Deixa-me lá ver se encontro...

13.1.13

CastleVania: Symphony of The Night

Data De Lançamento: 02/11/1997
Género: Acção
Produtora: Konami
Editora: Konami









Aqui está um jogo que há muito tempo ambicionava pegar! A minha 1ª consola foi a Super Nintendo, e da dúzia de jogos que eu tinha na altura Super Castlevania IV era um do meus preferidos! E ainda hoje considero ser dos mais acarinhados que eu tenho em minha posse! Mas até nem foi essa a razão que me levou a ter tanta curiosidade sobre este jogo. Foi sim o facto de ser um jogo que é referenciado variadas vezes em Tops 20 de jogos da velha PSX. Em raras ocasiões aparecia num Top 10, e de que me lembro das revistas este jogo era pouco ou nada referenciado. Porquê? Terá sido subvalorizado? O facto de ser um jogo proveniente da Nintendo terá feito Symphony of The Night cair na sobra? Será outra espécie de Koudelka? Será que o mundo acaba amanhã? Será que o Naruto tem mesmo um fim? Serão os Pinchers, Doberman’s em miniatura? Ou serão os Doberrman’sPinchers gigantes? Será que… (Espera Mike, olha só…)


SoTN começa onde normalmente acaba. Um Belmont (neste em especifico, Ritcher Belmont) a derrotar o conde Drácula que renasce de 100 em 100 anos. Levando a uma nova época de bonância, mas apenas 5 anos depois alguém imprevisível regressa ao castelo para acertar as contas. Este alguém é Alucart, filho do próprio Drácula, e parece que recebeu as contas por pagar da TV por cabo do pai.. (Hãmm? TV Cabo?? ). Supostamente sempre que Drácula é derrotado o seu castelo deverá desaparecer também, como é que não faço ideia (Será um Manto da Invisibilidade? Serão as cápsulas da Bulma?? Não??… Demasiado vinho do Porto talvez??), mas Alucart vai em busca de uma resposta.

Gráficos: O salto para a nova geração de consolas por vezes traz problemas e dilemas relativamente ao grafismo a utilizar. Especialmente quando estamos a falar de uma série como CastleVania, que sempre se apresentou nos jogos com um 2D side scrolling. Para os desentendidos side scrolling designa-se como uma tela com um cenário, onde o “boneco” anda para a frente e para trás. E nesta época a grande expectativa dos jogadores era a transformação para o mundo 3D. Pois mas a Konami manteve a postura e não sentiu que CastleVania estava preparado para esse passo e decidiu manter a apresentação clássica. Mas isso não impediu na mesma de aproveitar capacidade destas consolas, e ainda assim CastleVania volta a apresentar-se com gráfico brutais. Apesar do clássico side scrolling 2D, bastantes elementos do jogo surgem em 3 dimensões, como algumas partes do cenário, alguns monstros, feitiços, etc… e isto lança outra perspectiva ao jogo, e poderemos considerar um salto evolutivo em CastleVania. Além disso fizeram muito bem não abusar nos elementos 3D, porque tanto os desenhos como os cenários estão brutais, e bem definidos, além que que bastantes efeitos de cor e luz foram adicionados. As animações também não ficam de pé atrás com principal destaque para os deslizar e à sombra de Alucart! A Konami remodelou o conceito de vampiro e transformou Alucart na personagem com mais estilo de sempre na história de CastleVania

