Deixa-me lá ver se encontro...

9.5.11

Tomb Raider V: Chronicles

Data de Lançamento: 30/11/2000
Género: Acção/Aventura
Produtora: Core-Design
Editora: Eidos Interactive








E cá estamos nós, no final do ano 2000, com um novo milénio à porta e para trás fica um ano em grande para a Playstation, pode-se dizer que foi o melhor ano de todos com a nossa velhinha a dar o melhor de si para a entrada da sua irmã mais nova (PS2).

É também um ano após a saída do estrondoso Tomb Raider 4: The Last Revelation que deu maravilhas aos fãs e novatos da série. Um capítulo memorável na história dos videojogos que deu a entender no final do jogo o fim do projecto (Cuidado! Vai haver SPOIL!). Mas um ano depois aparece Chronicles…hhmmm vamos lá ver então o que se passa a seguir…

Tomb Raider V: Chronicles começa com o funeral de Lara após os incidentes no final de TR4: The Last Revelation, e o jogo em si é basicamente o que o seu título transcreve – Chronicles (Crónicas em português) – alguns episódios narrados pelos entes mais próximos de Lara durante uma reunião em sua casa com o mordomo. A ideia até que não está má, não está nada forçada e é perfeitamente lógico e justificado ter-se feito um titulo assim para a despedida de TR na Playstation, mas vendo o jogo em si, deixa bastante a desejar principalmente depois do quão magnifico foi o seu antecessor. Vamos lá avaliar o 5º episódio então:

Gráficos: A Core-Desing utilizou o mesmo motor gráfico usado no jogo anterior. Lara está excelente, os cenários estão bem enquadrados, talvez com uma atmosfera demasiado escura para alguns, mas apesar de bons não estão extraordinários. Pormenores simples demais e poucas animações, apesar de terem algumas novas, mas fora Lara tudo à volta parece me um pouco sem vida. Isto não aconteceu nos episódios anteriores. Apesar de os gráficos terem um aspecto bastante bom são algo vazios e sem brio. Nota-se também que as personagens secundárias poderiam ser mais detalhadas, parece que foram desenhados algo à pressa. Os inimigos têm um desenho gráfico bastante básico, e é notório de que não houve a atenção devida nessa questão. Em compensação as sequências FMV estão melhores ainda que em Tomb Raider 4, imagem muito bem trabalhada com efeitos excelentes, movimentos fluidos, e logo ao início ver Lara na ópera com aquele de vestido de ocasião, vai fazer 95% dos jogadores masculinos encolherem-se e engolirem a seco (os outros 5% deverão ter um gosto hmmm…diferente vá).


Jogabilidade: Mais uma secção a desiludir-me, Chronicles não trouxe nada de inovador à jogabilidade, que na minha opinião é o ponto mais forte em Tomb Raider. É praticamente igual aos antecessores: nada de novo nas armas, 2 movimentos novos mas muito pobres. Não é propriamente mau, mas num jogo como Tomb Raider é-se exigido (principalmente depois do que foi Tomb Raider 4: The Last Revelation) outro tipo de abordagem à qualidade in-game. Os movimentos novos são os de atravessar uma corda ou vara controlando o equilíbrio, (o que é na verdade bastante fácil e não traz nada de novo aos desafios) e o balanço por rotação em estacas, ferros, canos qualquer coisa em forma de tubo espetado numa parede. Este até podia ser uma boa ideia a acrescentar para novos desafios, mas ficou por aqui. A forma como o movimento de Lara é feito, é grosseiro e bastante exagerado (Lara de repente parece ser um orangotango do Livro Da Selva) além de que só é utilizado a partir da segunda metade do jogo apenas umas 6 ou 7 vezes. Os desafios são bastante mais fáceis em Chronicles, principalmente se já joga a série desde o 1º episódio, e os secrets voltam à fórmula do 2º jogo, só que desta vez existem 3 rosas de ouro por cada nível. As armas nada de novo trazem a Chronicles. Há 3 fases de níveis com armas diferentes (visto que numa das fases não temos armas disponíveis) e só no final temos acesso ao ponto alto no arsenal, que é uma metralhadora com modo Sniper. Vai ser excelente fazer de espião e fazer headshots com a mira telescópica ou então poder optar pelo modo furtivo.


