Data de Lançamento: 10-11-1999
Género: FPS
Produtora: Dreamworks Interactive
Editora: Electronic Arts
As delícias de matar com um só tiro. Alinha o capacete
ordinário na tua mira, aperta gentilmente o gatilho e há um nazi a menos.
Decorrendo no final da Segunda Guerra Mundial, Medal Of Honor leva o jogador a
um passeio através da Europa, como agente do Office Of Strategic Services. Podem
pensar que é um comum shoot’em’up na primeira pessoa, mas este título vai muito
mais além.
Com um trajecto ao longo de sete missões, cada uma
relacionada com o esforço de guerra na Alemanha, Medal Of Honor dá uma
perspectiva fascinante daquilo que poderia ter sido esperado de um agente
especial. Sabotar fábricas de bombas alemãs, explodir locais de guerra química
e infiltrar-se em laboratórios de tecnologia estava na linha do dever. Tal como
a probabilidade de encontrar a morte em cada esquina.
Uma missão em particular dá-vos a tarefa de fazer um rombo
enorme num submarino que os alemães estão a desenvolver numa doca secreta.
Estoirem os comandos da quilha, mandem-no dar um mergulho e depois fujam do
submarino condenado. Fantástico. Num jogo inferior, isso constituía uma missão
por si só. Mas o que torna Medal Of Honor amplamente superior a qualquer outro
jogo do género é isto: a missão começa verdadeiramente com o jogador embarcado
clandestinamente num navio mercante, na área da doca do submarino secreto.
Disfarçado-nos para poder ser confundido com diferentes membros da tripulação,
o jogador anda por ali causando o máximo de danos ao barco, antes de seguir
caminho para o lado da doca. Pule através dos telhados dos armazéns, rasteje
através dos canos, expluda camiões de modo a que os marinheiros não consigam
fugir e localize a entrada das instalações de produção. Combatam na direcção do
submarino, construindo barricadas, apanhe os projectos, dêem ordens e opiniões
técnicas, destruam as portas da baía e obtenha acesso ao super submarino. Só
então entra a parte final da missão. Se isso não é totalmente absorvente, então
o que será?
Há um vasto arsenal de armas para recolher. Limem as vossas
aptidões com o mais modesto Colt 45, passem para a espingarda com a ira
telescópica e granadas de mão, depois mudem para uma bazuca protótipo. Utilizem
um comando Dual Shock e o efeito será excelente. Embora de início os tiros não
exijam uma pontaria precisa, depressa descobriram que a Inteligência Artificial
do inimigo, nos níveis mais adiantados exigem uma pontaria exacta.
Gradualmente, os nazis tornam-se mais rápidos nos seus movimentos e mais
velozes nos seus reflexos até ao ponto em que podem realmente apanhar uma das
vossas granadas e atirá-la de volta para vocês.
Graficamente, Medal Of Honor quase não tem falhas. Não é
dilacerante, tem ocasionalmente um brilho menor, mas nada que o desvie do modo
como conduz o jogo. Também é bem sucedido na criação de um sentido de suspance
e de tensão palpáveis, através do uso evocativo da música. Talvez não seja
música genuína da Segunda Guerra Mundial, mas ainda assim adequadamente
cinemática. Agachar-se em redor dos cantos dos esgotos despoleta melodias
sinistras, antecipando os guardas nazis que poderão encontrar a seguir.
Também há um modo para múltiplos jogadores que lhe oferece a
oportunidade de perseguir o seu companheiro através de meia dúzia de níveis
baseado em locais que visitou no jogo. Preparem as armas, vistam o vosso uniforme e
ataquem em redor, atirando granadas para a escuridão. Soberbo! A única critica
que pode ser apontada é que é um pouco curto, provavelmente tem a mesma duração
que Metal Gear Solid, sem as nuances que fazem o clássico de Kojima tão
excepcional. Contudo, durante o tempo que o joga, nunca deixa de ser uma
experiência que mexe com os nervos e que gera perfeitamente aquele sentimento:
“ Só mais uma vez…”. Na verdade, o dia mais longo da guerra
Gráficos: 8.5 (Texturas incrivelmente suaves e altamente
atmosférico)
Jogabilidade: 9.0 (Absolutamente viciante, quase impossível de evitar)
Longevidade: 7.0 (Modos para múltiplos jogadores e códigos
secretos)
Nota Final: 8.0 (A perspectiva histórica com passagens reais
dos arquivos da 2ª Guerra Mundial, missões baseadas em objectivos e a acção
tensa tornam-no num, mais do que justo, essencial FPS da velha Playstation)
Este é sem dúvidas um FPS bastante influente, que infelizmente ainda não tive a oportunidade de jogar. Mas já ando de olho numa compilação com este jogo e o MoH Underground baratinha há algum tempo, mais tarde ou mais cedo hei-de finalmente jogá-lo.
ReplyDeleteEu só joguei o Underground e o Frontline. Mas fartei me de viciar no Underground, principalmente o multiplayer com o o meu irmão. Naquela altura eram jogos muito fortes. Hoje estou desactualizado a esta ultima geração mas pelo pouco que acompanho foi um género que esteve na bera devido ao modo online, e ao avanço que teve em relação a estes Medal Of Honor.
ReplyDeleteEste jogo penso ter trazido uma profundidade diferente de outros FPS na sua altura. Além de ter sim um jogo originalmente lançado para playstation e não mais uma adaptação de FPS vindo do PC. Só por isso já ganha um valor de destaque ;)
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