Deixa-me lá ver se encontro...

6.4.11

Castrol Honda Superbike Racing

Data de Lançamento: 08/1999
Género: Corridas
Produtora: Midas Interactive
Editora: THQ










Olá, Bem-vindos! Se há coisa que eu não ligue muito são motas, especialmente motas de 500 Cm2 de cilindrada. A ideia de andar a mais de 250 km/h num bicho de 2 rodas não é coisa que me estimule. Em vez de sair da pista com a adrenalina a desgastar-me anos de vida do meu organismo, prefiro perde-los aqui em analisá-los.

Mas se tudo fosse como acontece neste jogo de motas, aí era diferente, não havia nada que me impedisse de sacar cavalinhos a 200 à hora, fazer curvas a rasar o chão, a passar com as luvas rente ao asfalto (imaginem um plano destes em slowmotion com o brilho do alcatrão, lindo!), e se fosse preciso até sem mãos conduzia! E se estão a pensar “uau! Este jogo deve ser genial!”…  esqueçam!

E isto tudo porquê, então? Assim que comecei a jogar Castrol Honda, pouco demorou a aperceber-me que praticamente nada tinha, em termos de conteúdos e muito menos de emoção. É verdade que é complicado para um jogo de corridas ter essa vertente emotiva na condução, mas isso não quer dizer que não seja possível, muito menos em 99’ onde já passaram por esta consola jogos como Colin Mcrae, Moto Racer, Ridge Racer ou Grand Turismo, que passavam ao jogador, pelo menos um pouco de noção de adrenalina in-game.  Vamos então tentar perceber o que falta neste jogo.



Gráficos: Graficamente Castrol Honda não é péssimo, mas é desactualizado. Além de o aspecto de muito baço e poligonal, não houve qualquer tentativa de abrilhantar o aspecto deste jogo. Costuma-se dizer que os olhos comem em 1º lugar. Então se falarmos de videojogos esta frase tem o dobro do peso, e neste jogo em particular existem falhas que não devem ser cometidas. O desenho em si nem está mau de todo, o problema é que é completamente estático. Poucas animações dentro e fora da pista levam a que uma pessoa rapidamente se canse de Castrol Honda.

Jogabilidade: Muito pouca. Controlos muito presos e em nada realistas. É neste departamento onde deveria ser incutida a emoção do jogo. Um bom jogo de corridas começa na sensibilidade da condução, ao fazer as curvas apertadas, na solidez da aceleração, etc , e estes dados são inexistentes aqui. Pelo contrário, os controlos são exageradamente básicos, e desactualizadíssimos. Seriam bons em 93’, e razoáveis em 96’. Em 1999 são maus, o Dual Shock da Playstation pode oferecer muito mais do que este jogo exige.

Som: Pouco ou nenhum? Eis a questão. Ah esperem o rosnar que vem do tubo de escape conta não é? Afinal é só pouco… Mas fora de brincadeiras, se o mau neste jogo fosse porventura, bom, esta secção estava em muito mau estado ainda assim. Castrol Honda está aborrecidíssimo e só se ouvem literalmente as motos e mesmo assim com uma qualidade muito a desejar. Mau, mesmo muito mau…

Longevidade: Bem, por muito que este jogo oferecesse quanto a opções e modos de jogo, de pouco valeria, pois as falhas profundas analisadas nos departamentos acima pouco puxarão pelo jogador a explorá-las. Ainda assim, existe um modo de treino (que pouco ensina mas…), corrida livre, e campeonato mundial para 1 ou 2 jogadores. O Campeonato mundial é de dificuldade progressiva, ou seja, á medida que vamos ultrapassando todas as 14 pistas a dificuldade vai aumentando. Mas o desafio é pequeno, a não ser que tenha um amigo que seja maluco a ponto de querer jogar consigo e competirem entre os 2 no campeonato mundial. Talvez aí surja algum divertimento, talvez…

Para finalizar, mau vezes mau igual a mau2, e Castrol Honda Superbike Racing resume-se a isso infelizmente. Foi um jogo do qual não obtive qualquer prazer a analisá-lo, não pelo facto das motas serem um tema fora da minha área de interesse, mas pelo jogo ser extremamente desinteressante. Tanto que esta análise foi mais curta do que o regular por não existir matéria jogável para ser discutida. Faltou tudo a este jogo para se tornar, pelo menos razoável. Melhores gráficos, jogabilidade expressiva e não parada, sonoridade mais comunicativa, mais fluidez na aparência do jogo, enfim, entre muitas mais coisas. Castrol Honda falha em tudo.

Vamos então ao veredicto:

Gráficos: 5.0 (Por favor, estamos em 1999...)

Jogabilidade: 3.0 (Spectrum ou Playstation?)

Som: 2.0 (Parece uma contagem decrescente não é?)

Longevidade: 3.0 (É tão provável conseguir jogar este jogo até ao fim como ganhar a lotaria)

Nota Final: 3.5 (Há jogos que são maus.. mas este é pior)

No comments:

Post a Comment