Critica Curta: Não presta, passem à frente…
Critica Comprida: Vocês nunca tiveram um amigo que até… epá, nem é mau tipo e
tal… mas que não tem originalidade nenhuma, é um secante do caraças e tá sempre
a imitar os outros? Ya, é tipo este jogo… só que neste caso o amigo... "não bate bem".
Analogias à parte,
Kensei the Sacred Fist é a tentativa da Konami de vingar no género de Luta 3D.
Para isso têm a simples e singela ideia de pegar nas partes boas de outros
jogos famosos deste género e adaptá-las para o seu… como já deu para entender,
não funciona…
História/Conceito: Não existe, PRÓXIMO! …
hã? ... de certeza?... epá corte no salário não vinha a calhar… sim chefe…
pronto está bem eu faço… sim... sim... o seu cão tá muito bonito nessa foto está… sim... tá bem…
Tão a ver o Tekken?
Mesma coisa… só que aqui nem há “menção” de que haja um torneio, são apenas
tipos à toa de vários países (vários países leia-se América, Japão e China) com
variantes estilos de combate (leia-se Karate, Kempo e Wrestling) que estão à
porrada porque… sim … AH! E há Ninjas! … E é isso… Tá bom assim chefe? … Ok …
ok … ufa!
Onde é que eu já vi isto? |
Gameplay e Longevidade: Isto basicamente é
Tekken a tentar ser Dead or Alive… só que sem mamas e duas vezes mais lento.
Aliás, nem sei se repararam: “Tekken – King of Iron Fist” - “Kensei – Sacred Fist” – Cá pa mim alguém tá
é a bater punh… ahem… De qualquer maneira, eu elaboro. O sistema de controlo é
composto pelos básicos soco e pontapé a que todos estão habituados alterando os
outros dois botões principais para defesa e agarro… basicamente Tekken mas com
menos botões. A mecânica de combate baseia-se em “tentar” adivinhar o que o
adversário vai fazer a seguir e responder adequadamente, muito semelhante ao
jogo pedra, papel, tesoura – o agarro ganha à defesa, a defesa ganha aos golpes
e os golpes ganham ao agarro. Isto assim até nem parece uma cópia mal feita do
Tekken… parece… ORIGINAL! HÁ! Queriam… isto no papel parece muito giro mas em
acção é completamente diferente. Os personagens, mesmo tendo animações fluidas,
o input é muito retardado, muitas vezes deparam-se a metralhar o comando e o
personagem a não responder (ou o mais comum no meu caso, a rebolar à toa no
chão). Os combates resumem-se a “atacas tu, agora ataco eu, agora atacas tu… e
agora ataco eu” sendo que metade dos golpes não acertam por causa daquele
sistema de pedra, papel, tesoura de que falei. É provavelmente o único jogo que
me lembro que quando és mau nele, enerva porque estás a perder… e quando és bom
enerva porque já não há desafio nenhum
O ??? parece muita mau! Quero jogar com ele! |
Kensei começa por
dar-nos 9 personagens à disposição com 13 espaços em branco, o que dá logo a
ideia que há muita personagens para desbloquear. Para desbloquear cada uma
basta ir terminando o Normal Mode (leia-se Arcade, mas quando o jogo não sai
nas Arcades tem que se chamar Normal Mode) com cada uma das 9 personagens
principais e depois mais umas quantas com algumas das secretas. Isto até seria
interessante e aumentaria bastante a longevidade, não fossem estas as
personagens mais olvidáveis de sempre e o facto das personagens secretas serem
meros “pallete swaps” dos 9 originais. (Isso e terminar o Normal mode nem uma
cutscene final nos dá, é créditos e “andôre”, muito personalizado de facto!)
Ora, temos Yugo (a cópia do Jin) que acho que se dá mal com o irmão Akira (que luta igual a ele), Douglas (Steven Seagal), Allen (Howrang punk) que é órfão,
David Human (???) Wrestler profissional, porque sim Yuli Hong(Chun-li) a
chinesa que quer ser a maior mestre do punho bêbado (Háh! Cá pa mim alguém tá é
a bater pu… pera aí, eu não fiz já esta piada?) … Entre outros. Cada um deles
tem estilos de luta diferentes mas o move pool da cada um é bastante reservado
limitando-se a 2 ou 3 “movimentos” especiais por personagem, os quais farão
quase ao calhas porque os movimentos estão bastante dependentes do
posicionamento do adversário e visto que os golpes são tão lentos e o movimento
muito parado, o mais natural é falharem os timings do que estavam a pensar
fazer metade das vezes. Para além do Normal mode há os clássicos training mode,
survival mode, vs mode, time attack mode e option mode (com bastantes
costumizações incluindo dificuldade) e mais um incomum - watch mode – caso
queiram ver o cpu a jogar… que divertido. Também há um modo de corrida extra
para brincar se apanharem os personagens todos mas nem esse compensa o resto. Ao
menos tem vários modos e variantes, nesse aspecto nem é mau.
Não sei se é o que parece... |
Gráficos e Som: Finalmente posso dar descanso ao
martelo que já tou farto de bater no ceguinho… em termos de aspecto este jogo
equipara-se a… tentem lá adivinhar… eu sei que vocês sabem… hã, eu ouvi?…
exactamente, Tekken 3! E quem diria, isso não é uma coisa má de se copiar.
Mesmo sem ter o mesmo “flair” do Tekken 3, os gráficos poligonais estão
afinados com muito pouco “clipping” e sem demasiados movimentos bruscos, como
já referi, o aspecto do jogo é fluido. Os backgrounds dão a ideia de uma tela pintada
num fundo rotativo mas nesta altura isso não era muito incomum e não chateia
tanto quanto faz parecer, havendo até uma selecção simpática de lugares
diversos onde combater. O som também não está mau, a música não é nada de
memorável mas acompanha bem os combates sem ser nem demasiado apressada (visto
que o combate é lento) nem sendo demasiado mole. Os efeitos sonoros também
fazem o seu trabalho (fazem lembrar os do Dead or Alive) por isso não incomodam
a meu ver. Esta parte está dentro dos conformes.
>>Pontuação<<
História/Conceito: 4.0 – Seria pior… mas como ouvi dizer que plágio é a melhor
forma de elogio…
Gameplay: 3.0 – Gostam de pedra papel tesoura e querem fingir estar a
jogar um Fighter 3D? Não? Bem me parecia.
Longevidade: 4.0 – Tem conteúdo… que não
apetece completar
Gráficos: 7.0 – Fazem o serviço que devem embora não sejam nada de
especial
Som: 7.5 –
Provavelmente a melhor parte deste jogo porque se adequa bem a um tipo de jogo
que, infelizmente, não se adequa a nada…
Nota Final: 4.5
(Este jogo não é mesmo
apontado para fãs de jogos de luta… aliás não sei para que tipo de fãs é…
talvez jogadores extremistas de Janken?)
Papel ganha à pedra... DOH! |
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