Deixa-me lá ver se encontro...

16.8.11

Rollcage

Data de Lançamento: 15/03/99
Género: Corrida
Editora: Psygnosis
Produtora: Atention to Detail
Versões: PS1, PC








Critica Curta: Já viram o Men in Black? Claro que já! Lembram-se daquela parte em que os agentes têm de passar uma fila de trânsito dentro de um túnel e o Agente K tem a feliz ideia de “passar por cima” pelo tecto? Pois é, isto é um jogo baseado nisso.
Já estão fartos de carros realistas? Mudanças não é convosco? Acham que são bons em alta velocidade, mas a série Wipeout não vos apela? Alguma vez quiseram mesmo “passar por cima” quando tinham pressa? Responderam sim a todas as perguntas? Será que isso quer dizer que este jogo é bom para vocês?




História/Conceito: O conceito é relativamente simples. No futuro existem carros com rodas maiores que o capot do carro. Isto permite que o carro atinja uma maior velocidade, possa ser conduzido tanto de cabeça para cima como para baixo e tenha a super função de poder circular pelo tecto quando em velocidade suficiente… e é só isso. A história não existe… quer dizer… existem 6 personagens cada um controlando o seu carro respectivo e com uma pequena backstory presente no manual mas nada mais. Não que precise de mais, este conceito já é original o suficiente para se aguentar por si só, embora eu ache que se era para introduzir personagens, sempre podiam fazer mais alguma coisa com elas.

Gameplay/Longevidade: Como qualquer jogo de corridas que se preze, Rollcage possui os mínimos para passar em termos de modos de jogo, sendo estes League (o modo principal que desbloqueia mais pistas), Arcade (corrida singular), Time Attack e Multiplayer. Antes de cada corrida temos de escolher um dos vários condutores e o carro respectivo, sendo as diferenças entre estes apenas em pintura e estatísticas. A princípio só se tem acesso a quatro pistas, mas à medida que se vai passando o League Mode, que consiste em fazer 4 pistas de seguida de forma a ficar com a melhor classificação, vão se desbloqueando mais pistas. Assim que se vence o primeiro grupo, passa-se ao próximo e desbloqueiam-se as pistas correspondentes a esse grupo para os outros modos de jogo, havendo um total de 16 pistas espalhadas por 4 cenários. Estes 4 cenários são:  Neoto City (Japão), Harpoon Islands (Ilhas Tropicais), Saphire Springs (Antárctida) e Outworld (Marte). Depois de se completarem todas as pistas do League, pode se tentar o Hard mode de forma a desbloquear um carro secreto (melhor que os demais).

Fora uma ou duas pistas mais simples, todas as pistas estão minadas de obstáculos, weapon power ups, cenários destrutíveis e túneis que o jogador tem que aproveitar ao máximo de forma a conseguir ganhar. Não pensem só porque começam no easy mode que vai ser canja porque os vossos adversários vão fazer tudo para voz deter, desde disparar mísseis tanto contra o vosso carro como para o cenário para que este vos caia em cima, até abrandar o tempo e avençarem várias posições rapidamente. Obviamente que estes poderes também estão disponíveis ao jogador mas parece que são sempre mais prevalentes do lado inimigo do que do nosso… não sei… talvez seja só eu.

Em geral, o jogo joga-se bem e controla-se bem… se não tentarem ir para o tecto. Isto que acabei de escrever parece um bocado contra intuitivo visto que todo o jogo se baseia em utilizar a parte de cima da pista como uma via rápida de ultrapassagem, mas o que acontece de facto é que é difícil demais controlar o carro (qualquer um deles) quando está nessa posição. Para começar precisa de estar a velocidade suficiente se não não se mantém no tecto (até aí tudo bem, faz sentido) mas o problema é que assim que tentarem voltar para o chão preparem-se porque têm uma probabilidade de 50% que o vosso carro se descontrole extraordinariamente. Vocês agora estão a pensar – “eh, isso é porque tu não prestas, não consegues controlar o carro como deve ser” – ao que eu respondo – se a maneira mais rápida de recontrolar o carro é não tocar sequer no comando… então não deve ser por minha causa. A verdade é que, muitas vezes, os carros descontrolam-se quando as rodas não estão coladas ao chão, o que faz com que qualquer tecto, arma inimiga ou uma simples pedrinha no meio da pista sejam obstáculos fatais para o jogador, e tal como disse, não tentem acertar a direcção do carro quando este gira sobre si próprio, só vão piorar a situação, larguem tudo e continuem quando ele parar de girar, a sério, demora menos.

Este pequeno problema é bastante crasso para este jogo. Se uma das “features” principais não é minimamente “fiável” (nem sequer falo de controlável), faz com que perca muitos pontos. Mesmo assim, as pistas são originais e variadas e os 6/7 carros tem estatísticas variadas para que cada um tenha o seu preferido. Os problemas de controlo do carro é que estragam tudo.

Gráficos/Som: Hmm… esta é difícil… em termos de gráficos, os cenários são bastante pormenorizados apresentando uma “draw distance” acima da média (para o que era comum da PS1). Os carros são bastante simples (4 rodas gigantes com um paralelepípedo no meio) e utilizam sempre o mesmo modelo para todos os carros variando apenas na cor. Em geral, é um jogo colorido, os efeitos das explosões são efectivos e os vários efeitos das armas também. As zonas de corrida distinguem-se umas das outras, umas mais vistosas que outras, mas em geral, nada que desaponte.

O som… depende se gostam de techno ou não. Não que seja muito repetitiva mas também não marca seja pelo bom ou pelo mau sentido… está lá e não incomoda. Os efeitos sonoros são um pouco fracos (as explosões e os tiros têm sons muito “fake” e soam fraquinhos). Quando estão uma data de coisas à vossa volta a explodir e o que ouvem são pequenos estalidos… retira um pouco da acção.


Versões: Peço desculpa, mas desconheço a versão do PC… penso que seja igual à da PS1… se alguém tiver alguma informação interessante sobre a versão do PC, por favor, poste um comentário.

Pontuação:

História/Conceito: 8.0 (A IDEIA é boa)
Gameplay: 6.0 (A EXECUÇÃO nem tanto)
Longevidade: 6.0 (O Hard Mode e o Multiplayer ajudam… mas não muito)
Gráficos: 7.5 (Bonitos e fazem o trabalho mesmo não sendo expectaculares)
Som: 7.0 (Meh… não marca nem me lembro de nenhuma… mas não destoava)

Olha, olha...é uma PSP lá em cima?

Nota Final: 6.8
(Não é um jogo mau… se quiserem uma alternativa ao Wipeout podiam fazer bastante pior, o único problema é que para se jogar bem isto, não saiam do chão.)

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