Deixa-me lá ver se encontro...

11.7.11

Pitfall 3D: Beyond The Jungle

Data De Lançamento: 10/04/1998
Género: Plataformas
Produtora: Soundelux
Editora: Activision Inc.









Lembram-se do Pitfall? Dessa relíquia dos jogos de consolas, que fez mundos e fundos dessa bela maquina, a Atari 2600? Ah… que belos tempos, lembram-se? Seus aldrabões! Nem eram vivos na altura! O D. Afonso Henriques é que era um viciadão…

Mas não se preocupem, esta versão é muito mais á frente, e vão fazer muito mais do que descer escadas e saltar por cima de crocodilos com um ar fofinho.
Corre o ano de 1998, e a grande Activision decide, então, lançar uma versão de um dos seus jogos mais clássicos de sempre. A produtora SoundeLux ficou a cargo para desenvolver o jogo e o resultado não poderia ter sido melhor.

Pitfall adaptou-se bastante bem ao formato 3D, mantendo na mesma o conceito aventureiro ao estilo de Indiana Jones. Há que frisar que por vezes é difícil de transportar um jogo tipicamente 2D para 3D pois altera completamente a forma de jogar e é comum o jogo perder a sua piada…
Isso felizmente não acontece em Pitfall 3D, mas…

Gráficos: Bem executados, mas não propriamente bonitos. Nota-se que Pitfall 3D não se virou para um público jovem, como na maioria dos jogos de plataformas. O jogo tem uma aparência suja e um bocado “darkside”, em vez do típico tutti color, o que dá a Pitfall um aspecto muito mais maduro. Outra nota positiva que tiro, são as animações do personagem principal, Harry (Potter? Não...). Os movimentos dele estão cheios de vitalidade, transparecendo a juventude de um aventureiro no meio da selva. Ainda assim, o desenho gráfico está um pouco fraco, com monstros feios e mal desenhados, cenários e ambientes muito quadrados. Fica a dúvida se o objectivo é mesmo dar um aspecto estranho e bizarro a Beyond The Jungle, ou, se o desing de certos intervenientes foi mal concebido. Digo isto porque existem mais momentos bizarros ao longo do jogo, como “planar” em cima de água… sim, parece que a personagem principal é o aventureiro Jesus Cristo… não, não é nada, mas de facto fica a questão... no ar.

Jogabilidade: Flexível. Duríssima. Enervante! Ok, começando pelo pior, neste caso. Houve uma situação que me assombrou ao longo de todo o jogo… as obstruções. - “O quê!? Explica-te lá Mike” - Dizem vocês completamente estupefactos, desejando insanamente esclarecer o que quero dizer com obstruções. Bem, ao longo do jogo, sempre que ia contra uma rocha, ou uma parede, um monte de seja-lá-o-que-fosse, Harry (Potter? - Não, chiça!)lançava um grunhido extremamente irritante e impossibilitava-me de retomar o comando durante 1 segundo, além de atrofiar a direcção fazendo com que desse 3 ou 4 encontrões de seguida. Estão a perceber a ideia? Muito mas muito chato…

Mas fora isso, Pitfall 3D: Beyond The Jungle está cheio de energia e cheio de força apesar de não acrescentar nada de novo ao género. Mas é bastante difícil e vai fazer-vos suar. Os obstáculos são um pouco complicados de ultrapassar obedecendo a “timings” precisos, senão “puff…não se fez o Chocapic”. Os controlos basicamente são saltar, agachar e atacar com a picareta. Os ataques com Power-Ups expandem um pouco a experiência de jogo mas não dão outra dimensão á jogabilidade.

Som: Óptimo! Bastantes piadas pequenas são ditas ao longo do jogo pela personagem principal, o que de certa forma cria uma proximidade com o jogo. Em 1998 isto não era muito comum de acontecer nos jogos, e penso que tenha sido uma excelente aposta, trazendo algo de inexistente. Acaba por substituir a banda sonora um pouco vazia, e talvez repetitiva demais. Esta baseia-se em sons que fazem lembrar um pouco a sensação de claustrofobia, com sons de minas e grutas, ou então lava e vulcões. Conseguiram transparecer bem a ideia que condiz na perfeição com os cenários apresentados… mas não resulta muito bem.

Longevidade: Pitfall leva-nos por 14 níveis cheios de adrenalina e estilo. Mas as missões são muito semelhantes e torna-se repetitivo até ao final. Não que estrague muito. O jogo nesse aspecto é salvo pelos desafios que são feitos ao longo dos níveis. Vão sempre aparecendo coisas novas para explorarmos e vai ficando cada vez mais difícil (muitas vidas se vão perder, diga-se de passagem). Os bosses também são complicados, mas sempre que ultrapassar um obstáculo em Pitfall 3D irá sentir uma satisfação vitoriosa. Explorar os níveis ao máximo não é obrigatório. A recompensa serão vidas extra e Power-Ups, mas isso também poderá tornar o jogo um pouco mais fácil. Isso pode ser óptimo se preferir evitar confrontos com os inimigos e desfrutar mais das plataformas.

No final Pitfall 3D: Beyond The Jungle, acaba por ser uma boa aposta da Activision. O jogo é razoavelmente bom e ganha pontos no que é mais importante. Mas não é de perto nem de longe um jogo de eleição. É divertido sim, vale a pena ser jogado mas não é espectacular nem inovador de alguma forma. A história (que ainda não vos contei de que se trata) é para “encher chouriço”. Basicamente Harry (NÃO É POTTER!) descobre um portal no meio da selva que nos leva a um mundo alternativo. Nesse mundo encontramos uma realidade onde um povo está sob a opressão de um mau-da-fita (a Scourge), e a líder dos rebeldes pede-nos para nos livrar-mos dela… e pronto temos argumento para o jogo todo. Mas verdade seja dita, não existiam muitos jogos (e principalmente dentro deste género) com um enredo interessante. Posto isto, vamos então ao julgamento final:

Gráficos: 7.5 (Excelentes animações VS monstros poligonais… ganha o ambiente Darkside)

Jogabilidade: 7.0 (Desafiadora, e artística que perde pontos por bugs graves)

Som: 7.5 (As vozes dão bastante vida a Harry, que salva da monotonia da banda sonora)

Longevidade: 8.0 (A medida certa para um jogo deste tipo, nem curto nem longo, e óptimo para ser rejogado mais tarde)


Nota Final: 7.5 (Pitfall 3D: Beyond The Jungle acaba por ser uma aposta ganha. O jogo é bastante divertido, e consegue abranger uma faixa etária muito mais velha apesar de ser um jogo de plataformas, ganha pontos por isso e por ainda conseguir ser Pitfall, só que em 3D


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