Data de Lançamento:
11/06/2000 (NA) 19/01/2001(EU)
Género: RPG
Editora: Sony Computer Entertainment
Produtora: Sony Computer Entertainment
Critica Curta: Final Fantasy com mais interação em ataques e gestão de items
Hum… como é que eu vou
fazer isto agora? Este jogo foi o 1º RPG que alguma vez joguei (Pokemon não
conta XP) e convenceu-me completamente de que este seria daí em diante o meu
género de jogos preferido… 12 anos depois continua a ter o mesmíssimo efeito…
por isso, como é que eu faço isto sem vos atirar com a minha nostalgia toda em
cima? Até porque eu sei que o jogo não é perfeito… mas vamos lá tentar.
Estória/Conceito
Lobotomia portátil |
No meio de uma noite de
luar uma pequena aldeia é devastada por um exército (que ORIGINAL!). Uma
rapariga é raptada a comando de um tal Imperador Doel… na manhã seguinte, Dart
(o nosso herói) está pelas redondezas quando de repente… UM DRAGÃO GIGANTE
ATACA! Mas depois ele é salvo por uma mulher com meia calça e depois ele dá
porrada aos soldados que atacaram a aldeia dele e depois vai salvar a rapariga
da prisão mais horrível do mundo, depois lá ele encontra um cavaleiro que está
em fuga, depois salvam a rapariga e os 3 dão tareia ao Chefe da prisão, depois
fogem dos guardas e depois… Yá, neste jogo estão coisas sempre a acontecer.
Enquanto em outros rpgs o que acontece neste excerto podia ser esticado a todo
o 1º disco, em Legend of Dragoon são as primeiras horas de jogo. O cenário e
motivação estão sempre em mutação constante. Eventualmente Dart descobre que
faz parte de um grupo de guerreiros chamados Dragoons – guerreiros com a
capacidade de controlar Dragões e usar poderes especiais – a partir daqui ele e
o seu grupo viajam pelo mundo à procura de respostas para as perguntas que lhes
vão aparecendo e eventualmente (como é obvio) salvar o mundo. Não é original e
segue muitos clichés… mas executa-os muito bem. Nada parece não funcionar ou
ficar mal como está, tudo é explicado e as personagens são bastante afáveis.
Não vira cabeças mas não destoa.
Lindo fato |
Gameplay e Longevidade
RPG estilo Final Fantasy
sem tirar nem pôr – visitar cidades, comprar equipamento, falar com NPCs,
apanhar tesouros, batalhas aleatórias, etc. – a diferença chave aqui está mesmo
nas batalhas em si. Quando se entra em
batalha temos direito a 3 personagens da equipa (sendo Dart sempre
obrigatório). No menu temos as hipóteses
Attack, Guard, Item, Run e eventualmente Dragoon e Special. Em LoD quando um
personagem ataca não se limita a dar um corte e a voltar para trás, o que ele
faz é ativar a sua “addition”… o que é uma addition? Ora quando temos uma
unidade e adicionamos + 1… hã? Não é isso? Ah, tá bem! Uma addition é o nome
que dão ao golpe de ataque que o personagem tem equipado no momento. Dart
começa com o “Double Slash” e na 1ª batalha do jogo essa é a addition por
defeito. Quando selecionam atacar, Dart corre em direção ao inimigo selecionado
enquanto uma mira se aproxima de um quadrado central que está no meio do ecrã.
O objetivo é carregar no botão X quando a mira e o quadrado se sobrepõem. Se
falharem o golpe acaba ali mas se acertarem o golpe continua. No caso do Double
Slash (e todas as outras additions iniciais) só é necessário acertar uma vez,
mas à medida que vão ganhando níveis no jogo vão adquirindo additions novas que
requerem muito mais precisão e número de golpes.
Acerta! |
Guard como indica o
nome… defende, mas tem uma outra característica – ao mesmo tempo que corta em
metade todo o dano até ao próximo turno desse personagem também recupera 10% do
HP – ou seja, não é uma má estratégia de recuperação quando não se têm items à mão… e por falar em items, estes
estão limitados a 32… o que não seria um problema não fizessem as magias parte
da lista de items também. As magias em LoD vêm de 2 fomas – Item e Dragoon – as
magias de item são como atirar granadas (embora façam +dano se o personagem
tiver bom Magic Attack e metralhem X) enquanto que as magias de Dragoon só
podem ser feitas em Dragoon e consomem MP. Como a roda de elementos existe
neste jogo, ter umas quantas magias à mão não é má ideia… mas como a melhor
maneira de curar também é a usar poções e afins… acaba por ser um aspeto
estratégico do jogo saber que items comprar, vender e usar com um limite de 32
(felizmente os equipamentos não fazem parte deste número).
Este requer mais prática |
Dragoons são o Limit
Break – há medida que se vão fazendo additions ganha-se sp por golpe e por cada
100sp acumulado é permitido ativar com essa personagem o seu modo Dragoon por 1
turno, o que permite um ataque mais forte e magias especiais. O ataque em
Dragoon já não é com additions mas sim com um acelerómetro que vai ficando mais
rápido até chegar ao 5… se conseguirem acertar as vezes necessárias efetua-se o
golpe completo, senão pára até onde conseguiram (e se forem como eu pára muitas
vezes no 4). O Special tranforma todos os personagens em dragoon quando todas
as barras estão cheias e faz com que o personagem que o ativou faça ataques
automáticos e mais dano elementar.
