Género: Luta
Produtora: Midway
Editora: Sony
Finaaaallmmmeennnttee!!! Finalmente consegui acabar o Mortal Kombat.. E acho que tenho graves lesões, hematomas, costelas partidas e pelo menos uma unha do pé rachada. Preciso de soro e 2 litros de sangue para me recompor…
Náh tava a brincar.. mas tenho as articulações dos dedos calcinadas…
Enfim, Mortal Kombat 3 chega-nos nos primeiro leques de
jogos que saíram com as novas consolas da altura (a Sega Saturn e a
Playstation), vem de uma alta expectativa após o sucesso de Mortal Kombat 2.
Aliado a este facto Mortal Kombat era o grande rival daquele que é considerado
(por muitos) a melhor série de jogos de luta de sempre: o Street Fighter.
Pessoalmente sempre fui mais da legião Mortal Kombat, que
joguei durante muito tempo na Super Nintendo.
Em MK3 existe uma grande reviravolta na história. Raiden
perde o controlo da Terra para Shao Kahn, e apenas consegue proteger as almas
de alguns guerreiros, que selecciona para destruírem o seu oponente. No entanto
não lhe é possível fazer mais que isso e Liu Kang e companhia têm de lutar
contra o Império de Shao Kahn que conta com Sindel e Shan Tsung (novamente)
mais um monte bois.. bois não, desculpem. São Minotauros!
Os gráficos 3D nesta altura ainda eram feios, muito
poligonais, e o 2D ainda era melhor quando trabalhado com as novas tecnologias,
portanto foi uma boa aposta da parte da Midway.
O ponto alto deste jogo sempre foi os Fatalities e o sangue
nos golpes. Foram estes os factores que fizeram da série MK umas das mais bem
sucedidas de sempre. E por isso mesmo a Midway fez bem em não deixar esse
legado para trás, fortificando ainda mais isso, com muitos Fatalities novos das
novas personagens. Além dos Fatalities existem ainda variados finishing moves característicos de cada personagem como os Babalities, ou Animalities, que aumentam
o leque de opções para acabar com os adversários em estilo.
Além disto foram inseridos alguns add’ups nos combates. É possível efectuarmos Combos a partir dos truques que executamos, (que dá MUITO
jeito no modo single player) e agora também rebentamos com tectos e passamos
para outros cenários durante os combates. E viva à brutalidade nua e crua de
MK!
A dificuldade, também está bastante presente em MK3. Se
achavam que Kintaro era impossível de vencer não queiram lutar com o Boi… ah
desculpem, o Motaro o minitauro (é Minotauro ó boi!). Motaro é o bicho que vai fazer muita gente limitar-se ao Versus Mode, devido à sua extrema dificuldade
(Megaman é uma brincadeira ao lado deste jogo), o que por um lado é lamentável
pois impede a maioria dos jogadores de ver o final de cada personagem. Mas
paciência amigos, é preciso é ter calma.
Mas fora de brincadeiras, apesar dos efeitos e da banda sonora não estar mais adequada, MK3 merecia uma boa actualização na qualidade
do som. Se houve melhorias não as detectei e não se perdia nada dar uma volta
na sonoridade de MK.
Portanto, MK3 apesar de ser o melhor MK de todos, ainda
assim não consegue a excelência do seu antecessor, por ser um pouco “mais do
mesmo”. Mas ainda assim é um excelente jogo no inicio da era 32 Bits, e sendo
um jogo multi-plataformas (na altura saiu na PSX, Mega Drive, PC, e SNES) ganha
este estatuto perante um leque de jogadores abrangente.
Marca a sua presença como sendo um jogo Hard-Core, para adultos
(não só pela violência como também pela sua dificuldade), e mantém-se fiel às
suas origens, coisa que não deve ser criticada. Mas de facto, e por si mesmo,
também começa a mostrar sinais de desgaste e falta de criatividade. Esperemos
por um 4º capitulo que consiga uma golfada de ar fresco sem que perca as características que tornam Mortal Kombat um jogo tão unique…
Cotações por favor:
Gráficos: 7.0 (Um 2D melhorado para a nova era mas sem ser
hmmm como hei-de dizer?... “Superb..!”)
Jogabilidade: 6.5 (Não traz nada de novo, mas é viciante que
farta, se não fosse a dificuldade extrema talvez tivesse mais uns pontitos)
Som: 6.5 (O tempo da SNES e Mega Drive já foi, mas é MK.. OK
ainda se come. Ainda é giro ouvirmos o gajos a levarem enxertos de porrada)
Longevidade: 7.5 (Ok, não faz mal, não vejo o fim de cada
personagem… mas deixem me fazer pelos menos um Fatality! Mais um! Mais um! Mais
um! Ma…)
Pontuação Final: 7.0 (Apesar de não trazer nada de novo,
Mortal Kombat 3 ainda é um bom jogo. Não nos podemos esquecer que ainda estamos
em 1995, e nesta altura ainda não era permitido muito melhor a nível de jogos de
combate. E jogos de combate 2D ainda eram bastante superiores aos 3D nas
consolas. Não cai em graça mas também não cai na desgraça)
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