Deixa-me lá ver se encontro...

4.5.13

Super Mario Land


Data de Lançamento: 29/09/1990
Género: Plataformas
Produtora: Nintendo
Editora: Nintendo









"Olha, o Mike passou-se! Este jogo não é para a Playstation! Que é que te deu? Mais um jogo para o Game Boy? Andas numa de Mario é?? Já não és Sony Boy agora? Viraste-te para a Nintendo é?? Traidor!! Nintendo Geek!!!!!!!"


Muito bem, bem-vindos aos anos 90’, época em que me estreei como jogador. Era bem novinho, ainda nem sequer sabia ler, mas já viciava que nem gente grande em Super Mario World da Super Nintendo. Sim, este foi o meu primeiro, e ainda hoje é um dos meus preferidos! E essa foi uma das razões pela qual decidi fazer esta análise!

(Mas isto nem se quer é o Super Mario World! Nem sequer é da Super Nintendo!!)

Por outro lado o GameBoy foi uma consola que sempre que me passava pela vista deixava me uma lágrima bem triste nos olhos! Por muitas tentativas que fizesse (muitas com o clássico olhar de cachorrinho abandonado a dizer: “Eu sou muito pobrezinho mas gostava tanto de ter um GameBoy”) ninguém me comprava a portátil da Nintendo, tanto que só uns bons anos mais tarde é que adquiri nos meus anos a versão Pocket para jogar o jogo sensação da altura – o Pokemon!

Voltando agora ao jogo em questão (Voltando!? Não sei se reparaste Mike mas ainda nem sequer mencionaste o nome do jogo! Nintendo Geek!!!!!), como seria de esperar no ano do seu lançamento o Game Boy trouxe os títulos exclusivos da Nintendo sendo um deles o famoso Super Mario Land! Ao longo de 12 níveis distribuídos por 4 mundos diferentes temos pela frente a missão de resgatar a princesa Daisy do maléfico alienígena Tatanga (Então e o Bowser?? Mike: Estava em Punta Cana por esta altura). Que clássico dizem vocês. Mas nunca foi pelo enredo que Super Mario ficou conhecido. A razão pela qual este é uma das séries de jogos mais conhecidas e bem sucedidas do mundo deve-se à sua jogabilidade acessível simplista e viciante que conquistou o coração de milhões de meninos e meninas em todo o mundo. Super Mario Land capta precisamente isso, repetindo a dose original da versão da Nintendo, e isso deixou os fãs de Super Mario à beira da loucura, sendo este um dos jogos responsáveis pelo sucesso inicial da consola portátil. Os cogumelos, as estrelas, moedas, e a rosa das bolas de fogo estão bem presentes durante todos os níveis  bem como os caminhos secretos e os tubos que dão acesso a grutas recheadas de bónus. Existem ainda algumas novidades em Super Mario Land
No final de cada nível em vez de encontrar mos o poste com a bandeira (que por mais vezes que tentemos nunca conseguimos atingir o topo) existem duas portas de acesso ao próximo nível. Uma fácil e outra que toda a gente quer, por termos direito a um bónus! E como seria de esperar aceder a esta porta VIP traduz-se num desafio maior, que nem sempre será fácil de concretizar. Outra novidade são os níveis de veículos que abrem uma nova perspectiva de jogo ao Super Mario Land. Existem dois níveis em que num controlamos um submarino e noutro um avião, e aqui passamos de um jogo de plataformas a uma espécie de shoot’em’up em que disparamos tiros a torto e direito, matando os inimigos e destruindo blocos de tijolo até chegarmos ao Boss. Isto apanhou-me um pouco de surpresa, e no fundo acaba por ser uma adição positiva ao jogo diversificando mais o conteúdo lúdico do jogo.

Um dos factores que fizeram muitos torcer o nariz ao Game Boy foi a ausência de cor no ecrã.. Apesar do ajuste de luminosidade da consola, era difícil tirar partido da componente gráfica do jogo. Mas de um problema se cria uma oportunidade e isto também permitia mais espaço de criação no cartucho, não ocupando bytes com texturas coloridas. E por mais ridículo que possa parecer nos dias de hoje Super Mario Land tinha uns gráficos muito bons com figuras bastante perceptíveis (apesar da imperfeição de alguns elementos). A proximidade com os gráficos do Super Mario original era próxima e isso ajudou muito à aceitação do jogo e da credibilidade da própria consola. Game Boy assumia-se como uma consola de 8 bits à semelhança da sua congénere Nintendo. A grande diferença é a de que o Game Boy não dispunha de um periférico que conseguisse tirar proveito de toda essa tecnologia (mais concretamente uma simples televisão) e tinha de se submeter a um ecrã bicolor.

Além da imagem o som também era um problema devido às limitações da consola, mas isto acontecia com um propósito muito importante – As pilhas! A Nintendo achou (e muito bem!) que seria preferível perder qualidade em determinadas características da consola do que ter uma consola melhor e levar o jogador à falência a comprar pilhas. Mas isso não serve de justificação para Super Mario Land ter tido uma banda sonora fraca. Falta-lhe a originalidade da série, e as músicas parecem saídas de um daqueles pianos electrónicos que se vende nos chineses. Sim, é verdade que tem faixas sonoras muito boas como a do ultimo boss, mas rapidamente passa do oito ao oitenta (Usaram o Can Can como tema para quando apanhamos a estrela.. What the...???). Não, defenitivamente no geral a música desilude, principalmente os fãs.

Mas temos de ter em consideração que estávamos em 1990 (provavelmente alguns de vocês nem eram nascidos), e na altura isto foi um grande lançamento. Um jogo que vem numa nova consola acaba sempre por captar mais a atenção do público, ainda para mais um jogo como o Super Mario. E no fundo o que importava mais era ligação criada entre o jogo e o jogador, e nesse campo não me posso queixar de Super Mario Land. O jogo apesar de não ser difícil  tem a duração certa e vários pontos save state. Isto foi nitidamente criado para atrair um publico mais jovem de forma a não frustrar de inicio os petizes, e a Nintendo teve a sua recompensa nas 18 milhões de unidades vendidas.

As cores originais do Game Boy

Gráficos: 7.5 (Bem desenhados, e perceptíveis. Apenas alguns traços de imperfeição)

Jogabilidade: 8.5 (Altamente viciante… é Super Mario)

Som: 6.0 (As boas faixas não deixam este parâmetro ir pelo… cano abaixo. AAHHHHAHAHAHA)

Longevidade: 8.0 (Ideal para não cansar, e voltar a jogar um mês depois)


Nota Final: 7.5 (Super Mario Land vale pela sua simplicidade, e pelo entretenimento que tráz ao jogador. Há que ter consideração também que foi um jogo da primeira portátil da Nintendo que tinha uma missão de divertir o jogador, bastante diferente das portáteis de hoje em dia.)


1 comment:

  1. Ótima matéria! Super Mario Land é clássico demais! Eu particularmente prefiro as duas continuações dele que é o Super Mario Land 2: 6 Golden Coins e Wario Land: Super Mario Land 3 >>> Amo esses dois jogos!

    ReplyDelete