Deixa-me lá ver se encontro...

24.6.12

Mortal Kombat 3

Data de Lançamento: 15/09/1995
Género: Luta
Produtora: Midway
Editora: Sony









Finaaaallmmmeennnttee!!! Finalmente consegui acabar o Mortal Kombat.. E acho que tenho graves lesões, hematomas, costelas partidas e pelo menos uma unha do pé rachada. Preciso de soro e 2 litros de sangue para me recompor…
Náh tava a brincar.. mas tenho as articulações dos dedos calcinadas…
Enfim, Mortal Kombat 3 chega-nos nos primeiro leques de jogos que saíram com as novas consolas da altura (a Sega Saturn e a Playstation), vem de uma alta expectativa após o sucesso de Mortal Kombat 2. Aliado a este facto Mortal Kombat era o grande rival daquele que é considerado (por muitos) a melhor série de jogos de luta de sempre: o Street Fighter.
Pessoalmente sempre fui mais da legião Mortal Kombat, que joguei durante muito tempo na Super Nintendo.

Em MK3 existe uma grande reviravolta na história. Raiden perde o controlo da Terra para Shao Kahn, e apenas consegue proteger as almas de alguns guerreiros, que selecciona para destruírem o seu oponente. No entanto não lhe é possível fazer mais que isso e Liu Kang e companhia têm de lutar contra o Império de Shao Kahn que conta com Sindel e Shan Tsung (novamente) mais um monte bois.. bois não, desculpem. São Minotauros!

Gráficos: Hhmmm, basicamente são os mesmos, mas actualizados para as novas consolas. Não é exactamente mau, mas também não traz nada de novo. Mas ainda assim podemos retirar pontos positivos. As personagens e cenários estão mais elaborados e com um aspecto mais polido. Muitos traços próximos do 2D e meio, dando mais amplitude e espaço ao cenário.
Os gráficos 3D nesta altura ainda eram feios, muito poligonais, e o 2D ainda era melhor quando trabalhado com as novas tecnologias, portanto foi uma boa aposta da parte da Midway.
O ponto alto deste jogo sempre foi os Fatalities e o sangue nos golpes. Foram estes os factores que fizeram da série MK umas das mais bem sucedidas de sempre. E por isso mesmo a Midway fez bem em não deixar esse legado para trás, fortificando ainda mais isso, com muitos Fatalities novos das novas personagens. Além dos Fatalities existem ainda variados finishing moves característicos de cada personagem como os Babalities, ou Animalities, que aumentam o leque de opções para acabar com os adversários em estilo.

Jogabilidade: Mais um ponto sem grande evolução, é praticamente igual ao seu antecessor, trazendo apenas alguns movimentos novos. Ganha apenas pelo numero grande de novas personagens, mas alguns também poderão ficar desiludidos por outras personagens não entrarem em MK3, como Raiden, Baraka, Reptile ou até Jonhy Cage
Além disto foram inseridos alguns add’ups nos combates. É possível efectuarmos Combos a partir dos truques que executamos, (que dá MUITO jeito no modo single player) e agora também rebentamos com tectos e passamos para outros cenários durante os combates. E viva à brutalidade nua e crua de MK!
A dificuldade, também está bastante presente em MK3. Se achavam que Kintaro era impossível de vencer não queiram lutar com o Boi… ah desculpem, o Motaro o minitauro (é Minotauro ó boi!). Motaro é o bicho que vai fazer muita gente limitar-se ao Versus Mode, devido à sua extrema dificuldade (Megaman é uma brincadeira ao lado deste jogo), o que por um lado é lamentável pois impede a maioria dos jogadores de ver o final de cada personagem. Mas paciência amigos, é preciso é ter calma.

Som: "Round one… FIGHT! Uh, Arghh, Wutaaaahhh, Come Here!,  Bluhruhruhruh…Fatality, Liu Kang wins!" É este o género de som que mais vão ouvir  em MK3, o que não difere dos anteriores visto que a voz do árbitro (qual árbitro???) é a mesma. Talvez a grande diferença seja: Montaro (em vez de Kintaro) Wins, Flawless Victory. Mas honestamente não é mau. MK tem uma banda sonora muito discreta e industrial que lhe dá um ambiente muito assustador, e esse efeito é espectacular, portanto é para manter. Os efeitos sonoros são variados desde os típicos socos e pontapés dum filme de Van Damme, os gritos de um filme de bola vermelha, e de afiar facas de um programa de culinária… É para todos os gostos.
Mas fora de brincadeiras, apesar dos efeitos e da banda sonora não estar mais adequada, MK3 merecia uma boa actualização na qualidade do som. Se houve melhorias não as detectei e não se perdia nada dar uma volta na sonoridade de MK.

Longevidade: Não sei que dizer neste parâmetro em MK3. Normalmente quando um jogo é difícil demais como é MK3, faço uma critica severa pois impossibilita muitos jogadores de quererem jogar o jogo até ao fim, destruindo por completo o factor diversão. Mas isto é exactamente o que NÃO me acontece em MK3. Acho o jogo  extremamente viciante mesmo em modo Single Player. A sensação de puro divertimento e brutalidade de facto existe aqui, talvez seja preciso é gostar. MK é um tipo de jogo que é bom ter sempre à mão e de vez em quando pegar nele, sozinho ou acompanhado. Realmente torna-se frustrante quando chegamos a Motaro e perdemos lá todos os Continues (mesmo no modo mais fácil) mas isso não muda o facto de que passamos uns bons 20-30 minutos a jogar. E se multiplicar-mos esse tempo por “N” vezes que pegamos nele, contabilizam-se horas e horas de jogo. São poucos os jogos que conseguem criar este tipo de situações.

Portanto, MK3 apesar de ser o melhor MK de todos, ainda assim não consegue a excelência do seu antecessor, por ser um pouco “mais do mesmo”. Mas ainda assim é um excelente jogo no inicio da era 32 Bits, e sendo um jogo multi-plataformas (na altura saiu na PSX, Mega Drive, PC, e SNES) ganha este estatuto perante um leque de jogadores abrangente.
Marca a sua presença como sendo um jogo Hard-Core, para adultos (não só pela violência como também pela sua dificuldade), e mantém-se fiel às suas origens, coisa que não deve ser criticada. Mas de facto, e por si mesmo, também começa a mostrar sinais de desgaste e falta de criatividade. Esperemos por um 4º capitulo que consiga uma golfada de ar fresco sem que perca as características que tornam Mortal Kombat um jogo tão unique

Cotações por favor:

Gráficos: 7.0 (Um 2D melhorado para a nova era mas sem ser hmmm como hei-de dizer?... “Superb..!”)

Jogabilidade: 6.5 (Não traz nada de novo, mas é viciante que farta, se não fosse a dificuldade extrema talvez tivesse mais uns pontitos)

Som: 6.5 (O tempo da SNES e Mega Drive já foi, mas é MK.. OK ainda se come. Ainda é giro ouvirmos o gajos a levarem enxertos de porrada)

Longevidade: 7.5 (Ok, não faz mal, não vejo o fim de cada personagem… mas deixem me fazer pelos menos um Fatality! Mais um! Mais um! Mais um! Ma…)



Pontuação Final: 7.0 (Apesar de não trazer nada de novo, Mortal Kombat 3 ainda é um bom jogo. Não nos podemos esquecer que ainda estamos em 1995, e nesta altura ainda não era permitido muito melhor a nível de jogos de combate. E jogos de combate 2D ainda eram bastante superiores aos 3D nas consolas. Não cai em graça mas também não cai na desgraça)


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