Deixa-me lá ver se encontro...

8.9.11

Mother/Earthbound 0

Data de Lançamento: 07/27/89
Developer: Ape Studios
Produtor: Nintendo
Versões: NES, e um port para o GBA com poucas diferênças




Erokid - “Epá, sabes o que seria uma boa ideia para um jogo? Um RPG estilo clássico em que um puto atira bumerangues às caras de extraterrestres, seria a perfeita combinação entre o Sozinho em casa e o “Alien vs. Predator”
Andros – Andas a ver muitos filmes. Não vez que isso é parvo, não faz sentido e…
Erokid – Já foi feito pela Nintendo! Chama-se Earthbound.
Andros - :-/   De qualquer maneira, não deve ser nada de jei…
Erokid – É uma série muito bem considerada e mesmo só tendo saído 1 fora do Japão, tem muitos fãs por todo o Mundo.
Andros – Tá bem mas isso não quer dizer…
Erokid – Já fiz a review ao 1º, um dos que não saiu do Japão.
Andros - >:-S

Conceito/Estória

Esta estória passa-se por volta de 1980 na América.

'Tá aqui o prólogo!


Tudo começa bem quando um miúdo (Ninten – nome por defeito… e não, não é o Ness) está muito bem no seu quarto a gozar a sua vida pacata… ATÉ QUE É ATACADO PELO SEU CANDEEIRO! Depois de o destruir ele descobre que mais casos destes aconteceram noutros sítios, e assim, decide investigar. Ninten então descobre que estes ataques estão relacionados com os seus antepassados e a uma invasão alienígena.
Este enredo mostra-se bastante original por várias razões, a primeira é porque enquanto muitos jogos do estilo RPG passavam-se na altura medieval (sendo Final Fantasy ou Dragon Quest/ Warrior os melhores exemplos) este passa-se nos tempos modernos em que a magia dá lugar a poderes psíquicos e poções para regenerar a vida são substituidas por biscoitos ou hambúrgueres, entre muitas outras inovações. O cast é quase todo composto por crianças e o estilo de humor bizarro que este jogo apresenta, tornam-no uma raridade dentro do género.




Ó sim!PARTE A QUARTA PAREDE AOS PEDACINHOS!




Jogabilidade


Mais ou menos como outros RPGs da altura. Tens as tuas cidades (que curiosamente muitas delas têm um nome baseado em dias especiais do ano) um world map (com um estilo parecido com as routes do Pokémon) e as dungeons que estão espalhadas por aí. Ninten tem que explorar o seu mundo à procura das 7 partes de uma canção e estas encontram-se em quase todas as dungeons. No primeiro terço do jogo é tudo muito linear –  o padrão é sempre “cidade -> world map -> dungeon -> boss -> wooopti dooo mais uma parte da canção” Depois disso o jogo começa a ser mais aberto, podendo o jogador escolher a ordem das partes que apanha ou o número de aliados que quer que se juntem. Podem haver alturas em que o jogador fica bloqueado, sem saber o que fazer para avançar, mas esses momentos são poucos e em último caso existe o gamefaqs. Mesmo assim, não são assim tão significantes, portanto descansem que isto não é um Discworld.

O meu pior inimigo!
Quanto às batalhas, é muito parecido com o Dragon Quest/Warrior. 4 personagens numa perspectiva de primeira pessoa a lutar contra os inimigos que lhes aparecem à frente. As opções de combate também são semelhantes, fora uma que é diferente: “Observar” o inimigo em que aparece uma janelinha a dizer o seu nome, nível e STATUS(é o Libra ou Scan no Final Fantasy).


Mas claro que há coisas que magoam a jogabilidade como a falta de balanço nas 4 personagens. Por exemplo, há um personagem, o Teddy, que mata quase todos os inimigos de um só ataque normal enquanto que Loid é quase inútil com status horríveis. Outra coisa que é bastante má é o facto que o level grind é uma necessidade básica para sobreviver às futuras batalhas, isso até seria OK se para eu aumentar um único nível não tivesse de esperar meia hora de propósito sempre a lutar contra o mesmo tipo de inimigos, portanto, se quiserem acabar este jogo, vão ter de ter muuuita paciência.


Outra queixa é o sistema de batalhas aleatórias ser extremo em alguns sítios, estou a falar de que se dares 3 passos sem uma batalha, tens muita sorte. Isto prova ser bastante frustrante e se os personagens não estiverem a nível dos inimigos, basta umas quantas batalhas para o jogador dizer olá ao game over e adeus a metade do dinheiro.

Mas quem foi o gaijo que deixou aqui um presente?




Música/Som

A banda sonora é composta por mais de 30 músicas, existem 3 de batalha, dependendo do estilo do inimigo (normal, forte, e cómico), duas de world map/cidade e várias para as dungeons. Mesmo que passemos horas seguidas a ouvir a mesma música não se tornam incomodativas (excepto a de lvl up que é um mata-ouvidos) e todas estão bem postas nos sítios em que as ouvimos. Algumas delas foram tão boas que foram remixed nas sequelas e até no Super Smash Bros.





Gráficos


Em termos de gráficos posso dizer que são todos muito coloridos e o design dos personagens fazem-me lembrar os bonecos do Snoopy especialmente quando se mexem, o que fica bem com o clima deste jogo. Também há muita variedade nos sprites dos NPCs sejam eles através de mudança de forma ou palette-swaps, todos são muitos diversificados.

Os desenhos dos inimigos também são diversificados em termos de design, ora são agricultores a dizerem asneiras ora são robôs com um cérebro à mostra, sendo pouco frequente o abuso de palette swaps.

Contudo a única queixa que tenho nos gráficos é que os cenários das batalhas são apenas backgrounds pretos sem mais nada. Seria giro ver um cenário dependendo do sítio em que estás, apenas preto parece aborrecido…





Longevidade


Para acabar o jogo na primeira jogada deve-se demorar entre 20 a 40 horas dependendo da habilidade do jogador. Infelizmente este jogo não possuí bosses extra ou muitas armas secretas. As única coisa que podem aumentar as horas de jogo é falar com todos os NPCs para ver que coisas dizem. Fora isso, o jogador também pode acabar com equipas não cânone, ou seja, fazer um solo com o Ninten de forma a ter um final diferente. Dependendo da combinação de personagens que escolherem, o final muda, mas isso é mesmo para aqueles mais fanáticos que têm muita paciência.



Pontuação final:
Conceito/Estória: 9.0 (Original, interessante e engraçado)
Jogabilidade: 7.0 (Teria pontuação mais alta se fosse mais acessível aos jogadores novatos)
Som: 9.0 (Porque é que isto não está no iTunes?)
Gráficos: 9.0 (Seguem bem o ambiente do jogo e só um pequeno problema evita a perfeição)
Longevidade: 7.0 ( Dura algum tempo como outros RPGs mas o facto de não ter quase nada extra magoa)
Nota final: 8.0 ( Um óptimo jogo que embora tenha os seus problemas são passáveis pelo resto que tem, recomendo-o aqueles que gostam da série Dragon Quest/Warrior e que se queiram rir)

Jogos parecidos com este que também podem experimentar:
Dragon Quest/Warrior 2

1 comment:

  1. É engraçado que o Earthbound/Mother 2 é o oposto deste jogo. É super optimizado para ser rápido e fácil e não perdemos tempo nenhum com random battles.

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