Género: Acção
Produtora: Konami
Editora: Konami
Aqui está um jogo que há muito tempo ambicionava pegar! A minha 1ª consola foi a Super Nintendo, e da dúzia de jogos que eu tinha na altura Super Castlevania IV era um do meus preferidos! E ainda hoje considero ser dos mais acarinhados que eu tenho em minha posse! Mas até nem foi essa a razão que me levou a ter tanta curiosidade sobre este jogo. Foi sim o facto de ser um jogo que é referenciado variadas vezes em Tops 20 de jogos da velha PSX. Em raras ocasiões aparecia num Top 10, e de que me lembro das revistas este jogo era pouco ou nada referenciado. Porquê? Terá sido subvalorizado? O facto de ser um jogo proveniente da Nintendo terá feito Symphony of The Night cair na sobra? Será outra espécie de Koudelka? Será que o mundo acaba amanhã? Será que o Naruto tem mesmo um fim? Serão os Pinchers, Doberman’s em miniatura? Ou serão os Doberrman’s, Pinchers gigantes? Será que… (Espera Mike, olha só…)
SoTN começa onde normalmente acaba. Um Belmont (neste em
especifico, Ritcher Belmont) a derrotar o conde Drácula que renasce de 100 em
100 anos. Levando a uma nova época de bonância, mas apenas 5 anos depois alguém imprevisível regressa ao castelo para acertar as contas. Este alguém é Alucart,
filho do próprio Drácula, e parece que recebeu as contas por pagar da TV por
cabo do pai.. (Hãmm? TV Cabo?? ). Supostamente sempre que Drácula é derrotado o
seu castelo deverá desaparecer também, como é que não faço ideia (Será um Manto
da Invisibilidade? Serão as cápsulas da Bulma?? Não??… Demasiado vinho do Porto
talvez??), mas Alucart vai em busca de uma resposta.
Gráficos: O salto para a nova geração de consolas por vezes
traz problemas e dilemas relativamente ao grafismo a utilizar. Especialmente
quando estamos a falar de uma série como CastleVania, que sempre se apresentou
nos jogos com um 2D side scrolling. Para os desentendidos side scrolling designa-se como uma tela com um cenário, onde o “boneco” anda para a frente e
para trás. E nesta época a grande expectativa dos jogadores era a transformação
para o mundo 3D. Pois mas a Konami manteve a postura e não sentiu que
CastleVania estava preparado para esse passo e decidiu manter a apresentação
clássica. Mas isso não impediu na mesma de aproveitar capacidade destas
consolas, e ainda assim CastleVania volta a apresentar-se com gráfico brutais.
Apesar do clássico side scrolling 2D, bastantes elementos do jogo surgem em 3
dimensões, como algumas partes do cenário, alguns monstros, feitiços, etc… e
isto lança outra perspectiva ao jogo, e poderemos considerar um salto evolutivo
em CastleVania. Além disso fizeram muito bem não abusar nos elementos 3D,
porque tanto os desenhos como os cenários estão brutais, e bem definidos, além
que que bastantes efeitos de cor e luz foram adicionados. As animações também
não ficam de pé atrás com principal destaque para os deslizar e à sombra de
Alucart! A Konami remodelou o conceito de vampiro e transformou Alucart na
personagem com mais estilo de sempre na história de CastleVania…
Jogabilidade: Poderemos considerar que a série CastleVania é
um Hack’n’Slash, que em português se traduz em “cortar e talhar”. Não soa bem
pois não? “CastleVania é um Corta & Talha muita fixe!” Quem houve isto
desta forma, acha que abriu um novo ExtraCarnes por aí… Mas não, Hack’n’Slash baseia-se
em destruir, cortar, ou esvair em sangue tudo o que se mexer… de preferência a
uma curta distancia Para nos ajudar a esta função existem algumas armas
secundárias adicionais que podemos usar, a troco de alguns corações que
apanhamos ao longo do caminho por isso não nos devemos basear nestas armas.. O
melhor a fazer é confiar na nossa espada. Sim porque com Alucart usamos uma
espada em vez do tradicional chicote de ferro do clã Belmont.
