Deixa-me lá ver se encontro...

13.9.13

The Legend Of Zelda

Data de Lançamento: 15/11/1987
Género: Acção/RPG
Produtora: Nintendo
Editora: Nintendo










Costuma-se dizer que depois da tempestade vem a ambulância (A BONANÇA ó estúpido! – Não é mesmo a ambulância, porque normalmente há sempre feridos), e neste caso o condutor tinha o nome de Miyamoto, o criador de Mario Brothers. Pode-se dizer que este senhor foi o responsável pela recuperação do ramo dos videojogos, que estava em declínio a meio dos anos ’80. Já não bastava o trabalho que fez com Donkey Kong e com o Mario Brothers (jogos que deram-lhe o titulo de Lenda dentro do ramo) como ainda foi mais além ao lançar The Legend Of Zelda. Este jogo foi nada mais, nada menos como o primeiro jogo a atingir um milhão de unidades vendidas numa consola caseira!

Mas afinal de que se trata este jogo? The Legend Of Zelda é um RPG de acção, em que o personagem principal, Link – Um pequeno elfo de uma terra chamada Hyrule – explora o mundo em busca da lenda da princesa Zelda que se encontra aprisionada pelo maléfico Ganon que transformou o mundo num terror. Para conseguirmos restituir tudo ao normal precisamos de reunir 8 peças de um artefacto chamado Triforce e entrar nas catacumbas onde Zelda está presa. Pessoal isto são os anos ’80 não esperem um argumento de ponta. Mas de facto também não seria preciso muito mais do que isto para tornar TLOZ cativante. A magia de Zelda encontra-se precisamente na exploração de Hyrule. Miyamoto conseguiu criar uma nova terra numa consola caseira de 8bits.. Uma terra com bastante diversidade (a suficiente para anular qualquer tipo de monotonia, com vários tipos de ambientes de zonas montanhosas, desertos, bosques, lagos, florestas, e várias grutas com inimigos fortes que nos poderão destruir com um ou dois golpes!).

Tal como qualquer RPG a evolução da personagem é a principal característica. Mas em Zelda ao contrário do comum RPG a evolução não se mede por níveis mas sim pelos equipamentos e vitalidade que vamos adquirindo no progresso. Estes vão-nos tornando cada vez mais fortes e mais resistentes permitindo a Link avançar na sua quest. É-nos possível equipar duas armas a Link. A espada (a arma principal, que vamos substituindo por outra mais forte à medida que encontramos outras espadas) e a armas secundárias como bombas (que servem para descobrir passagens secretas) candles (que mandam fogo e abrem passagens pelos arbustos) boomerangs, setas, etc… Além disto podemos encontrar escudos e anéis que nos aumentam a defesa. Uma jogabilidade simples que se tornou num modelo para os anos seguintes e que Miyamoto estimou bastante bem.


Esta forma de jogar aliada à exploração e ao mundo aberto foi a mistura explosiva para tornar The Legend Of Zelda num marco histórico. Mas Zelda estava longe de ser um jogo fácil de se jogar. Quem já jogou sabe o que falo, e de certeza morreram muitas vezes e tem investidas muitas horas da sua vida neste jogo. E se havia coisa chata nos anos '80 era que morrer num jogo era uma situação terrível. Não havia memory cards, nem password nem save states nem nenhuma máquina do tempo que no deixasse voltar atrás… e mais uma vez Miyamoto coloca-se à frente de todos os outro produtores ao criar os saves points. Estes saves surgem automaticamente em determinados locais como nas dungeons para que sempre que morrermos voltarmos ao local da entrada. E voltamos com o mesmo dinheiro que tínhamos até então, portanto sempre que morrermos basta voltar a tentar. Isto por si só é apenas uma vantagem não frustrando o jogador e incentivando a levar o jogo até ao fim.

Este foi um jogo que há muito que ambicionava jogar, e agora arrependo-me de não o ter jogado mais cedo. É-me difícil analisar jogos como este por serem tão antigos e tão fora da minha época. Mas de facto houve vários pormenores a saltarem me à vista como o re-spawn nos cenários. Ao derrotar todos os inimigos podemos andar livremente pela zona sem sermos incomodados numa distancia de três cenários de raio. Isto dá-nos algum folgo, e desanuvia por um bocado, além de que se por engano sairmos e voltarmos a entrar só temos de derrotar os inimigos que lá ficaram.. isto evita muitas mortes frustrantes. Também foi difícil de jogar este jogo sem um guia, e apesar de tentar ao seguir as dicas do jogo, determinadas partes eram "impossíveis" de ultrapassar sem ajuda externa. Não sei se na época houve um aproveitamento com a venda de guias ou de revistas com ajudas (e se o objectivo foi esse, a Nintendo foi ainda mais genial!) mas em algumas dungeons senti que era impossível descobrir determinados acessos com o rebentamento de paredes. Ou descobrir alguma lojas secretas com itens importantes para o avanço no jogo.  

Seja como for, percebi agora a razão pela qual Zelda deixou uma importante na industria dos videojogos. Os gráficos (que estavam muito bons dentro dos parâmetros 8bits de ’87) e a música aventureira, juntamente com todo o universo de Zelda foram sem dúvida determinantes para o sucesso da série. Foi também um jogo de outros tempos e de uma geração completamente diferente da actual. Zelda era um jogo que se jogava com lápis e papel, desenhando manualmente os mapas de forma a não deixar nenhuma entrada ou zona por explorar. Um verdadeiro marco dos videojogos, e sem dúvida um dos mais importantes!



Gráficos: 8.5 (Excelente aproveitamento da capacidade 8bits da NES)

Jogabilidade: 9.0 (Simplista, viciante, e inteligente!)

Som: 8.5 (Entretem-nos durante horas!)

Longevidade: 9.0 (The Legend of Zelda é um jogo enorme. Contem entre 30 e 50 horas de jogo dependendo da forma como jogarem)

Nota Final: 8.8 ( A evolução de Link faz-se sentir do inicio ao fim, tocando no coração de quem joga este jogo. Tanto que o actor Robin Williams deu o nome de Zelda à sua  filha. Link é um reflexo do crescimento da inocência à maturidade incutido em todos nós e The Legend Of Zelda foi um dos primeiros jogos a tocar nesse elo emocional característico no ser humano. Uma obra de Arte!)




5 comments:

  1. Obra-prima simplesmente. A seguir experimenta ou o Zelda II ou o Link to the Past

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  2. Se gostaste deste, então quando chegares ao Link to the Past...
    E se gostares dos 3D, ui, upa upa!

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  3. A ideia é essa, chegar a esses =P... mas o Link To The Past e o Ocarina Of Time são os meus maiores hypes da série neste momento ;)

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  4. Atenção aos erros, nomeadamente "bonança" em vez de "bonância", e a série Zelda é acção aventura, não é action rpg (apesar de ter elementos de rpg)

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  5. Obrigado pela dica, às vezes os erros passam ao lado. Quanto ao género, também fiquei nessa dúvida, mas após uma pesquisa rápida percebi que existem debates relativamente a se Zelda é um Action Adventure, ou Action RPG. Por normalmente as pessoas associarem o jogo a RPG coloquei-o na "prateleira" dos RPG's. Coisa que não fiz com o Zelda II, pois achei-o muito mais virado para a acção do que o anterior.

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