa sorte.

Em resumo TR 3 está melhor que os seus antecessores. Conseguiu supera-los corrigindo as falhas existentes e melhorando o que já havia de bom. TR 3 consegue elevar ainda mais alto o seu estatuto no mundo dos videojogos sendo já com este capítulo um marco importantíssimo na história dos videojogos. Notável neste jogo é o trabalho gráfico nos cenários, e os desafios de alta dificuldade e inteligência que foram criados pelos produtores. TR é um jogo de adultos não pelo conteúdo mas pela dificuldade que oferece na resolução de puzzles. No entanto há coisas a melhorar. A saga TR ainda não deu um capítulo com um argumento convincente, uma história que nos faça criar laços com as personagens como em Resident Evil 2, ou Final Fantasy VII, e nesta fase esse ponto começa a ser cada vez mais importante. A banda sonora apesar de ter melhorado bastante também não melhorou o suficiente: alturas de mais acção poderia ter uma música de fundo mais acondicionada à situação de jogo, mas também não vão ser esses factores que vão perturbar a qualidade existente no jogo. Quem jogar este capítulo pela 1ª vez vai ficar boquiaberto e estonteante com a espectacularidade deste jogo, vai ser como amor à 1ª vista.

Aqui fica o meu julgamento:

Gráficos: 9.5 (Lara é bela, mas o mundo a sua volta é mais que ela {By: Luís de Camões})

Jogabilidade: 9.5 (Mais e melhor do que havia anteriormente, absolutamente brilhante)

Som: 8.0 (oh sim..finalmente interactividade sonora, aquela orquestra afinal calha mesmo bem, até que enfim!)

Longevidade: 9.0 (Nem demais nem de menos, e há-de joga-lo outra vez pelos secrets aponte isso)


Nota Final: 9.0 (O melhor Tomb Raider até à data, um dos melhores jogos até hoje feitos, e sem dúvida no pódio do jogo do ano [1998])


6 comments:

  1. meu favorito <3 sem palavras #TR3

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  2. O meu Tomb Raider favorito desta geração de consolas é o "The Last Revelation"... Mas ao contrário de muitas opiniões, defendo a ideia de que a Larinha (como lhe gosto de chamar) esteve sempre em ascensão até ao 4º jogo... Por isso este é o meu 2º preferido dela =P

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  3. Eu amo Tomb Raider!! Eu joguei o Tb original em 1996 e desde entao tenho jogado todos os jogos da franquia. Eu considero os 5 primeiros jogos de TB os classicos (1996-2000) e desses 5 jogos os que me cativaram mais foi o primeiro e o segundo TB. Eles marcaram a minha infancia! O terceiro demorou um pouco mais pra me consquistar...eu achei que as fases do primeiro e segundo foram mais elaboradas, apesar do grafico do terceiro ter me chamado muito a atencao. Mas, nao importa qual TB eles criam, eu jogo e amo todos!! Gostei muito da sua critica do TB III, me deu ate vontade de jogar de novo depois que li! kkk.. Saudacoes para todos os fas de LARA CROFT!!

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  4. Também me considero um fã da série, mas foi um jogo que de início não lhe achei muita piada (era um miúdo nessa altura, e ficava bloqueado no jogo). Mas depois uns anos mais tarde voltei a pegar no jogo e a apreciação foi muito diferente. É como o vinho: "primeiro estranha-se, depois entranha-se".. Depois destes 5 ainda só joguei o Angel Of Darkness na altura que saiu na PS2 (depois de 246 adiamentos) e enfim... para quem é fã acho que esse jogo é um capítulo a esquecer =/

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  5. discordo em parte km a tua abordagem acerca deste jogo, essa discordancia talvez devido ao meu nivel de paciencia mais reduzido q o teu, pois considero o Tomb Raider 3 um jogo triste em comparaçao aos antecessores, devido ao escasso numero de itens(munições e medipacks) espalhados pelo jogo, e o q mete mais nojo é o facto da Lara em High Security Compound perder todas as muniçoes salvas sem minima possibilidade de as recuperar, nada comparado aos factos ocorridos nos jogos anteriores em q Lara xegava a ser capturada por inimigos o q lhe levava assim a perder todas as armas, no entanto todas as muniçoes salvas estavam la!! uma seleçao sensata após a aventura na India sera mesmo Nevada, onde Lara perde entao todos os seus mantimentos e armamento na 2ª fase, dando assim a vantagem ao jogador de atravessar um grande numero de fases q possibilitarao um acréscimo de muniçoes satisfatorio para combater os inimigos mais resistentes e ágeis! e pra mim ao optar pelo Pacifico kmo penultima area, so a partir daí sim o jogo se torna numa delicia!

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  6. É uma boa perspectiva. Mas achei que este Tomb Raider teve um pouco mais de exploração, e não se focou na acção como no Tomb Raider II, por acaso achei bastante interessante os níveis de nevada principalmente na área do desfiladeiro, e o pacific ocean foi o que menos gostei.. curiosamente é o que tem mais acção, com os dinossauros e com as tribos indígenas. Mas não considero que estejas errado, são dois pontos de vista diferentes e cabe a quem joga decidir o contexto a que deve dar mais importância. Já agora jogaste o IV?

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