Deixa-me lá ver se encontro...

31.3.13

Psychic Force


Data de Lançamento: 10/03/96 (US) - 07/97 (EU)
Género: Luta
Editora: Acclaim
Produtora: Taito
Versões: PS1








Critica Curta: Não há maneira de fazer crítica curta a este jogo… é demasiado único

Critica Comprida: Quando comecei a jogar isto, não fazia muito bem ideia do que esperar. Psychic Force foi sempre uma daquelas “séries” que me passou um bocado ao lado, não por desinteresse mas por desconhecimento e falta de informação. Verdade seja dita, os jogos Psychic Force são um bocado obscuros, nunca fazendo parte de qualquer lista de jogos… quererá isso dizer que o 1º é uma má entrega da Taito?

Argh! Onde é que se mete a moeda na Playstation?!
História/Conceito: No futuro existe um certo grupo de indivíduos chamados Psychics (Psychiccers na versão japonesa) - pessoas com habilidades psíquicas (duh). Estas habilidades podem ir desde o controlo individual de fogo, gelo, vento até luz e gravidade. Obviamente quem não é abençoado por estes poderes (99% da sociedade) não aprova a existência dos Psychics, acusando-os de ser um perigo para a humanidade. Tudo isso muda quando uma organização denominada NOA começa a angariar Psychics. NOA tem como intento criar uma utopia para os Psychics, um mundo em que eles são o elo mais forte e tratados como tal, eliminando qualquer um que se meta no seu caminho (e oferecem-lhes benefícios fiscais muito bons). A partir daqui é criada uma divisão de ideologias. Por um lado há aqueles que vêm NOA como a evolução lógica da humanidade e aprontam-se a servi-la. Por outro, também existem aqueles que vêem as suas acções como extremistas e violentas – o grupo Anti-NOA é criado… o que claro… acaba por criar conflito… O herói desta estória é Burn Griffiths, um Psychic de fogo, membro Anti-NOA, que está determinado a que o seu melhor amigo volte à pessoa que era antes… só que acontece que o melhor amigo é o Líder da NOA, Keith Evans, o Psychic de gelo. TÃN TÃN TÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃNNNNNNN!


Um conceito girito até, nada de super revolucionário mas que funciona para o tipo de jogo que é. Cria conflitos compreensíveis e o facto do mundo ser simples - gajos com poder que querem dominar o mundo versus os bons da fita que estão contra eles – faz com que um aspecto que costuma ser bastante desleixado neste tipo de jogos até seja interessante.

Gameplay/Longevidade: - Jogo de luta… ora, isto deve ser tipo duas barras de vida e energia, timer, dois gajos aos sopapos certo?

- … Maaaaais ou meeeeeeenos… esqueceste-te da parte em que eles voam dentro de um cubo de vidro gigante a atirar hadoukens coloridos...
- Ah, ok… pêra aí, o quê?!


Sim, neste jogo os nossos personagens voam à lá Dragon Ball, eu passo a explicar. Como disse, o sistema é semelhante a um jogo de luta 2D, com a diferença que os lutadores voam dentro de um espaço delimitado por um cubo transparente que serve como a arena de combate. Dentro deste cubo podem mover-se para qualquer direcção dentro do eixo XY (embora o jogo seja em polígonos 3D o gameplay é todo em 2D, por isso não têm direito a eixo Z… para o bem e para o mal). Isto de voar dá logo um feel diferente ao jogo. Os botões são simples, temos um para ataque fraco, ataque forte, defesa e charge (com opção de costumizar botões) e um dash que pode ter botão próprio ou pressionando ataque forte e fraco ao mesmo tempo. O jogador pode optar por ser mais ofensivo e atacar mais de perto ou estar a distâncias mais seguros e atirar raios de longe, raios estes que aparecem de várias maneiras e feitios dependendo da personagem que se controla. Outra coisa original que este jogo tem é a maneira de se fazerem golpes especiais. No Street Fighter, por exemplo, um hadouken é feito com uma meia lua direccionada para o adversário… mas visto que neste jogo não há frente (porque o adversário pode estar em qualquer ângulo XY) a meia lua pode ser feita em qualquer direcção que o golpe vai ser o mesmo, portanto, deste que “uma” meia lua + botão seja premido, o golpe é executado (usem os botões do teclado como referência) tanto faz ser 2-3-6-botão como 6-9-8-botão como 3-6-9 como 4-1-2 como 8-7-4 e os inversos também servem. Um golpe de trás frente pode ser 4-6, 2-8, 1-9 etc. Desde que o movimento esteja lá, o golpe aparece. Isto é uma mecânica original que nunca vi reproduzida e que funciona bem visto que cada pessoa têm o seu modo preferencial de executar moves. As lutas são rápidas havendo sempre algo colorido e frenético a passar-se no ecrã mas nunca rápido demais para que o jogador não esteja sempre em controlo da situação (excepto quando está a levar tareia claro). Outra coisa de se notar é a “burrice” ocasional do AI que, por vezes, vos está a dar alta tareia sem misericórdia… outras fica a um canto a repetir movimentos que vos permite ficar a metralhar constantemente bolas de fogo até ele morrer (isto em qualquer dificuldade).