Xissa, explicar este
sistema custa… mas a verdade é que é bastante simples – os ataques usam timing
para fazerem mais dano, defender é útil por curar e os Dragoons são um bom
recurso para bosses. O maior problema que o jogo tem é talvez a sua maior força
– as additions. Embora para uns seja um
sistema interessante e interativo de ataque, para outros pode ser muito difícil
ou impossível executá-las, o timing é algo preciso e quando o jogo funciona
tendo isso em base, quem não consegue safar-se com as additions não consegue
jogar… o que é uma pena (mas isto é como
dizer que um jogo de plataformas é muito difícil e não é para todos quando o
que vos falta é jeito (pisca pisca “Mike - MegaMan X3” pisca*).
Em termos de longevidade
esperem entre 50-60 horas (o comum dos rpgs) o plot principal é bastante
composto e com objetivos variados (com sequencias de stealth, vários puzzles e
outras coisas). Sidequests existem mas estão meio escondidas, embora as
recompensas sejam menos materialistas que o costume (por não se ganhar nada de
especial) servem mais como “adição” ao plot principal (o que para mim é uma
coisa boa).
Gráficos e Som
Este é o jogo com
cenários pré-renderizados mais bonitos que já vi. (Sim, melhores que os FFs,
Chrono Crosses e Resident Evils). Praias, castelos, cidades, florestas, rios,
vistas, desde o medieval ao futurista salta tudo ao olho com movimentos e
efeitos sonoros a condizer. Quando chegas a uma cidade nova percebes logo que é
nova pelos vários tipos de construção e especificidades da cidade em si. Nenhuma
gruta parece igual à outra e nada está de tal maneira que se possa confundir o
caminho ou a saída. Dito isto… os modelos 3D dos personagens e de batalha
podiam ser melhores. Este jogo usa o motor gráfico do FF7 e nota-se, embora LoD
faça um trabalho muito melhor na caracterização dos modelos que FF7 (não há
aqui braços de Popeye) não chega perto de FF8 ou 9 por exemplo. Mesmo assim não
é uma coisa incomodativa sequer, apenas que se nota que os modelos podiam ser
menos “emblocados”… porque de resto, em termos de design e texturas de
personagens, está tudo bem e recomenda-se. O que talvez incomode são as
cutscenes CG que variam do bastante bom ao bastante mau... as más ou têm
animações e voice acting horriveis ou são imagens em movimento com explicação
por trás… é um daqueles casos que às vezes mais valia não ter nada… mas vá,
como não são muitas não é uma coisa grave.
Sailor Moon? |
... |
Aproveito e falo também de alguns nomes estranhos de alguns inimigos… como o malvado “Assassin Cock”! … “Vampire Kiwi”, “Ugly Baloon”, “Erupting Chick”, “Moss Dresser” entre outros…
Já a música é espetacular, não é épica como a de Nobuo Uematsu mas tem um charme próprio que não se encontra em mais lado nenhum. As batalhas fazem-vos querer lutar, as tristes fazem-nos sentir mal, perigo-perigo, comédia-comédia etc. Pena que Dennis Martin não tenha participado em mais nenhum jogo de vídeo (e sim é um compositor americano num jogo japonês… é pa verem… ou ouvirem).
Até o Dart dá ao pé |
>>Pontuação<<
Estória/Conceito: 8.0 – (Cliché mas bem feito e personagens bastante boas)
Gameplay: 8.0 – (Se não gostarem das additions tirem 3.0 pontos ao total)
Longevidade: 8.0 – (Com 4 CDs cheios de conteúdo não vão ficar mal servidos)
Gráficos: 7.5 – (Podiam ser melhores mas o que está bom está bom)
Som: 9.5 – (Nobuo Uematsu Americano pessoal!)
FINAL BURST! ... quer dizer GRADE! |
Nota Final: 8.0
(Espero não ter saído muito fanboyish nesta review mas a
verdade é que este jogo não merece metade da flac que apanhou quando saíu… sim
é um FF clone, sim tem um engine gráfico antigo, sim as additions não são para
todos… mas para aqueles que se adaptarem ao sistema, não vão ficar desapontados.)
Eu adorei este jogo, é um dos meus JRPG's favoritos na PSOne. Comprei-o mal saiu e deve ter sido das melhores compras de sempre dado o valor que pedem pelo mesmo actualmente. :)
ReplyDeleteNota 10 isso sim, ainda hoje é o melhor rpg que já joguei.
ReplyDeletemelhor jogo do ps1 que ja criaram rapaz, e até hoje com os gráficos de ps4 e qualquer outra coisa nunca vi um game tao bom quando este. merecia até filme e continuação do game. é bem melhor que final fantasy só não estourou como ele porque nao viciou os fans com um game atras do outros igual ff assim fica fácil. né.
ReplyDeleteMamgaka,é verdade concordo com vc,roubou minhas palavras,ele é bem melhor que final fantasy,e melhor até que o f.fs. 15 que é para Xbox one,na boa eu acho que tem coisa por trás para não terem continuado a saga,acho que os criadores do final fantasy,deve ter comprado os criadores de the legend of the dragoon_realmente o legend of the Dragoon tem potencial para continuação filme e até seroe anime,ai tem coisa ta!
ReplyDeleteMas foi lindo enquanto durou!!
To jogando ele aqui,matando a nostalgia de 13 anos atrás,so aue joguei e parei em um dos discos e sai so munso dos games,hj eu voltei de novo e agora to tentando zerar!!
Isso serve para o parasite eve 2 também que vou comprar!