Deixa-me lá ver se encontro...

22.9.12

Dragon Ball GT: Final Bout


Data De Lançamento: 10/12/1997
Género: Luta
Produtora: Tose Software
Editora: Bandai









AAARRGGHHH Não!!! Mau,mau, mau, mau,mau…!!! COMO É QUE É POSSIVEL!!?? AAAHHHH!!
Enfim… Quem foi enganado pelo 1º jogo Dragon Ball em 3D percebe perfeitamente o significado desta entrada. Dragon Ball foi um dos animes mais vistos de sempre (senão o mais visto) e faz parte de várias gerações desde o seu 1º episódio. E o enorme sucesso destes desenhos animados japoneses levou a enormes campanhas de merchandising que deu (e ainda dá nos dias de hoje) lucros abismais. Portanto não seria de admirar que videojogos do anime do momento surgissem nas consolas. Dragon Ball GT: Final Bout foi um desses jogos, e chegou com uma enorme expectativa aos fãs (sendo eu um deles!), pois poderiamos jogar com os nossos personagens preferidos em 3D e também era o jogo que ia mais avançado na história naquela altura, com personagens que não existiam noutros jogos.

Em 1997 não nos podemos esquecer que a internet em portugal era algo de acesso muuuuito restrito e a informação não chegava às pessoas dessa forma. Quanto a videojogos existiam apenas dois pares de revistas e o programa templo dos jogos e foi deste último que criei o Hype em volta de Dragon Ball GT: Final Bout.

Pois bem, como a maioria dos franchises envolta de Dragon Ball, DBGT: Final Bout era uma grande M****. Literalmente sem tirar nem pôr. Posso dizer que este jogo foi dos jogos que mais desilusões me trouxe desde que me lembro.
Ok, agora que já desabafei as minhas frustrações vamos lá analisar DBGT: Final Bout.

Como é normal, a razão pela qual a expectativa de todos era boa, era por causa da apresentação gráfica. As personagens estavam bastante boas na altura com um aspecto em 3D muito bem recriado. E ao ver as 1ªs imagens deste jogo percebemos que tudo o que pode acontecer na série pode ser feito no jogo: voar, lançar energia, Camé-á-més, golpes rápidos com teletransporte etc… e para ajudar cada personagem tinha o seu estilo de ataque como na série. Existem várias personagens disponiveis no jogo. Tanto heróis como inimigos: Songoku, Songohan, Frieza, Cell, Pan, Trunks, Bubu, e por aí adiante. No total são 10 personagens iniciais mais 8 desbloquiáveis. E é precisamente aí que começa uma das partes menos boas. Todas as personagens desbloqueáveis são apenas transformações em modo Super Saiyen das personagens que já existem. Portanto nada de novo existe.

Para as desbloquear terá de ser feito um esforço titãnico para completar o modo Tournement com cada uma das personagens. E é ai que se entorna o caldo todo. A jogabilidade é horrivel. De facto é possivel voar, lançar bolas de energia e por aí adiante mas os comandos são horriveis, com um delay enorme entre o carregar no botão e a acção ser executada. Às vezes chega a ser quase de 2 segundos (quando é suposto ser instantâneo). Apesar disso a inteligência artificial é completamente disfuncional. Por vezes, os nossos adversários apanham-nos num misto de combos consecutivos que nos levam á derrota sem hipóteses de resposta. Combos esses que nós não conseguimos executar. Menos más serão as animações dos truques especiais que conseguimos fazer com cada personagem e que mais uma vez se assemelham na perfeição á série televisiva.

Um jogo que até poderia ser uma óptima ideia, até pelo modo de treino que tem no qual podemos evoluir uma personagem e torná-la mais forte através de combates, um pouco como num RPG. Teria sido uma excelente ideia num jogo como este com o Franshise do Dragon Ball, mas derrapa (e de que maneira) graças a uma fraquissima jogabilidade e falta de empenho na construcção de comandos levando este jogo ao cúmulo da miséria. Traduzo o veredicto desta forma:

Gráficos: 6.5 (personagens bem construídas apesar de ainda com um aspecto usual demais para a altura)

Jogabilidade: 2.0 (respostas retardadas aos comandos, e um jogo lento demais e sem sentido)

Som: 5.0 (mantêm as vozes originais mas apenas do anime inglês)

Longevidade: 3.0 (Modo single estupidamente difícil com ataques ridiculosamente mortais dos adversários, para conseguir apenas mais 7 personagens extra. Que são só as evoluções dos mesmos que já existem)

(Trunks - Mas...m...mmaas.. Mas como é possível?)

Nota Final: 4.0 (um jogo que nem para os fãs vale a pena. Lamento imenso quem tenha gasto o dinheiro nisto na altura em que o jogo saiu. Mais valia ser gasto em gomas para acompanhar o Dragon Ball durante a tarde)


4 comments:

  1. Xiiiii.... Que nostalgia. Ainda me lembro do tempo em que ia a casa do meu colega para jogarmos a isto :D

    Claro que na altura não percebíamos nada de jogos de luta e acabávamos por adorar o jogo na mesma, só mesmo porque podíamos nos transformar num super sayan. Na altura assumimos que a sigla ORD que significava os jogadores do CPU queria dizer ordinário XD

    A única coisa que se safa realmente neste jogo é o modo de treino e a introdução.

    Grande nostalgia trip Mike, boa review!

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  2. Ainda hoje me cai a lágrima ao pensar no que poderia ter sido este jogo... podia ter sido tão tão bom... enfim... Dragon Ball está condenado a Flops no que toca a tudo o que não seja a própria série. Já o filme que saiu também foi enfim... algo que me custa recordar loool

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    1. Não sei se já ouviste falar mas existe um jogo para a PSX chamado Destrega. Só joguei à demo mas parecia-me bem decente. Imagina uma espécie de protótipo de Dragonball Budokai Tenkaichi e ficas lá perto.

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  3. esse destrega até foi mal cotado na imprensa. mas sim também cheguei a jogar a demo e parecia-me bastante aceitável... um dia farei uma análise a esse também ;)

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