Género: Shooter 2D
Produtora: Taito
Editora: THQ.
A maior parte dos filmes de acção têm a típica cena do homem
a pé a ser perseguido por um carro. Normalmente, damos por nós a gritar:
“Chega-te para o lado, idiota!”. A falta de movimento para os lados é um
aspecto negativo. Mas curiosamente, essa regra não se aplica aos Shooters 2D.
Por vezes, sabe bem voltarmos ao confortável reino dos shoot’em’up 2D. Por
vezes…
Nós gostamos deles, devoramos-los e quando um jogo como
G.Darius me chega às mãos, ponho de parte qualquer tipo de ideia acerca do
direito inalienável ao movimento lateral, ao mesmo tempo que fico deliciado com
a perspectiva de três horinhas de nada mais nada menos, para cima, para baixo,
frente e trás. No entanto, G.Darius tem dois problemas fundamentais. O primeiro
irritará tanto os amantes dos jogos antigos, como os vanguardistas de
videojogos. Os gráficos são um cocktail de ideias velhas e novas (para a altura
claro) de fazer saltar os olhos. Efeitos poligonais 3D foram incluídos num
sólido shoot’em’up bidimensional. Quando as naves inimigas voam para fora do
ecrã pela primeira vez, têm bom aspecto. Mas quando se estabelecem no plano de
jogo perdem definição. O efeito global é um jogo que nem parece mais actual nem
recupera a essência mais retro deste tipo de shoot’em’up.
O jogo na sua totalidade tem uma estrutura bastante
interessante. Os 15 níveis enormes são arranjados numa formação em árvore que
oferece várias escolhas de percursos. Mas internamente, a estrutura de cada
nível não é assim tão inspiradora. É aí que começa o segundo problema de
G.Darius. Mas internamente, a estrutura de cada nível não é tão inspiradora. Não
só há poucas surpresas (sendo a excepção, cada um dos bosses verdadeiramente
preocupantes), como os seus autores parecem satisfazer-se em aumentar o grau de
dificuldade em grande parte atirando cada vez mais disparates ao jogador. A
morte parece inevitável em alguns casos, e tudo se transforma numa questão de
sorte e não de perícia.
Apesar disto tudo, os fãs de shoot’em’ups clássicos podem
ficar descansados, pois este jogo tem elementos interessantes em quantidade
suficiente para exigir uma séria atenção. Pelo facto de cada jogo ser constituído
por 5 níveis (o comprimento de um ramo de uma árvore), a repetição e investida
implacável não é tão ruinosa como poderia ser. E não podemos ignorar alguns dos
aspectos engenhosos como por exemplo por sistema de armas, que inclui o Capture
Spheres. Disparando estas contra um inimigo incapacitado, o jogador pode
arrastá-lo e prendê-lo à sua nave, obtendo assim mais potência de fogo. Naves
mais pequenas funcionarão como lasers extra, por exemplo, enquanto naves
ligeiramente maiores servirão de escudos.
Todos nós, jogadores temos uma costela que nos obriga a
gostar de acção shoot’em’up à maneira antiga, mas com G.Darius os toques mais
interessantes e a jogabilidade tradicional conjugam-se muito bem. Mas não se
encontra na divisão de por exemplo, o clássico R-Types.
Gráficos: 6.0 (Mistura de efeitos interessantes com naves
fracas)
Jogabilidade: 7.0 (Esplêndida, mas muito difícil)
Longevidade: 7.0 (15 longos níveis e oito níveis de perícia)
Nota Final: 7.0 (Há alguma jogabilidade boa e sólida, mas a
repetição e exagerada utilização de pode de fogo inimigo prejudicam-na de
alguma forma. Destruição à boa maneira, divertida mas não atinge o alto
patamar dos shoot’em’ups)
joguei muito com o meu primo bem legal esse jogo
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