Bem, mas isto que vos falei é o que se passa desde o 1º
CastleVania. Em Symphony of The Night, apesar da base ser Hack’n’Slash a Konami
introduziu elementos RPG no jogo (WTF????)! Logo depois de ter derrotado meia dúzia de badamecos aconteceu um level up, que me levou logo a carregar Start e
ver o menu com mais atenção. E de facto Alucart é uma personagem evolutiva, com 4 parâmetros a desenvolver à medida que vamos
subindo de nível. Além disso podemos equipar Alucart com diferentes armas,
armaduras, amuletos e afins de modo a melhorar o seu status. Isto de inicio
pode soar a estranho mas é terrivelmente eficaz, e ganha pela diferença A
quantidade de itens que podemos apanhar também surpreende, visto que além do
equipamento também existem status heals, e várias poções e armas de arremesso
(não são as sub-weapons) que vamos apanhando pelo caminho.
Também foi introduzido um novo conceito em CastleVania denominado de Relics. Estas Relics que vamos apanhando ao longo do jogo
vão-nos desbloquear várias opções que podemos (ou não) utilizar ao longo do
jogo. Umas mais úteis do que outras mas algumas efectivamente importantes como
as transformações. Graças a estas Relics, Alucart vai conseguir transformar-se
em 3 formas distintas: Morcego, Nevoeiro, e Lobo. Isto permite Alucart chegar a
determinados pontos que de outra forma não conseguiria além de que existem mais
Relics que irão fazer “upgrades” a essas mesmas transformações. Mas em
consequência disso, quanto mais útil for a Relics usada mais MP será gasto. MP
é a quantidade de magia que podemos usar, e é facilmente recuperável, pois tem
um tempo de recuperação (como se fosse o nosso próprio fôlego). Ainda nas
Relics existem também Summons que são personagens que nos acompanham e nos
ajudam atacando adversários, ou curando nos e usando as nossas poções para nos
restaurar energia. Por vezes também indicam alguns secrets ao longo do jogo
quando passamos por eles.
O MP de Alucart não serve apenas para as transformações.
Alucart consegue executar feitiços, com uma combinação de movimentos. Esta
combinações são reveladas na biblioteca do castelo. Reveladas não, compradas!
Há medida que avançamos no jogo vamos apanhando sacos de moedas que vão servir
para comprar itens a esse individuo. Alguns bastante úteis Mas se já souberem
a combinação exacta podem usar logo os feitiços desde inicio e não precisam de
comprar os pergaminhos que revelam as combinações. Falando em combinações
Alucart consegue executar alguns truques com determinadas armas, e algumas
Relics desbloqueiam movimentos que Alucart não conseguia fazer de início. Lamentavelmente algumas dessas combinações não vêm descritas no jogo por isso
aconselho a dar uma vista de olhos na net.
Som: Hhmmm aparentemente encontrei aqui a mancha negra de
SoTN… Não, a banda sonora é excelente e a musica ambiente também é
espectacular, mas o voice acting deste jogo… ui! É uma nódoa! Deixem-me
explicar por tópicos: A banda sonora mantém a qualidade dos títulos anteriores
sendo até na minha opinião dos melhores CastleVania até à data, sendo a única
excepção o Super CastleVania IV da SNES. Algumas faixas são mesmo
espectaculares como a Marble Gallery, ou a The Tragic Prince e até mesmo
Dracula’s Castle. Não, não existe mesmo nada a apontar neste sentido.. quanto
ao departamento musical a Konami certificou-se bem que CastleVania: Symphony of
The Night estava bem entre. Os mesmo não se pode dizer do voice acting, e até
mesmo dos efeitos de som. A captura acústica está horrível e muito fanhosa.
Parece que todas as personagens apanharam uma estirpe qualquer da gripe (a
gripe M.. de Morcegos?? HHAAHAHAHAHAAHAAH… não teve piada??? Não percebo esta
gente…).
Além da qualidade do som, os textos e o voice acting estão
para esquecer… Eu sei que isto se passa em 1700 e troca o passo, e que as
pessoas tinham uma forma esquisita de falar, mas um jogo com esta categoria
ficar manchado desta maneira é uma pena.
