Deixa-me lá ver se encontro...

29.6.11

Hercules


Data de Lançamento: 11/1998
Género: Plataformas
Editora: Sony Computer Enterteinment
Produtora: Disney Interactive
Versões: PS1, PSN e PC







Como muitos de vocês, caros leitores, devem saber, grande parte dos jogos licenciados têm fama de ser de baixa qualidade, mas será que este jogo segue essa regra? Se lerem esta análise agora, tenho a certeza que receberão a vossa resposta!


Estória/Conceito: Como deduzo que já viram o filme não me vou dar ao trabalho de recontá-lo, no caso de não o terem visto… vão ver, é giro… Mas agora vem a questão: Será que este jogo segue bem a estória do filme? Eu diria que sim, os níveis deste jogo mostram vários cenários e situações vindas do filme, apresentando também vários FMVs que ajudam a compreender a estória resumidamente.







Jogabilidade: Nós assumimos o papel de Hercules (duh!) já graúdo na sua demanda para se tornar num verdadeiro herói. Aí o jogador deve passar por vários níveis de variados estilos. Uns são em Sidescroller 2D, outros mudam a perspectiva para o 3D e até um que se joga montado em Pégaso (o cavalo voador de Hércules) que faz parecer um jogo de naves estilo Gradius.

Nos níveis Sidescroller 2D, controlamos Hércules através de obstáculos até este tocar num relâmpago amarelo e fazer uma pose para beber o que parece ser uma Coca-Cola. Nestes níveis existem uma data de inimigos que querem caçar o filho de Zeus, tais como corvos, ladrões e… gatinhos a arder? Isto parece ser uma tarefa difícil mas o nosso amigo tem ao seu dispor a sua fiel espada, a sua super força… e uma data de power ups para o ajudar no caminho. Power-ups como a espada de trovão (que dispara um relâmpago controlável e ajuda a obliterar tudo o que está à volta), a espada de fogo (que dispara uma bola de fogo que segue os adversários), a espada sónica (que serve para atacar os inimigos mais próximos) e um helmo (que garante invencibilidade temporária). Estes power-ups podem ser seleccionados quando o jogador quiser, o que permite àqueles que o quiserem fazer, passar os níveis só a abanar a espada normal. Hércules regenera a sua vida ao apanhar bebidas que estão espalhadas pelos níveis (o que nos faz pensar em como será que Hércules não vai à casa de banho após beber tanto. Mas pronto…isto é um videojogo). Outra coisa que Hércules pode coleccionar são as suas figuras de acção que têm como função aumentar a barra de vida.

Também há locais por onde Hércules deve saltar, barras em que tem de girar, plataformas que tem que alcançar e obstáculos que tem que esmurrar. Adicionalmente, estes níveis contêm três camadas de posicionamento, ou seja, Hércules pode estar numa posição mais perto do ecrã, mais longe, ou entre os 2 (o mais comum). A alternância entre estas camadas só pode se feita em alguns sítios de cada nível e é necessária para se fazer progresso.
Neste estilo de níveis também estão contidos os bosses que estão bastante bem feitos e as formas de os vencer são originais, portanto não basta só ir dando socos e usar a espada… ás vezes é preciso usar a cabeça.


Nos níveis de plataformas 3D controlamos Hércules visto de costas e a correr sempre em frente. O que o jogador deve fazer nestes níveis é evitar que ele colida com os vários obstáculos que se cruzam no seu caminho. Os únicos power-ups deste estilo de nível são umas sandálias azuis e cor-de-rosa que fazem com que Hércules ande muito mais depressa partindo rochas e outros obstáculos duros.

No nível em que se monta Pégaso o ecrã mexe-se sozinho, entretanto há obstáculos que têm de ser desviados e demónios voadores irritantes para serem derrotados. Neste nível os power-ups são essenciais pois acertar com a espada é muito difícil.

Em todos estes níveis há checkpoints que são marcados sempre que chegas a Hermes. Outra coisa que todos os níveis têm em comum são os vários objectos escondidos como moedas, letras da palavra “HERCULES” e 4 urnas. Se um certo número de moedas e as letras forem coleccionadas, no fim de um nível o jogador pode ter o ranking de HERO ou ZERO, se for HERO ganha uma certa quantidade de vidas, se for ZERO não recebe nada. Se o jogador encontrar todas as urnas recebe uma password. E agora vocês vão dizer: “O QUÊ? Passwords? Na quinta geração de consolas?” E eu respondo - sim porque não? Este jogo também tem uma opção de gravar mas como há pessoas que têm os cartões de memória cheios com o Digimon World 2003, por isso passwords são bem vindas.
Este jogo tem 3 dificuldades EASY, NORMAL e (surpresa, surpresa) HARD e acho que a descrição é o que diz na etiqueta, portanto não é preciso explicar. Um aviso para aqueles que tentem jogar no EASY, depois de passarem o antepenúltimo nível (o oitavo) o jogo dá-vos a seguinte mensagem “Good work, now try on a harder difficulty!” impossibilitando assim que se termine o jogo a sério. Sim eu sofri bastante com isto quando era criança…
Para aspectos positivos acho que o jogo é divertido, o design de níveis é competente (embora pudesse ter sido melhor) e tem uma dificuldade razoável dependendo do modo que escolherem.