Existem 8 personagens ao principio, todos controlam-se de maneira semelhante mas com poderes diferentes o que dá variedade suficiente para se querer experimentar todos sem que se tenha de aprender 8 estilos diferentes. Eu disse 8 mas na verdade há 9 personagens – Keith, a nona personagem, a única coisa a desbloquear no jogo. Isto que é feito através de acabarem o story mode com as 8 personagens no modo VERYHARD (não tenham medo que não é muito difícil…). O problema é que só isso faz-se em 2 horas de jogo (mais coisa menos coisa) Sendo ele o único unlockable… sabe a muito pouco…

Já me ia esquecendo dos modos, xissa… como modos existem os Arcade, Story, Versus, Training e Options… o mínimo dos mínimos do aceitável… o que é muito pouco também.

Gráficos e Som: Vou ser franco, o jogo podia ter melhor aspecto, aliás, estou completamente certo que este jogo teria muito melhor apresentação se utilizasse sprites em 2D (estilo Dragon Ball Z Legends) As lutas no ar não usam qualquer 3D (talvez fora da pose de vitória) nem movimentos nem golpes (que são 2D), apenas os personagens se encontram bastante poligonais (o jogo é de 95) e mais ainda têm estilo anime, ou seja, isto vão ser os penteados pontiagudos mais poligonais que vão ver na vida… (HAHA - penteados pontiagudos poligonais). O que vale é que isso não denegrida a acção, o jogo é fluido com animações minimalistas mas rápidas e tudo funciona como deve. Do lado sonoro preparem-se para abanarem a cabeça com beats que embora tenham qualidade de CD fazem lembrar musicas 16-bit (o que para mim é óptimo). Músicas com beat que vão ficar na vossa cabeça (e vocês vão gostar). A introdução anime também é muito bem feita (eu quando ligo o jogo fico sempre a ver mas isso talvez seja só eu). Cada personagem tem a sua música e todas são efectivas no acto do combate. Os efeitos sonoros não são nada de memorável (talves por causa da música awesome) mas não tenho queixas… E o voice acting extremamente mau vai vos fazer rir taaaaaaaanto XD… Mas não se preocupem que não afecta o gameplay, as vozes só estão lá por estar e podem passar à frente das cenas se quiserem.


NEEDZ MOAR YURI!!! XD


>>Pontuação<<

História/Conceito: 8.0 – Funcional, interessante e até há uma OVA anime de uma hora a explicar a backstory (eu sei que isso não devia contar mas prontos, sempre é melhor que o costume)

Gameplay: 7.5 – Divertido e original, se bem que ainda com umas arestas por alisar

Longevidade: 3.5 – É pouca fora do Versus e apanhar o Keith… mas se gostarem do jogo vai ser daqueles que vão sempre voltar de vez em quando para jogar um bocadinho

Gráficos: 6.5 – DEVIA SER EM 2D!!!!

Som: 9.0 – A OST já tá toda no MP3! E voice acting mau é cómico!





























Nota Final: 7.0

(Um jogo original que por ser original não é tudo o que podia ser… mas pode vir a ser visto que teve uma sequela… porque será que não teve mais?)

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