Longevidade: Algo que sempre achei em relação a este tipo de
jogos é que sempre foram bastante curtos. Apesar da chance de voltar a jogar
ser sempre grande devido à jogabilidade prática e viciante desconheço um
Hack’n’Slash (ou até mesmo um Shoot’em’Up, que são géneros relativamente
semelhantes) que tenha tanta profundidade como CastleVania: Symphony of The
Night. Talvez o Super Metroid, e daí este CastleVania também ser designado como
MetroidVania pelo modo de como os mapas e o jogo está organizado (não
inventaram mais sub-categorias?? Não?? Gandas cromos!). Isto tudo para dizer
que o jogo é grande pr’a carago! O castelo do Drácula é gigantesco demorando à
vontade uns 20 – 30 minutos de uma ponta à outra tanto que tiveram que criar
portais de transporte para viajar de uma área para outra. De outra maneira
seria extremamente exaustivo chegar ao final do jogo, e o factor diversão ficava
arruinado. Para nos auxiliar podemos comprar um mapa do castelo ao bibliotecário (ele tem ar de tarado sexual, mas até vende uns itens porreiros), que será
essencial para nos situarmos, e percebermos onde é que temos de ir. A variedade de cenários e de inimigos entre as áreas também é grande e por vezes até será
necessário mudanças estratégicas de equipamento para ter acesso a algumas
zonas. O bosses e sub-bosses também são às dezenas e cada vez que derrotarem um
serão recompensados com um aumento de vida. Achei SoTN um jogo bastante
equilibrado relativamente à sua dificuldade, é desafiante sem ser demasiado
exigente nem frustrante, visto que só temos acesso a uma vida senão… Caput!
Retornamos ao save point. Mas isso torna-nos jogadores bastante mais cuidadosos.
Boa noticia é que existem save points à fartazana. E se o castelo do Drácula,
ainda assim for pequeno, desbloqueiem 2 dos 4 finais existentes e ficam com
acesso ao Castelo invertido (!!). Ah pois é… safem-se!
Posso dizer que SoTN foi um jogo como não jogava à muito! Foi das experiência mais agradáveis que tive nos últimos tempos (Arranja uma gaja e vais ver pah!!). É daquelas surpresas de que não estamos propriamente à espera. Não que CastleVania não seja um bom jogo. Mas foi um jogo muito diferente na altura em que saiu, fugiu àquilo a que a série nos tinha habituado, e essa aposta da Konami valorizou imenso a série! Arranjar uma cópia original deste jogo nos dias de hoje é muito difícil e caro! Portanto se tiverem um significa sem problemas uns 50 euros..
Gráficos: 8.5 (Aquela sombra de Alucart mata tudo! Dos
melhores gráficos 2D que vi na Playstation até hoje)
Jogabilidade: 9.5 (Perfeita, como é que nunca ninguém tinha
pensado fazer algo semelhante)
Som: 8.0 ( Sim, o voice-acting é pobre, mas também está
assim tão presente, e a Soundtrack é fabulosa)
Longevidade: 9.0 ( Enorme, e cada vez que voltar a pegar a
experiência será diferente)
Nota Final: 9.0 ( Volto a dizer, este jogo foi das melhores
experiências de gaming que tive desde há muito tempo. Entraria sem dúvida no
actual Top 10 do Game-Chest! Recomendo vivamente jogarem isto, é um must play)
É dos Castlevania que mais quero jogar!
ReplyDeleteA arte está excelente, e já tendo jogado muitos outros "Metroidvanias" para GBA e DS, tem sido uma fórmula que me agradou bastante. Tenho a versão que veio com o remake do Dracula X para a PSP, preferia jogar a versão PS1 mas para essa tinha de vender um rim.
Por 70 e tal euros, com sorte, já arranjas uma cópia física. Um rim custa mais. :) Sempre podes optar pela versão digital que fica a 9.90 e é a mesma de PlayStation. Eu joguei todas menos a de Saturn, que tem uma parte extra do castelo, coisa que não existe sequer na versão que vem com o Dracula X. Ainda hoje continua a ser um jogo brutal mesmo já o tendo completado diversas vezes.
Delete1º bebias champagne com ouro e depois sim vendias o rim para conseguires dinheiro para o original PS1! Olha o meu hype neste jogo foi saciado assim que o acabei.. É mesmo muito bom! o melhor dentro do género que eu tenha jogado, mas sinceramente não é um género que me possa gabar de ser um profundo conhecedor. O próximo que quero pegar dentro do género é o Super Metroid
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