Data de Lançamento: 15/12/2000
Género: Acção
Produtora: Capcom
Editora: Virgin
Assim que me foi atribuída a análise a este jogo, a reacção
foi de pulos de alegria e lágrimas nos olhos, de tal forma que quando essas
sensações perderam o seu ritmo, o Mike olhava para mim com uma cara assim deste
género:
O motivo que gerou toda esta emoção deve-se ao facto de
Strider ser um dos jogos da minha infância, e de nem sequer me lembrar que
havia esta sequela, que nunca tive a oportunidade de pegar. Ah nem imaginam a
ansiedade de realizar esta fantasia de matança de espadas…
Passados 10 anos do jogo original, Strider lança um segundo
capitulo. Este jogo que fez sucesso na Mega Drive e no Commodore 64, além das
máquinas de arcada, era bastante divertido. O jogador interpretava um agente
secreto que manejava uma espada enquanto cortava caminho até às bases inimigas,
acumulando milhares de corpos, e comia bosses ao pequeno almoço, jantar e
lanche. Enfim, dias tranquilos. E estão outra vez de volta, pois em conjunto
com o CD original vem também outro CD com o primeiro Strider (sou capaz de dar
um xôxo a quem tenha este jogo original). A sequela pode ter demorado muito
tempo a aparecer, mas evoca na perfeição o espírito do original.
Strider 1 |
Como Strider, a nossa função é bastante parecida com a que tínhamos no primeiro jogo (matar tudo o que se mexa, conquistar bosses e chegar ao nível seguinte). É bastante disparatado, mas isto só o torna mais refrescante, e possui aquela sensação clássica de deslocação lateral. Os gráficos são uma mistura curiosa de antigo e novo, pois o cenário que se desloca é poligonal e agradavelmente tridimensional, mas as personagens são todas sprites (ou seja, desenhos em duas dimensões. No entanto, funciona surpreendentemente bem, pois os caminhos que escolherem conduzem para dentro e para fora do ecrã. Esta brincadeira com o efeito da profundidade pode produzir algumas alterações de perspectiva impressionantes e as personagens sprite têm uma agradável animação.
Quanto aos bosses, alguns deles são coisas gigantescas que
ocupam todo o ecrã e cospem plasma mortal de cada orifício. É, sem dúvida
alguma, engraçado (as pancadas no comando e power-ups divertem por algum tempo).
Mas a falha mais séria de Strider 2 é ser simplesmente demasiado reduzido para
um titulo que no seu lançamento custaria ainda uns 55 euros. Na verdade, é
bastante complicado em tudo menos nos níveis mais fáceis mas se realmente
optarmos pela opção mais fácil em menos de uma hora já chegámos ao fim da linha.
Também não há muitos incentivos que vos façam voltar a jogar mais (podem jogar
novamente com outra personagem, mas o jogo propriamente dito não é diferente),
e por muito bom que Strider tenha sido no seu apogeu, para os padrões da época
estava ultrapassado e era simplista.
Gráficos: 7.0 (Uma agradável mistura de 2D e 3D)
Jogabilidade: 7.0 (A boa ultra-violência da velha escola)
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