Género: Plataformas
Produtora: Naughty Dog
Editora: Sony Computer Entertainment
A 9 de Setembro de 1995, a nossa querida Sony Playstation é lançada no mercado americano. Apresenta-se como uma nova firma com grandes planos, e capacidade para intimidar pela frente, 2 gigantes chamados Nintendo e Sega. Só que esses 2 monstrinhos tinham 3 grandes vantagens que a nossa heroína não tinha: Armas nucleares, naves espaciais, e a mais importante de todas, uma mascote. Com as primeiras 2 vantagens não faço ideia como e que a Sony se resolveu (talvez a Interpol ande a investigar isso), mas quanto à mascote, essa foi resolvida cerca de um ano mais tarde com o surgimento de Crash Bandicoot.
Este bicho australiano, surge através de um pequeno estúdio com o nome de Naughty Dog, a quem foram colocadas grandes expectativas sobre o jogo. Estes senhores foram escolhidos a dedo com o propósito único, de criar a futura mascote da Sony Playstation. Vamos então conhecer melhor o Sr. Crash: Crash Bandicoot conta a história de um marsupial que consegue escapar às experiências genéticas do cientista maléfico com o nome de Dr. Neo. No entanto, para traz ficou a sua (suposta) namorada, e Crash tem de voltar rapidamente atrás para a salvar.
Uau… interessantíssimo!
Mas não desistam de continuar a ler, a minha bola de cristal diz-me que fica melhor daqui para a frente! A sério, vá lá!
Gráficos: Puro 3D! Esta geração de consolas a 32 Bits pode executar o 3D na perfeição, e é nisso que as produtoras têm apostar. No entanto ainda é tudo muito novo, e o resultado nem sempre é o melhor. Apesar da inovação, o aspecto de Crash Bandicoot é um pouco bizarro. A falta de sombreados e articulação do corpo tornam Crash algo grosseiro e quadrado de se ver. Não é que seja muito mau (apenas o choque inicial, depois os olhos habituam-se), mas também está longe de ser bom. Também para não ajudar os gráficos são pouco fluidos e lentos, um problema de aspecto que deveria ter sido melhor trabalhado. Mas nem tudo são espinhos.
Os Cenários pelo contrário estão brilhantes! Muito coloridos e alegres, cheios de pormenores técnicos. Apesar de existirem meia dúzia de temas nos níveis, estes foram muito bem explorados, diversificando a sua vivacidade. Conseguiram variar muito na apresentação do “habitat” de Crash Bandicoot, explorando de forma inteligente as animações no jogo, com um toque apurado de excelente humor, principalmente na forma de morrer. Neste jogo morrer não é assim tão mau devido às animações criadas para personalizar cada morte. Isto tudo consegue disfarçar bem os pontos negativos no grafismo de Crash.
Jogabilidade: Ele salta! Ele rodopia! Ele… não faz mais nada na verdade. Mas isso não quer dizer que ficamos limitados por aqui. A Naughty Dog conseguiu transformar o básico em extremamente inteligente. Além destes 2 movimentos existem várias acções secundárias que dão muita força ao jogo. Imaginem um pedregulho gigante a rolar na vossa direcção, e terem que fugir ultrapassando todos os obstáculos a vossa frente antes que sejam esmagados, ou fugirem em cima de um javali em pânico a alta velocidade, com “n” armadilhas pela frente. Ou então passar por uma ponte cheia de tábuas partidas e com um nevoeiro intenso pela frente, um passo em falso e ups… não há pára-quedas! Percebem? São criados vários momentos de puro divertimento e até alguma adrenalina que dão um toque muito único a este jogo. Para vos ajudar durante o vosso percurso podem contar com a ajuda de uma máscara de Vudu (chamada Aku Aku) que vos protegerá dos inimigos de Crash. Se conseguirem apanhar 3 máscaras consecutivas conseguiram ficar imunes a armadilhas temporariamente, mas não se atirem para os buracos! No entanto há espaço para muito mais quanto à jogabilidade deste jogo. O comando da Playstation tem mais botões para serem preenchidos.
