Deixa-me lá ver se encontro...

20.12.13

The Legend of Dragoon

Data de Lançamento: 11/06/2000 (NA) 19/01/2001(EU)
Género: RPG
Editora: Sony Computer Entertainment
Produtora: Sony Computer Entertainment







Critica Curta: Final Fantasy com mais interação em ataques e gestão de items

Hum… como é que eu vou fazer isto agora? Este jogo foi o 1º RPG que alguma vez joguei (Pokemon não conta XP) e convenceu-me completamente de que este seria daí em diante o meu género de jogos preferido… 12 anos depois continua a ter o mesmíssimo efeito… por isso, como é que eu faço isto sem vos atirar com a minha nostalgia toda em cima? Até porque eu sei que o jogo não é perfeito… mas vamos lá tentar.

Estória/Conceito

Lobotomia portátil
No meio de uma noite de luar uma pequena aldeia é devastada por um exército (que ORIGINAL!). Uma rapariga é raptada a comando de um tal Imperador Doel… na manhã seguinte, Dart (o nosso herói) está pelas redondezas quando de repente… UM DRAGÃO GIGANTE ATACA! Mas depois ele é salvo por uma mulher com meia calça e depois ele dá porrada aos soldados que atacaram a aldeia dele e depois vai salvar a rapariga da prisão mais horrível do mundo, depois lá ele encontra um cavaleiro que está em fuga, depois salvam a rapariga e os 3 dão tareia ao Chefe da prisão, depois fogem dos guardas e depois… Yá, neste jogo estão coisas sempre a acontecer. Enquanto em outros rpgs o que acontece neste excerto podia ser esticado a todo o 1º disco, em Legend of Dragoon são as primeiras horas de jogo. O cenário e motivação estão sempre em mutação constante. Eventualmente Dart descobre que faz parte de um grupo de guerreiros chamados Dragoons – guerreiros com a capacidade de controlar Dragões e usar poderes especiais – a partir daqui ele e o seu grupo viajam pelo mundo à procura de respostas para as perguntas que lhes vão aparecendo e eventualmente (como é obvio) salvar o mundo. Não é original e segue muitos clichés… mas executa-os muito bem. Nada parece não funcionar ou ficar mal como está, tudo é explicado e as personagens são bastante afáveis. Não vira cabeças mas não destoa.

Lindo fato


Gameplay e Longevidade


RPG estilo Final Fantasy sem tirar nem pôr – visitar cidades, comprar equipamento, falar com NPCs, apanhar tesouros, batalhas aleatórias, etc. – a diferença chave aqui está mesmo nas  batalhas em si. Quando se entra em batalha temos direito a 3 personagens da equipa (sendo Dart sempre obrigatório). No menu  temos as hipóteses Attack, Guard, Item, Run e eventualmente Dragoon e Special. Em LoD quando um personagem ataca não se limita a dar um corte e a voltar para trás, o que ele faz é ativar a sua “addition”… o que é uma addition? Ora quando temos uma unidade e adicionamos + 1… hã? Não é isso? Ah, tá bem! Uma addition é o nome que dão ao golpe de ataque que o personagem tem equipado no momento. Dart começa com o “Double Slash” e na 1ª batalha do jogo essa é a addition por defeito. Quando selecionam atacar, Dart corre em direção ao inimigo selecionado enquanto uma mira se aproxima de um quadrado central que está no meio do ecrã. O objetivo é carregar no botão X quando a mira e o quadrado se sobrepõem. Se falharem o golpe acaba ali mas se acertarem o golpe continua. No caso do Double Slash (e todas as outras additions iniciais) só é necessário acertar uma vez, mas à medida que vão ganhando níveis no jogo vão adquirindo additions novas que requerem muito mais precisão e número de golpes. 

Acerta!
Guard como indica o nome… defende, mas tem uma outra característica – ao mesmo tempo que corta em metade todo o dano até ao próximo turno desse personagem também recupera 10% do HP – ou seja, não é uma má estratégia de recuperação quando não se  têm items à mão… e por falar em items, estes estão limitados a 32… o que não seria um problema não fizessem as magias parte da lista de items também. As magias em LoD vêm de 2 fomas – Item e Dragoon – as magias de item são como atirar granadas (embora façam +dano se o personagem tiver bom Magic Attack e metralhem X) enquanto que as magias de Dragoon só podem ser feitas em Dragoon e consomem MP. Como a roda de elementos existe neste jogo, ter umas quantas magias à mão não é má ideia… mas como a melhor maneira de curar também é a usar poções e afins… acaba por ser um aspeto estratégico do jogo saber que items comprar, vender e usar com um limite de 32 (felizmente os equipamentos não fazem parte deste número).

Este requer mais prática
Dragoons são o Limit Break – há medida que se vão fazendo additions ganha-se sp por golpe e por cada 100sp acumulado é permitido ativar com essa personagem o seu modo Dragoon por 1 turno, o que permite um ataque mais forte e magias especiais. O ataque em Dragoon já não é com additions mas sim com um acelerómetro que vai ficando mais rápido até chegar ao 5… se conseguirem acertar as vezes necessárias efetua-se o golpe completo, senão pára até onde conseguiram (e se forem como eu pára muitas vezes no 4). O Special tranforma todos os personagens em dragoon quando todas as barras estão cheias e faz com que o personagem que o ativou faça ataques automáticos e mais dano elementar.

