Data de Lançamento: 17/03/2000
Género: Acção/Aventura
Produtora: Kronos Digital Entertainment
Editora: Eidos
Ahah! Mais um daqueles jogos que fizeram água na boca dos jovens adolescentes naquela altura. Porquê?? Se vissem a personagem principal de trajes menores…uuui! Já ganhou pontos este jogo! Ai Hana, Hana onde andas tu?
Fear Effect foi lançado em meados de 2000, numa altura em
que era praticamente certo o lançamento da PS2 num futuro próximo. É nestas
altura em que por norma surgem os melhores lançamentos das consolas e tal facto
verificou-se na velhinha PSX, que na minha opinião deu as melhores cartadas
nesta época (Resident Evil 3, Grand Turismo 2, Pro Evolution Soccer, Syphon
Filter 2, é preciso dizer mais? É que se arranja mais um par de títulos…). Também penso que seja justo
dizer que Fear Effect fez parte desse leque de bons jogos, e que lançou uma
expectativa enorme dentro dos jogadores por causa (…da Hana??) do visual
espectacular (..da Hana em roupa interior??) que possuía (ah… pensava que era
a Hana). Mas um jogo não é feito apenas de aparências, mas falando em
aparências…
Gráficos: Confesso
que fiquei maravilhado com a beleza gráfica de Fear Effect. De início não
simpatizei muito com estilo mangá incutido no desenho das personagens mas isso
depressa passou, e até tornei-me fã dessa mistura com os cenários
pré-renderizados. O facto das cutscenes terem a mesma qualidade que o jogo propriamente dito faz-nos entrar mais ainda em toda a mística hollywoodesca,
fazendo-nos encarnar nas personagens em que jogamos. A determinado ponto
sabemos exactamente onde e o que teremos de fazer para prosseguir. O que mais
me espantou foi pelo facto de estes gráficos terem sido concebidos pela Kronos,
empresa que até àquela data não se tinha destacado por nenhum jogo em
particular. Mas que fizeram um excelente trabalho lá isso fizeram. Mas também
note-se que são 4 CD’s de jogo (What the…), e a única crítica que faço é em
relação aos slow downs constantes ao longo do jogo. Não que tenha estragado a
experiência de jogo mas claro que seria mais bonito se não existissem.
Jogabilidade: Houve alguém extremamente inteligente que
ainda há pouco tempo escreveu “..um jogo não é feito de aparências..” (olha fui
que escrevi isso!..Uau sou mesmo inteligente..) e é neste ponto que Fear Effect
não é perfeito. Ok, dizer “não é perfeito” talvez até seja simpático de mais,
“deixa a desejar” será mais adequado. Para começar - Os controlos. Fear Effect
é um jogo na terceira pessoa um pouco ao estilo de Resident Evil: devemos
racionar munições, puzzles complexos, andar para trás e para a frente, apanha
um item aqui e usa ali, etc… Mas tem uma coisa que Resident Evil não tem: Picos
de acção intensa. Há altura onde surgem inimigos de todas as direcção, ou então
inimigos que se deslocam a uma grande velocidade, e para essas ocasiões de
pouco servem os botões direccionais que atrapalham mais do que fazem efeitos.
As personagens são muito lentas a virar (a rotação 180º de pouco serve na
maioria das situações) e a mira automática cobre um ângulo muito pequeno. Isto
vai dar origem a muitas mortes frustrantes ( coragem amigos, mas continuem que
vale a pena ver a Hana com vestido de cabaré…) e nestas situações resta
sempre aquele sentimento de “a culpa não é minha”… e o pior no meio disso é que
essa é a verdade.
Mas não é apenas uma questão de controlos. A Kronos não pensou mesmo no carácter prático que estes jogos exigem para atingir o patamar da excelência. O menu está muito pobre, basicamente carregamos “quadrado” ou “círculo” até chegarmos ao item desejado, tudo em tempo real. Agora imaginem esta situação: Entram num cenário onde sem esperarem estão 5 tipos para matar em vez de um ou dois. “Porra a pistola não chega, preciso da metralhadora – pensam vocês. Enquanto mudam para a metralhadora e a seleccionam já foram baleados, violados, e a criança estará quase a nascer. Violento não é? Sempre podem mudar de cenário outra vez e alterarem a armar ou andar eternamente às cambalhotas a desviarem-se das balas enquanto mudam de arma, mas isso mata um bocado a experiência do jogo.
Mas não é apenas uma questão de controlos. A Kronos não pensou mesmo no carácter prático que estes jogos exigem para atingir o patamar da excelência. O menu está muito pobre, basicamente carregamos “quadrado” ou “círculo” até chegarmos ao item desejado, tudo em tempo real. Agora imaginem esta situação: Entram num cenário onde sem esperarem estão 5 tipos para matar em vez de um ou dois. “Porra a pistola não chega, preciso da metralhadora – pensam vocês. Enquanto mudam para a metralhadora e a seleccionam já foram baleados, violados, e a criança estará quase a nascer. Violento não é? Sempre podem mudar de cenário outra vez e alterarem a armar ou andar eternamente às cambalhotas a desviarem-se das balas enquanto mudam de arma, mas isso mata um bocado a experiência do jogo.