Som: Welcome to the jungle! Não, não é essa música dos Guns’n’Roses que ouvimos ao jogar Crash Bandicoot! É literalmente sons das selvas tribais que soam nos nossos ouvidos ao percorrer os níveis. As músicas estão muito bem adaptadas ao ambiente em volta de Crash com o bater dos tambores e congas a criar uma melodia viciante que não sai da cabeça, algo muito divertido e cativante de se ouvir. Além da selva existem túmulos profundos, e laboratórios subterrâneos onde as músicas estão igualmente adaptadas aos níveis em questão. O responsável pelo som entendeu muito bem o conceito que o jogo deveria transmitir em cada fase do jogo e fez um excelente trabalho na banda sonora. Os efeitos sonoros estão muito bons também mas as poucas vozes que aparecem, estão um pouco aquém da qualidade do restante departamento sonoro. Estão muito vazias e sem força nenhuma, talvez mal gravadas ou mal escolhidas, mas de facto os poucos discursos existentes mancharam um pouco o excelente trabalho feito neste departamento.
Som: Welcome to the jungle! Não, não é essa música dos Guns’n’Roses que ouvimos ao jogar Crash Bandicoot! É literalmente sons das selvas tribais que soam nos nossos ouvidos ao percorrer os níveis. As músicas estão muito bem adaptadas ao ambiente em volta de Crash com o bater dos tambores e congas a criar uma melodia viciante que não sai da cabeça, algo muito divertido e cativante de se ouvir. Além da selva existem túmulos profundos, e laboratórios subterrâneos onde as músicas estão igualmente adaptadas aos níveis em questão. O responsável pelo som entendeu muito bem o conceito que o jogo deveria transmitir em cada fase do jogo e fez um excelente trabalho na banda sonora. Os efeitos sonoros estão muito bons também mas as poucas vozes que aparecem, estão um pouco aquém da qualidade do restante departamento sonoro. Estão muito vazias e sem força nenhuma, talvez mal gravadas ou mal escolhidas, mas de facto os poucos discursos existentes mancharam um pouco o excelente trabalho feito neste departamento.
Longevidade: O caminho que Crash tem de percorrer até ao laboratório de Neo Cortex, para salvar a sua amada são de 32 níveis, com cerca de 6 bosses pelo meio. São níveis relativamente curtos na sua maioria e, nada exaustivos. A Naughty Dog acertou em cheio no peso e medida a dar ao tamanho de cada nível. A dificuldade é em crescente, pois engane-se se achar que isto é jogo para crianças. Haverá níveis desafiantes para todas a idades, com desafios inteligentíssimos para serem ultrapassados. Além disto tudo existiram vários níveis bónus ao longo do jogo que serviram para ganhar vidas, e extras para desbloquear alguns segredos.
Ah pois é! Existem vários secrets para se desbloquear! Quanto acharem que chegaram ao final do jogo e pensarem que foi curto, tentem completar os 100% de jogo, apanhando todas a caixas e diamantes de todos os níveis. Ainda assim Crash Bandicoot carece de opções extra, ou de elementos que prolonguem mais a durabilidade do jogo. No máximo dos máximos levará umas 5-7 horas para completar os 100% de jogo.
Muito bem, então em poucas palavras Crash é um daqueles jogos que se estranha e depois se entranha. O aspecto gráfico de Crash Bandicoot não é o mais bonito que por aí anda, mas é extremamente viciante e divertido de se jogar. Vai sentir pena quando chegar ao final deste jogo (mesmo com os 100%) por não haver mais, e passado algum tempo vai voltar a jogá-lo de certeza. Na minha opinião a aposta da Sony foi ganha à primeira neste jogo, conseguiu um grande resultado com muita simplicidade, o que significa também que muito pode vir a ser melhorado. Mas este jogo já tem o suficiente para conquistar as almas que pegarem nele.
Gráficos: 7.0 (Suficientes, não desiludem mas também não deslumbram)
Jogabilidade: 8.0 (viciante, viciante, mas ainda muito simples)
Som: 8.5 (o melhor argumento deste jogo sem duvida)
Longevidade: 7.0 (É curto, mas sabe bem…mas é curto)
Nota Final: 7.5 (Crash Bandicoot faz o que lhe compete e deixa a promessa de vir a conseguir muito mais. Um bom jogo, muito divertido e com muita personalidade)
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