Género: Plataformas
Produtora: Insomniac
Editora: Sony
Decorria a época natalicia de 1998 quando chega às lojas uma
nova mascote da Sony. Um pequeno dragão lilás com o nome de Spyro rompia pelas
vitrines, assaltando os olhos dos petizes, juntamente com jogos como Crash
Bandicoot, Banjo Kazooie, Super Mario, Croc, etc…
Mas Spyro tinha também outro objectivo: afirmar-se como Rei
das mascotes de plataformas juntamente com Crash Bandicoot, dando á Sony o prestígio
de ter os melhores exclusivos em todos os géneros.
Não tenho vergonha nenhuma de afirmar que sou um grande
apreciador deste tipo de jogos, tipicamente infantis. Foi este o género que
abracei quando entrei neste mundo e Spyro está defenitivamente nos meus
preferidos.
Gráficos: Os gráficos são o ponto de partida para ficarmos
agarrados a este jogo. Apesar do seu aspecto infantil a apresentação de Spyro
The Dragon não afugentará, de todo, os mais velhos. As cores bem calibradas e
os diversos cenários são o ponto forte de Spyro. A constituição do jogo é
semelhante à de Super Mario 64, ou seja, um mundo com vários portais que darão
acesso aos níveis. Cada mundo tem o seu tema e será bastante diferente do mundo
anterior.
O desenho em Spyro também é igualmente fantástico, à exceção
de alguns inimigos que estão muito básicos, mas em compensação todas as
animações estão muito fluidas e personalizadas desde o inicio até ao fim do
jogo. Tive o prazer de não ter detectado nenhuma falha ou bug no decorrer da
aventura, e mesmo em cenas de muita acção em ecrã nunca houve abrandamentos a
nivel gráfico.
As animações, em particular, dão um toque muito
característico ao jogo principalmente nos momentos em que rebentamos com os
cofres-tesouro e recolhemos os cristais. Até a própria libelinha (o Sparks) que
segue sempre o Spyro também está sempre em movimento zigue-zague, sem nos
apercebermos. Um verdadeiro toque de magia.
Jogabilidade: Sobretudo prática e inteligente. Não difere
muito dos usuais jogos de plataformas 3D, onde a norma é saltar e atacar de uma
forma ou duas, mas o segredo está (na massa??) na forma como é utilizada. De
facto os 2 tipos de ataques existentes são bastante distintos. Um deles é
lançar chamas sobre os adversários. Outro é carregando “quadrado” para investir
com os chifre. Por vezes os inimigos conseguem anular os ataques por usarem
protecções ou serem grandes demais, o que nos obrigará sempre a alternarar os
ataques. Outro ponto positivo nos comandos é o facto de Spyro ser um jogo
rápido, na acção. A investida torna spyro muito rápido conseguindo correr de
uma ponta a outra de um mundo num ápice e, caso queiramos optar por um estilo
de jogo mais arrojado, é-nos possível.
Os desafios que nos preparam são bastante fáceis. Essa
talvez seja a parte mais infantil de Spyro The Dragon, mas ao mesmo tempo são
bastante divertidos e não creio que isso poderá afastar jogadores. Contudo,
poderão tornar-se um pouco repetitivos lá para o final do jogo.
O pior de tudo isto é mesmo a câmara. A câmara até tem uma
opção inteligênte de tornar a visão mais passiva (onde teremos de ser nós a
ajusta-la manualmente) ou activa (onde a camera é forçada a estar nas costas de
Spyro). Mas ainda assim é irregular quando nos encontramos com paredes por
perto que nos tiram o angulo de visão. Isso torna-se bastante chato, 1º porque
irá fazer com que durante as investidas falhemos o alvo de uma forma inglória e
não por falta de pontaria e 2º porque pode ser fatal em quedas e afins. É uma
falha técnica que torna Spyro ligeiramente dificil. É possivel ser contornada
com a prática, mas não tem de todo a ver com a forma de jogar, mas sim com defeito do próprio jogo.
Som: Aí está algo que me surpreendeu em Spyro. Pela
qualidade do jogo esperei de facto que o som fosse feito com bastante
profissionalismo e devidamente adequado ao género. O que realmente correspondeu
às expectativas, agora também é verdade que esperava alguma repetitividade
musical ao longo dos níveis e isso foi coisa que não aconteceu. Cada nível é um
nível diferente em todos os aspectos incluindo na banda sonora, e ainda são
cerca de 30 níveis atenção…
Isto também acontece devido ao responsável pelas trilhas
sonoras ser nada mais, nada menos que Stewart Copeland. Assim de repente muitos
poderão não o conhecer mas é o baterista dos “The Police” (a banda de Sting) e
conhecido também por ser um excelente músico e artista, tal como prova mais uma
vez em Spyro The Dragon, onde consegue fazer uma banda sonora inconfundivel.
Longevidade: Se há coisa que não existe em Spyro The Dragon, é faltar o que fazer… O dragãozinho lilás tem cerca de 5 mundos para explorar, 30 niveís para completar, dragões para salvar, ovos de dragões para apanhar, tesouros para recuperar, e o mais dificil de tudo… a taça da liga (AAHHGGRR faltava esta!!)… Vá, a taça da liga fica pa segundo plano.
Mas de facto há muito que
fazer em Spyro The Dragon, e é aí que o nivel de dificuldade acresce: no
momento em que se tenta completar os 100%.. mas mesmo assim não é tão dificil
quanto outros jogos de plataformas. Demorarão cerca de 6-7 horas para completar
o jogo na íntegra.
E é assim que nasce mais uma
mascote da Sony. Um jogo que ganha muitos pontos pelos detalhes gráficos e sonóros. Um jogo que,
apesar da carência de maturidade, ganha pela diverção simples de um jogo de
plataformas. Não é de todo o exemplo da perfeição mas é mais que suficiente
para deixar a sua marca, e fazer pedir pela sequela. Mais um excelente trabalho
da insomniac.
Gráficos: 8.5 (A cor, o
brilho, um cenário inteiro que se mexe, um…dragão lilás???)
Jogabilidade: 8.7 (cospe
fogo, salta, plana..sê um verdadeiro dragão! (e voa?) eerrrhh... sim, em alguns níveis)
Som: 9.0 (quase que encosta
Crash Bandicoot à parede)
Longevidade: 7.0 ( Spyro The Dragon é
grande! Maior ainda se tentarmos os 100%! Mas não é difícil)
Nota Final: 8.2 (Spyro é um
excelente jogo de plataformas forte o sufieciente para concorrer com Crash, e
até é melhor em alguns aspectos! Apenas pequenas falhas não o elevam à
perfeição. Recomendo vivamente)
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