Género: Ritmo
Produtora: Nemesys
Editora: Sony
Posso-vos
dizer que eu próprio tenho uma relação próxima com este jogo… Quando
recebi a minha Playstation (oferecida pelo meu irmão mais velho) veio junto com
mais 3 jogos que os recebi separadamente . Os jogos eram o Rapid Racer, Rosco
Mcqueen, e…. (tambores..) PaRappa The Rapper!
A
parte interessante é que reagi não muito bem a este jogo no dia em que o
recebi. Gostei de Rapid Racer e delirei com Rosco McQueen mas assim que meti o
CD de PaRappa The Rapper a minha reacção foi: “Ih ó mano como é que foste
gastar dinheiro neste jogo…!! Não presta pra nada!! Que porcaria! Isto ainda é
pior que..” – Consequência disso, fiquei uma semana inteira privado da recém
oferecida Playstation…
Na
altura ainda era um petit de 10 anos que nada percebia deste mundo de 32 bits e
não lhe dei o devido valor. Felizmente o 2º castigo foi o de ficar cingido a
apenas este jogo e tive a oportunidade de reconsiderar a minha opinião… (ou
isso ou davam-me de comida aos cães). Acabei por descobrir um jogo diferente,
dos parâmetros a que estava habituado (até então apenas tinha alguns jogos de
plataformas e shooter’s da Super Nintendo) e comecei aos poucos a descobrir a
magia por detrás de PaRappa The Rapper.
Gráficos: Pois… Esta foi a razão pela qual torci o
nariz no 1º contacto que tive com PaRappa The Rapper. Não que os gráficos sejam
obrigatoriamente maus, apenas diferentes do que é comum. Imaginem um cenário em
3D com personagens da grossura de uma folha de papel…aliás imaginem uma folha
de papel recortada a movimentar-se como se tivesse o volume do desenho em si…
Exacto, no mínimo bizarro. Mas aparentemente isto não afastou os jogadores
visto que o jogo fez um enorme sucesso por onde passou. Apesar da diferença,
é
verdade que os gráficos são bastante coloridos com muita vivacidade, e após a
nossa vista ser habituar a este tipo de desenho sentimos uma pequena melhoria
no jogo. Também não nos podemos esquecer que este exclusivo da Sony foi lançado
em 1996 no seu país de origem (Japão), e sejamos sinceros, apesar da novidade
do 3D, que outro jogo inovou graficamente neste sentido?
Jogabilidade: Se não estou em erro, PaRappa The Rapper,
além da inovação gráfica também foi pioneiro num género que até data pouco se
falava. Os 24 canais áudio, juntamente com os 512K de Sound Ram que a
Playstation utilizava, mais a capacidade de espaço que um CD usufruía mais a
televisão, o sofá, e o gato e… (ok, se calhar o sofá e o gato não tinham muita
importância…) permitiam ouvir os ficheiros áudio com a mesma qualidade que os
ouvimos na nossa aparelhagem…
E agora vocês, leitores atentos, dizem: “epah mike
estás um bocado deslocado… não ias falar da jogabilidade??”. Ao que eu vos
respondo: “Pois é, mas o som é a nossa jogabilidade!”
PaRappa The Rapper inaugura na nossa secção o género
“ritmo”. Neste jogo o objectivo é acompanhar o ritmo da música de cada nível
carregando nos botões do comando indicados com o timing certo! Nada de novo nos
dias de hoje mas era completamente novo o conceito naquela altura. Mas como é
que se joga com ritmo? Simples, existe uma linha com um ícone da personagem a
percorre-la, passando por vários símbolos com os botões do nosso comando, e no
tempo certo, temos de carregar nesse mesmo botão. Essas “linhas de comando”,
chamemos-lhe assim acompanham a musica do jogo, e ao mesmo tempo, dentro dessa
linha vamos controlar e acertar com o Rap de Parappa.. se não acertarmos, o
resultado vai ser parecido ao antigo presidente americano George W. Bush, que se
trocava todo nas palavras.