Som: Parece que desde Tomb Raider 4, a Core-Desing se encarregou de uma equipa bastante competente e exigente com a responsabilidade do som no seu jogo. Por estranho que pareça o som salva o in-game de TR 5. É o som que completa a atmosfera de cada nível com pormenores bastante bons muito acima do que Chronicles mostra ser. Nas 4 fazes do jogo a sonoridade encaixa que nem peças de lego com tudo o resto. Os efeitos sonoros são os já conhecidos dos jogos anteriores mas há vários detalhes que vão mexer com o jogador: os níveis no submarino são claustrofóbicos e o som dá ainda mais essa percepção com os ruídos de todo o aparelho subaquático. Na Irlanda há um caso de fantasmas para resolver, e se não fossem as piadas do Padre Robert ficava uma espécie de Silent Hill pois a sonoridade é aterradora. Há momentos no laboratório científico de Von Croy que parece que a porta atrás de nós acabou-se se abrir (ou seja vamos ser baleados!) mas no final é o som de fundo do cenário, enfim há toda uma atmosfera trabalhada em prol da interacção do jogador com o jogo. Muito bom.


Longevidade: Este Tomb Raider vai ser bastante mais curto também, mas a esse facto vou ter de dar nota positiva pois se tivesse a longevidade dos anteriores seria um jogo extremamente chato e aborrecido. Em vez das normais 15 a 20 horas de jogo que tiveram em títulos passados, neste talvez cheguem as 5 horas. Chronicles é composto por cerca de 13 níveis divididos por 4 fases (ou melhor 4 aventuras de Lara Croft). A 1ª passa-se em Roma, a 2ª num submarino depois na Irlanda quando Lara tinha apenas 16 anos e o final conta a investida de Lara ao Quartel-General Cientifico de Von Croy, seu antigo mestre, para recuperar o artefacto roubado da expedição ao Cambodja (que acontece no nível tutorial de TR4). O facto de o jogo ser curto e pouco difícil ajuda a que não o torne tão cansativo, e até poderá vir a jogá-lo outra vez para conseguir os segredos todos.

Tomb Raider V: Chronicles, acaba por ser uma má sequela da série, mas não é de todo um mau jogo, apesar da crítica feita existem vários momentos agradáveis ao longo do jogo e de boa qualidade. Os fãs vão certamente gostar, de ter ainda mais um capítulo para a PSOne, o último antes da nova aventura em versão 128 bits, (esperemos nós) mas talvez fosse preferível atrasarem um pouco mais este episódio para melhorar os aspectos negativos. Poderia não sair algo tão bom quanto o The Last Revelation mas pelo menos dignificava o bom nome que esta serie de jogos tem vindo a construir, e tão bem. O final vale a pena pela questão deixada em aberto: Lara morreu mesmo? Não digo, joguem-no até ao fim. Aqui fica o meu veredicto:

Gráficos: 9.0 (Igualmente excelente ao anterior mas não tão personalizado)

Jogabilidade: 7.0 (Não traz nada de novo, muito repetitiva, e pouco inteligente, safa terem mantido os aspectos positivos dos jogos anteriores)

Som: 8.0 (Bom trabalho! Salva completamente o jogo da monotonia, dá vida á acção)

Longevidade: 7.5 (Felizmente não dura tanto quanto os anteriores)


Nota Final: 7.5 (Chronicles não leva mais pontuação porque sobrevive do legado deixado pelos jogos anteriores, é um jogo razoável, mas decaiu bastante e isso não pode acontecer com o um jogo como este, só os fanáticos da série é que são capazes de adorar este capitulo final da PSOne)

2 comments:

  1. tomb raider é o melhor jogo que eu joguei e olha que eu jogo muitos jogos!!!!!!!

    ReplyDelete
    Replies
    1. Foi das séries de jogos que mais gozo me deu jogar... ainda não passei da geração da psone mas estes 5 jogos achei-os espectaculares. o 4º é o melhor para mim

      Delete