Nem tudo pode ser mau é claro, senão também não teria considerado
este jogo um dos últimos grandes lançamentos para a playstation. A
possibilidade de podermos matar com com um só golpe é possível envergando por
um modo mais stealth. Ao vermos um inimigo de costas podemos sorrateiramente
aproximarmos-nos por trás carregando no botão R2, e quando a mira estiver
vermelha carregamos em disparar para uma morte despercebida. Despercebida
claro, se não usarmos uma arma de fogo senão obviamente dão por nós. Outro
ponto interessante que tive o prazer de reparar foi na forma de resolução dos
puzzles. Os puzzles são difíceis e ao mesmo tempo gratificantes, isto porque se
tivermos atenção as pistas são-nos fornecidas no cenário. Basta jogarmos com
atenção (alguma piada sobre a Hana???...hhhfffmm 'tava a ver…).
Som: As vozes, os efeitos sonoros, a atmosfera, está tudo
espectacular. Um verdadeiro filme jogável. A ajudar o visual fantástico a
Kronos fez um trabalho impecável na sonoridade de Fear Effect. Todo este
ambiente de filme tornou Fear Effect um jogo muito à frente no seu tempo. Metal
Gear Solid também o fez no passado mas a sua força teve no argumento. Fear
Effect é um caso diferente, ganha pelo brilho do som e imagem. Toda a sua
apresentação são dignas de um Óscar tanto nas expressões das personagens como
no voice acting. Como é que foi possível estes tipos andarem a fazer jogos como
Criticom ou Cardinal Syn?? Achei espectacular a forma como criaram atmosfera do
jogo seleccionando com precisão cirúrgica os efeitos sonoros e ambientes de
fundo como o barulho da cidade no primeiro CD, ou os sons das ruas movimentadas
de Hong Kong no terceiro CD. Só jogando é que se percebe o efeito que isto
causa no jogo. E a Eidos percebeu muito bem do que está equipa era capaz quando
financiou este projecto.
Longevidade: Pessoal são 4 CD’s.. 4!! Por isso esperem a
vontade uma 3 horitas de jogo.. (3?? Não te enganaste a escrever Mike? Não era 30 que querias dizer por acaso?). Pois é,
muita parra para pouca uva. E se forem bons a jogar isto, retirando mortes
parvas e cutscenes podemos reduzir Fear Effect para uma hora de jogo. Isto não
é obrigatoriamente mau, mas é chato mudarmos tantas vezes de CD em tão pouco
tempo. Mas é da forma que também nos incentiva a jogar o jogo para conseguir o
derradeiro final em Hard Mode. A razão pela qual é tanto CD para um jogo tão
curto é devido à qualidade gráfica e sonora do jogo (ahh afinal tudo tem uma contra
partida), e à quantidade de cutscene que o jogo tem. Mas se formos a ver são
essas mesma que dão ao jogo um toque mais artístico, e valem bem a pena.
Fear Effect é um jogo simples de jogar e de uma linguagem acessível a todos (..os que perceberem inglês MUUAAHHAHAHAHAHHHAA!! Pronto é só
para não fazer mais piadas com a Hana…) além de que é marcado pelos vários
pequenos momentos que tem. As vezes a trama deixa-nos numa posição em que a
seguir à cutscene somos obrigados a agir rapidamente sem estarmos à espera
senão morremos. Como em particular, em que uma das personagens (Deke) após uma
cutscene em que o comboio está a cair de uma ponte, tem que correr pela
carruagem para saltar. Somos nós quem controlamos a personagem, e temos de
correr. Entre outro momentos defrontamos um Boss dentro de um comboio, e se nos
descuidarmos podemos acertar num barril de combustível (que cliché!) que nos
levará aos dois para o inferno. Por isso teremos de ter bastante cuidado ao longo
do jogo. Pessoalmente acho que esses momentos em particular dão uma dinâmica
bastante agradável e criam uma aproximação incomum entre o jogador e o jogo.
Bem, apresentado os meus argumentos, digo que este é um
daqueles jogos que considero um “must” e uma surpresa bem vinda. Ainda para
mais nesta fase da consola onde não se espera nada de novo que venha marcar de
alguma forma a consola visto a mesma ter o fim à vista com o surgimento da nova
“irmã” de 128 bits. Não se estranhem com os contornos da historia, com muita
mitologia oriental à mistura (dado curioso visto a Kronos ser americana), e
apreciem (o belo par de …olhos da Hana..) este magnifico ( traseiro da Hana…)
jogo da PSX!
Gráficos: 9.5 (Espectaculares, inteligentes, e arrojados)
Jogabilidade: 6.5 (Os controlos e o menu deficiente estragam
a agrável experiência do jogo.. é uma pena)
Som: 9.5 (Desculpa Snake mas acho que foste igualado..)
Longevidade: 7.0 (Apesar de bastante rejogável, ainda assim
é insuficientemente curto..)
Nota Final: 8.0 ( Fear Effect é um excelente jogo apesar dos
defeitos e não atingir o patamar da excelência por defeitos básicos que
poderiam ser facilmente corrigidos. Uma pena, mas ainda assim é bastante digno
desta nota.)
Por acaso esses 2 Fear Effects são jogos que já ando atrás deles há algum tempo. :)
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