Jogabilidade: Poderemos considerar que a série CastleVania é um Hack’n’Slash, que em português se traduz em “cortar e talhar”. Não soa bem pois não? “CastleVania é um Corta & Talha muita fixe!” Quem houve isto desta forma, acha que abriu um novo ExtraCarnes por aí… Mas não, Hack’n’Slash baseia-se em destruir, cortar, ou esvair em sangue tudo o que se mexer… de preferência a uma curta distancia  Para nos ajudar a esta função existem algumas armas secundárias adicionais que podemos usar, a troco de alguns corações que apanhamos ao longo do caminho por isso não nos devemos basear nestas armas.. O melhor a fazer é confiar na nossa espada. Sim porque com Alucart usamos uma espada em vez do tradicional chicote de ferro do clã Belmont.
Bem, mas isto que vos falei é o que se passa desde o 1º CastleVania. Em Symphony of The Night, apesar da base ser Hack’n’Slash a Konami introduziu elementos RPG no jogo (WTF????)! Logo depois de ter derrotado meia dúzia de badamecos aconteceu um level up, que me levou logo a carregar Start e ver o menu com mais atenção. E de facto Alucart é uma personagem evolutiva, com 4 parâmetros a desenvolver à medida que vamos subindo de nível. Além disso podemos equipar Alucart com diferentes armas, armaduras, amuletos e afins de modo a melhorar o seu status. Isto de inicio pode soar a estranho mas é terrivelmente eficaz, e ganha pela diferença  A quantidade de itens que podemos apanhar também surpreende, visto que além do equipamento também existem status heals, e várias poções e armas de arremesso (não são as sub-weapons) que vamos apanhando pelo caminho.
Também foi introduzido um novo conceito em CastleVania denominado de Relics. Estas Relics que vamos apanhando ao longo do jogo vão-nos desbloquear várias opções que podemos (ou não) utilizar ao longo do jogo. Umas mais úteis do que outras mas algumas efectivamente importantes como as transformações. Graças a estas Relics, Alucart vai conseguir transformar-se em 3 formas distintas: Morcego, Nevoeiro, e Lobo. Isto permite Alucart chegar a determinados pontos que de outra forma não conseguiria além de que existem mais Relics que irão fazer “upgrades” a essas mesmas transformações. Mas em consequência disso, quanto mais útil for a Relics usada mais MP será gasto. MP é a quantidade de magia que podemos usar, e é facilmente recuperável, pois tem um tempo de recuperação (como se fosse o nosso próprio fôlego). Ainda nas Relics existem também Summons que são personagens que nos acompanham e nos ajudam atacando adversários, ou curando nos e usando as nossas poções para nos restaurar energia. Por vezes também indicam alguns secrets ao longo do jogo quando passamos por eles.
O MP de Alucart não serve apenas para as transformações. Alucart consegue executar feitiços, com uma combinação de movimentos. Esta combinações são reveladas na biblioteca do castelo. Reveladas não, compradas! Há medida que avançamos no jogo vamos apanhando sacos de moedas que vão servir para comprar itens a esse individuo. Alguns bastante úteis  Mas se já souberem a combinação exacta podem usar logo os feitiços desde inicio e não precisam de comprar os pergaminhos que revelam as combinações. Falando em combinações Alucart consegue executar alguns truques com determinadas armas, e algumas Relics desbloqueiam movimentos que Alucart não conseguia fazer de início. Lamentavelmente algumas dessas combinações não vêm descritas no jogo por isso aconselho a dar uma vista de olhos na net.

Som: Hhmmm aparentemente encontrei aqui a mancha negra de SoTN… Não, a banda sonora é excelente e a musica ambiente também é espectacular, mas o voice acting deste jogo… ui! É uma nódoa! Deixem-me explicar por tópicos: A banda sonora mantém a qualidade dos títulos anteriores sendo até na minha opinião dos melhores CastleVania até à data, sendo a única excepção o Super CastleVania IV da SNES. Algumas faixas são mesmo espectaculares como a Marble Gallery, ou a The Tragic Prince e até mesmo Dracula’s Castle. Não, não existe mesmo nada a apontar neste sentido.. quanto ao departamento musical a Konami certificou-se bem que CastleVania: Symphony of The Night estava bem entre. Os mesmo não se pode dizer do voice acting, e até mesmo dos efeitos de som. A captura acústica está horrível  e muito fanhosa. Parece que todas as personagens apanharam uma estirpe qualquer da gripe (a gripe M.. de Morcegos?? HHAAHAHAHAHAAHAAH… não teve piada??? Não percebo esta gente…).
Além da qualidade do som, os textos e o voice acting estão para esquecer… Eu sei que isto se passa em 1700 e troca o passo, e que as pessoas tinham uma forma esquisita de falar, mas um jogo com esta categoria ficar manchado desta maneira é uma pena.