Quanto a aspectos negativos, note-se o facto de raramente sermos avisados de novas mecânicas e movimentos de jogo, principalmente em bosses. Coisas que vos farão dizer: “Uau se carregar nestes botões ele faz isto?” ou até “Como é que raio os produtores pensavam que as crianças iam descobrir isto?!”. Outro aspecto que pode ser considerado negativo é o lag entre o jogador carregar no botão e o deferir do golpe, seja com espada ou murro. O jogo está feito a contar com esse lag mas vai-vos pedir algum tempo de adaptação.
Outro problema que chateia um bocadinho é o facto de um bug pouco irritante ter-me ocorrido duas vezes em que nos níveis 2D enquanto ando por um campo aberto, Hercules parece que anda contra uma “parede invisível” que não deixa avançar, mas não há problema pois, se saltares por cima dessa “parede”  podes progredir.



Gráficos: Posso dizer que os gráficos fazem o seu trabalho, não são uma obra de arte mas também não são nada de se deitar fora, a cara de Hercules podia estar um pouco mais definida por exemplo, a palete de cores usada é variada e destinta, as animações dos personagens e os sítios dos níveis representam o estilo do filme muito bem, os níveis 3D também apresentam as mesmas qualidades e o 3D da Hydra está fenomenal. Em geral, não apresenta grandes sinais de pixelização, embora, nas secções em 3D, seja notável a bi-demensionalidade dos personagens, fazendo-os parecer figuras de papel em movimento. Mesmo assim, pode-se dizer que o jogo não envelheceu muito com o passar do tempo.  

Som: A banda sonora apresenta versões instrumentais de todas as canções do filme (sim, até do “Não sei se é Amor”), estão bem feitas  e cada música adequa-se ao sítio onde é posta, agora se o jogador gosta ou não isso depende dos seus gostos musicais, alguns podem considerar as músicas irritantes. Quanto aos efeitos sonoros, não estão datados, mesmo que o abanar da espada faça “Swashingu” e os pedregulhos a partirem-se façam “PUM!”
Este jogo também contém algumas vozes (com os mesmos actores originais do filme) como o Herc a dizer “Huuuh” quando salta, ou a dar um comentário aos bosses, ou o Phil a dizer as regras de Herói no primeiro nível ou até Meg a falar com uma voz sexy aos jogadores quando seleccionas as passwords, nada de errado, embora a abundânte repetição destas frases possa ser frustrante... sim, o último caso também se aplica!

Longevidade: Dependendo da habilidade do jogador, pode-se terminar entre 3 a 6 Horas... é um jogo curtito (old school), mas é divertido o suficiente para o jogarem mais de uma vez. Se o jogador quiser pode tentar uma dificuldade mais elevada ou apanhar tudo 100% o que pode triplicar essas horas, mas isso depende da paciência de cada um… visto que os objectos a apanhar são mesmo só para o “completismo” por não oferecerem recompensa nenhuma.


Pontuação:
Estória/Conceito: 7.5 (Segue bem o filme embora o inicio do jogo seja tarde)
Jogabilidade: 8.5 (Duas palavras: faz o trabalho)
Gráficos: 8.8 (Bastante bons e variados para a altura.)
Som: 9.0 (From Zero to Hero just like that!)
Longevidade: 5.0 (Só longo para os maiores compleccionistas)
Nota Final: 7.5
(Um jogo bastante bom. Se gostarem do filme vale a pena tentar, são capazes de encontrar em lojas de segunda mão, download da PSN, ou em algumas outra lojas (encontrei uma vez no LIDL a 2 €). Se me perguntassem entre este jogo e um gelado qual comprava diria de certeza o jogo, eu até gosto bastante de Magnums mas prefiro electrocutar corvos com uma espada, obrigado.)

Jogos parecidos com este que também podem experimentar:
Aladdin (Mega Drive)
Legend of Kage 2 (DS)

2 comments:

  1. ;o sugue sugue :3
    se eu gostasse do boneko era capaz de me intressar ;3
    demo gotei da analise :3
    continua ;3



    *bye

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  2. ow como faz para soltar raio da espada não pelo joystick mas pelo teclado do pc

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