Xissa, explicar este sistema custa… mas a verdade é que é bastante simples – os ataques usam timing para fazerem mais dano, defender é útil por curar e os Dragoons são um bom recurso para bosses. O maior problema que o jogo tem é talvez a sua maior força –  as additions. Embora para uns seja um sistema interessante e interativo de ataque, para outros pode ser muito difícil ou impossível executá-las, o timing é algo preciso e quando o jogo funciona tendo isso em base, quem não consegue safar-se com as additions não consegue jogar… o que é uma pena (mas isto é como dizer que um jogo de plataformas é muito difícil e não é para todos quando o que vos falta é jeito (pisca pisca “Mike - MegaMan X3” pisca*).

Em termos de longevidade esperem entre 50-60 horas (o comum dos rpgs) o plot principal é bastante composto e com objetivos variados (com sequencias de stealth, vários puzzles e outras coisas). Sidequests existem mas estão meio escondidas, embora as recompensas sejam menos materialistas que o costume (por não se ganhar nada de especial) servem mais como “adição” ao plot principal (o que para mim é uma coisa boa).

Gráficos e Som

Este é o jogo com cenários pré-renderizados mais bonitos que já vi. (Sim, melhores que os FFs, Chrono Crosses e Resident Evils). Praias, castelos, cidades, florestas, rios, vistas, desde o medieval ao futurista salta tudo ao olho com movimentos e efeitos sonoros a condizer. Quando chegas a uma cidade nova percebes logo que é nova pelos vários tipos  de construção  e especificidades da cidade em si. Nenhuma gruta parece igual à outra e nada está de tal maneira que se possa confundir o caminho ou a saída. Dito isto… os modelos 3D dos personagens e de batalha podiam ser melhores. Este jogo usa o motor gráfico do FF7 e nota-se, embora LoD faça um trabalho muito melhor na caracterização dos modelos que FF7 (não há aqui braços de Popeye) não chega perto de FF8 ou 9 por exemplo. Mesmo assim não é uma coisa incomodativa sequer, apenas que se nota que os modelos podiam ser menos “emblocados”… porque de resto, em termos de design e texturas de personagens, está tudo bem e recomenda-se. O que talvez incomode são as cutscenes CG que variam do bastante bom ao bastante mau... as más ou têm animações e voice acting horriveis ou são imagens em movimento com explicação por trás… é um daqueles casos que às vezes mais valia não ter nada… mas vá, como não são muitas não é uma coisa grave.

Sailor Moon?
...
Outra coisa que pode ser grave (ou não, dependendo de cada um) é a tradução inglesa. Nota-se que a tradução foi feita um bocado ás 3 patadas com expressões demasiado literais do japonês original (“Shut up… talking makes you die!” ou todas as instâncias em que alguém chama estupido ou idiota a outro sejam substituídas por “silly” – “Dart, don’t be silly”; “Silly humans!”; “Silly guy!! You think you can escape from here alone?)… yup, pô mauzinho… mas a mim fez-me rir e o wapanese nunca é mau o suficiente para não se perceber o que se passa, daí que esta definição seja ao critério de cada um. 
Aproveito e falo também de alguns nomes estranhos de alguns inimigos… como o malvado “Assassin Cock”! … “Vampire Kiwi”, “Ugly Baloon”, “Erupting Chick”, “Moss Dresser” entre outros…

Já a música é espetacular, não é épica como a de Nobuo Uematsu mas tem um charme próprio que não se encontra em mais lado nenhum. As batalhas fazem-vos querer lutar, as tristes fazem-nos sentir mal, perigo-perigo, comédia-comédia etc. Pena que Dennis Martin não tenha participado em mais nenhum jogo de vídeo (e sim é um compositor americano num jogo japonês… é pa verem… ou ouvirem).


Até o Dart dá ao pé

>>Pontuação<<


Estória/Conceito: 8.0  (Cliché mas bem feito e personagens bastante boas)

Gameplay: 8.0 – (Se não gostarem das additions tirem 3.0 pontos ao total)

Longevidade: 8.0 – (Com 4 CDs cheios de conteúdo não vão ficar mal servidos)

Gráficos: 7.5 – (Podiam ser melhores mas o que está bom está bom)

Som: 9.5 – (Nobuo Uematsu Americano pessoal!)

FINAL BURST! ... quer dizer GRADE!


Nota Final: 8.0

(Espero não ter saído muito fanboyish nesta review mas a verdade é que este jogo não merece metade da flac que apanhou quando saíu… sim é um FF clone, sim tem um engine gráfico antigo, sim as additions não são para todos… mas para aqueles que se adaptarem ao sistema, não vão ficar desapontados.)

4 comments:

  1. Eu adorei este jogo, é um dos meus JRPG's favoritos na PSOne. Comprei-o mal saiu e deve ter sido das melhores compras de sempre dado o valor que pedem pelo mesmo actualmente. :)

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  2. Nota 10 isso sim, ainda hoje é o melhor rpg que já joguei.

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  3. melhor jogo do ps1 que ja criaram rapaz, e até hoje com os gráficos de ps4 e qualquer outra coisa nunca vi um game tao bom quando este. merecia até filme e continuação do game. é bem melhor que final fantasy só não estourou como ele porque nao viciou os fans com um game atras do outros igual ff assim fica fácil. né.

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  4. Mamgaka,é verdade concordo com vc,roubou minhas palavras,ele é bem melhor que final fantasy,e melhor até que o f.fs. 15 que é para Xbox one,na boa eu acho que tem coisa por trás para não terem continuado a saga,acho que os criadores do final fantasy,deve ter comprado os criadores de the legend of the dragoon_realmente o legend of the Dragoon tem potencial para continuação filme e até seroe anime,ai tem coisa ta!
    Mas foi lindo enquanto durou!!
    To jogando ele aqui,matando a nostalgia de 13 anos atrás,so aue joguei e parei em um dos discos e sai so munso dos games,hj eu voltei de novo e agora to tentando zerar!!
    Isso serve para o parasite eve 2 também que vou comprar!

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