Provavelmente é o que vos vai acontecer, e se pensam
que as coisas são tão fáceis como aparentam no 1º e 2º nível, enganem-se. Pois a
coisa torna-se estupidamente difícil após o 3º.
Som: Muito já foi dito acima. Mas não vos falei do mais
importante: das musicas. São 6 níveis cada um originando uma musica, que vai
complementar a história (Estão a ver os filmes da Disney?...não tem nada a
haver!). E até é exactamente nisso que o jogo ganha a sua graça. Por mais que
tentemos negar.. é impossível não gostarmos das musicas. Todas têm a sua graça
e encaixam que nem uma luva na história conseguindo agradar a miúdos e graúdos
( Estão a ver os filmes da Disney? Ainda estão?? Então desliguem lá o filme se fizerem o favor…).
Consoante a nossa performance nas musicas, a musicalidade das mesma também se
altera um pouco, agravando ligeiramente a sua sonoridade com o propósito de nos
irritar (como se já não bastasse saber que estamos a fazer mer… porcaria!) por
isso convém mantermos-nos no modo “good”!
Longevidade: Como disse anteriormente existem 6 níveis
para passarmos. E para os extraterrestres (o Messi não conta!) que conseguirem
chegar ao fim de cada nível em “Cool Mode” existe uma surpresa que não vou
desvendar. Mas pode-se dizer que PaRappa The Rapper é um jogo relativamente
curto. É considerado um Party Game apesar de ser Single Player, mas pela
diversão que proporciona, foi um daqueles jogos indispensáveis nas festas de anos
e jantares de Natal, na altura do seu lançamento. Mas a sua dificuldade também
não deixa espaço para muita diversão, além de que aqueles que ambicionarem o
“Cool Mode” vão se sentir frustradíssimos devido à falta de lógica.
Resumidamente tentamos fazer uma espécie de freestyle para obtermos mais
pontuação em cada linha de comando. Experimentem…
Pois é, mas depois da renovada experiência ainda fico
com uma ligeira sensação de “estranhesa” em relação a PaRappa The Rapper. É
verdade de que não é o meu género de eleição mas reconheço alguma qualidade no
jogo, e admiro bastante a diferença que levou PaRappa a destacar-se dos outros
jogos. Mas não me convenceu na íntegra, mas ainda assim é um jogo que recomendo
ao gamers mais curiosos para adquirirem um pouco de cultura geral neste lobby!
É justo dizer que PaRappa The Rapper é um jogo histórico.
Gráficos: 8.0 (Diferentes, mas coloridos, divertidos e
funcionais)
Jogabilidade: 7.0 (Podem utilizar todos os botões.. e
várias sequências. Mas apenas no timing certo)
Som: 8.0 ("kick,
push, that it’s all in the mind…")
Longevidade: 6.0 (Apenas os interessados vão dar alguma
continuidade, mas ainda assim um pouco curto. Vale pela rejogabilidade)
Nota Final: 7.3 ( Em suma PaRappa The Rapper foi
daqueles jogos que chegou, viu e venceu.. mas não perdurou. Mas nunca passou a
ser um mau jogo. Amantes de géneros musicais devem pegar neste jogo.)
Lembro-me de ver esse jogo constantemente no Templo dos Jogos. Visualmente o achei excelente e original. Mas tenho uma espécie de alergia a tudo o que seja rap e hiphop pelo que nunca lhe peguei...
ReplyDeleteAh se foi por aí fizeste mal. Isto é tudo na onda do gozo, e foi exactamente por aí que PaRappa ganhou muito terreno, um dia tentar dar uma oportunidade a este jogo pode ser que mudes de opinião ;)
ReplyDeleteAh, Parappa seu grande cão! Já conhecia o jogo das minhas demos antigas da Playstation mas foi só à uns meses atrás que lhe dei uma oportunidade. Não parece ter a profundidade dos jogos de música que lhe seguiram mas é sem dúvida dos mais divertidos :P
ReplyDeleteHoje em dia é óptimo para jogar na PSP :P de preferência com o som no máximo para alienar toda a gente.