Género: Acção/Aventura
Produtora: Core Desing
Editora: Eidos Interactive
O 4º capítulo da saga Tomb Raider chega às lojas numa altura em que a geração de consolas de 32 bits começa a entrar a todo-o-vapor devido ao aparecimento das consolas de nova geração de 128 bits. Começa uma nova fase na indústria dos videojogos e adivinha-se o fim da geração de 32 bits, mas calma… Lara ainda tem muito para dar aqui, pois este 4º episódio sofreu uma grande evolução, ou melhor dizendo, uma revolução em vez disso!
Na minha opinião Tomb Raider tem ficado melhor de jogo para jogo, e tem-se tornado cada vez mais completo e interessante de jogar. Mas verdade seja dita o jogo como este com vários capítulos tem de sofrer uma reviravolta senão, por muito bom que seja acaba por se tornar mais do mesmo. Foi o que aconteceu em “The Last Revelation”. Vou-vos explicar ponto por ponto:
Jogabilidade: Aqui ocorreram as maiores mudanças, e não pensem que são apenas alguns add-ups, houve mesmo uma alteração na jogabilidade do jogo. 1º, o menu já não é o mesmo, deixaram o “círculo de itens” e passaram a um slide onde disponibiliza um leque de objectos e armas. A mudança no aspecto do menu até que é agradável e condiz com o ambiente do jogo, mas o facto de misturarem itens, com munições e armas não foi muito bem pensada, pois chegamos a uma altura no jogo em que temos que passar por uns 10 objectos para chegarmos à arma que queríamos.
Falando em puzzles, essa foi outra excelente mudança em TLR. Até ao 3 episódio havia um certo desgaste na imaginação dos desafios para quem já jogou todos os TR até agora. Fiquei bastante impressionado porque não encontrar aqui nada de igual. Não há as típicas movimentações de blocos, as escadarias escondidas, accionar a alavanca para abrir a passagem da outra ponta do nível que já nem nos lembrávamos, isso extinguiu-se. Ao invés tempos enigmas inteligentes, uma espécie de damas, “n” funcionalidade que temos que, 1º entender para depois conseguirmos resolver. Há também um enorme leque de combinações de itens que vão ser feitas ao longo do jogo. Por exemplo, a determinada altura combinamos um cabo de madeira a uma placa de metal para fazer uma pá improvisada para desenterrar algo, e também vamos ferramentas que apanhamos ao longo do jogo que nos ajuda a accionar mecanismos, a abrir portas etc. É tudo bem mais lógico e explícito, basta pensarmos um pouco. Essa mudança leva o jogador experiente a abordar o jogo de uma forma completamente diferente de antes, o que torna o jogo como se fosse um novo, não repetindo o “mais do mesmo”.
Som: Desta vez a Core-Design apostou forte no som. A banda sonora está quase sempre presente e anda de mãos dadas com a acção presente, é como estarmos a jogar um filme de aventura. Conseguiram fazer muito melhor que TR3, finalmente perceberam a importância este dado. O responsável pelo som fez um óptimo trabalho, trouxe suspense, entusiasmo, energia ao desenrolar do jogo, nada assim tinha sido feito em Tomb Raider. Eu deixo apenas uma nota nas Cut-Scenes. As vozes estão bastante vazias, não encaixam bem com a cena, nota-se bastante que os actores estão a ler as frases em vez dar voz á acção.
Longevidade: Em The Last Revelation vão ter cerca de 39 níveis. É verdade 39, mas não se assustem que não são níveis como nos TR anteriores. Até aqui houve mudanças, incrível não é? Desta vez vamos jogar num único sítio que tem como cenário o Egipto (à excepção do 1º nível que é no Cambodja). Os níveis são continuados ao contrário dos outros TR que cada nível era um nível, mas aqui temos uma sequência mais realista. Podemos voltar atrás se quisermos no mesmo local. Até quando existe no desenrolar da história uma mudança, existe um nível a fazer essa passagem, e podemos ver isso no nível da viagem férrea para Alexandria. Os criadores de Tomb Raider conseguiram o feito de fazer isto sem sequer dar hipótese de o jogador se cansar de estar no mesmo sítio, isto devido ao cenários mais pequenos (pequenos quando ao espaço jogável) e não confusos. Além disso temos várias situações e completo êxtase, em que sem querer accionamos uma armadilha, e quando o nosso 1º instinto é fugir o correcto é saltarmos e agarrarmos-nos às fissuras que estão no tecto…inteligente hãn?
Em resumo, Tomb Raider 4: The Last Revelation revoluciona o seu próprio estilo de jogo, Lara está fenomenal, conseguiram criar o brilho de um filme de Indiana Jones onde o Harrison Ford é uma mulher de enormes atributos (pelas razoes óbvias eehheheh!) mas em forma de jogo. Está simplesmente genial, até a forma como construíram um nível tutorial (já deixou de existir a casa de Lara e o mordomo à prova de balas) onde retratam uma expedição de Lara com o seu mestre quando ela tinha os seus 16 anos, ele ensina os movimentos todos que precisam de saber para o resto do jogo. Bastante acessível para quem nunca jogou e completamente novo para que joga desde o 1º. Sem dúvida e de longe o melhor Tomb Raider.
Graficos: 10 (……eishshhhhhhhhhhhhh………………………………….)
Jogabilidade: 10 (…..iiiiihhhhhhhh……….aafffffffff………)
Som: 9.0 (……………pffffffffff……………………………)
Longevidade: 9.5 (mais ou menos 20 horas de wwwuuaaaaaahhhhh…………)
Nota Final: 9.8 (Não é só o melhor Tomb Raider de todos, entra sem dúvida, pelo menos no top 10 desta consola, leiam a review, joguem o jogo, e depois percebem o que digo)
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