Longevidade: Algo que sempre achei em relação a este tipo de jogos é que sempre foram bastante curtos. Apesar da chance de voltar a jogar ser sempre grande devido à jogabilidade prática e viciante desconheço um Hack’n’Slash (ou até mesmo um Shoot’em’Up, que são géneros relativamente semelhantes) que tenha tanta profundidade como CastleVania: Symphony of The Night. Talvez o Super Metroid, e daí este CastleVania também ser designado como MetroidVania pelo modo de como os mapas e o jogo está organizado (não inventaram mais sub-categorias?? Não?? Gandas cromos!). Isto tudo para dizer que o jogo é grande pr’a carago! O castelo do Drácula é gigantesco demorando à vontade uns 20 – 30 minutos de uma ponta à outra tanto que tiveram que criar portais de transporte para viajar de uma área para outra. De outra maneira seria extremamente exaustivo chegar ao final do jogo, e o factor diversão ficava arruinado. Para nos auxiliar podemos comprar um mapa do castelo ao bibliotecário (ele tem ar de tarado sexual, mas até vende uns itens porreiros), que será essencial para nos situarmos, e percebermos onde é que temos de ir. A variedade de cenários e de inimigos entre as áreas também é grande e por vezes até será necessário mudanças estratégicas de equipamento para ter acesso a algumas zonas. O bosses e sub-bosses também são às dezenas e cada vez que derrotarem um serão recompensados com um aumento de vida. Achei SoTN um jogo bastante equilibrado relativamente à sua dificuldade, é desafiante sem ser demasiado exigente nem frustrante, visto que só temos acesso a uma vida senão… Caput! Retornamos ao save point. Mas isso torna-nos jogadores bastante mais cuidadosos. Boa noticia é que existem save points à fartazana. E se o castelo do Drácula, ainda assim for pequeno, desbloqueiem 2 dos 4 finais existentes e ficam com acesso ao Castelo invertido (!!). Ah pois é… safem-se!


Posso dizer que SoTN foi um jogo como não jogava à muito! Foi das experiência mais agradáveis que tive nos últimos tempos (Arranja uma gaja e vais ver pah!!). É daquelas surpresas de que não estamos propriamente à espera. Não que CastleVania não seja um bom jogo. Mas foi um jogo muito diferente na altura em que saiu, fugiu àquilo a que a série nos tinha habituado, e essa aposta da Konami valorizou imenso a série! Arranjar uma cópia original deste jogo nos dias de hoje é muito difícil e caro! Portanto se tiverem um significa sem problemas uns 50 euros..

Gráficos: 8.5 (Aquela sombra de Alucart mata tudo! Dos melhores gráficos 2D que vi na Playstation até hoje)

Jogabilidade: 9.5 (Perfeita, como é que nunca ninguém tinha pensado fazer algo semelhante)

Som: 8.0 ( Sim, o voice-acting é pobre, mas também está assim tão presente, e a Soundtrack é fabulosa)

Longevidade: 9.0 ( Enorme, e cada vez que voltar a pegar a experiência será diferente)


Nota Final: 9.0 ( Volto a dizer, este jogo foi das melhores experiências de gaming que tive desde há muito tempo. Entraria sem dúvida no actual Top 10 do Game-Chest! Recomendo vivamente jogarem isto, é um must play)


3 comments:

  1. É dos Castlevania que mais quero jogar!
    A arte está excelente, e já tendo jogado muitos outros "Metroidvanias" para GBA e DS, tem sido uma fórmula que me agradou bastante. Tenho a versão que veio com o remake do Dracula X para a PSP, preferia jogar a versão PS1 mas para essa tinha de vender um rim.

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    1. Por 70 e tal euros, com sorte, já arranjas uma cópia física. Um rim custa mais. :) Sempre podes optar pela versão digital que fica a 9.90 e é a mesma de PlayStation. Eu joguei todas menos a de Saturn, que tem uma parte extra do castelo, coisa que não existe sequer na versão que vem com o Dracula X. Ainda hoje continua a ser um jogo brutal mesmo já o tendo completado diversas vezes.

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  2. 1º bebias champagne com ouro e depois sim vendias o rim para conseguires dinheiro para o original PS1! Olha o meu hype neste jogo foi saciado assim que o acabei.. É mesmo muito bom! o melhor dentro do género que eu tenha jogado, mas sinceramente não é um género que me possa gabar de ser um profundo conhecedor. O próximo que quero pegar dentro do género é o Super Metroid

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