Deixa-me lá ver se encontro...

13.9.11

Castlevania

Data de lançamento: 19/12/1988 (na Europa)
Produtora: Konami
Editora: Nintendo





Depois de fazerem jogos sobre sapinhos a atravessarem a estrada e naves que explodem instantaneamente, a Konami estava a pensar num novo projecto para a primeira consola da Nintendo, e assim o produtor executivo pensou “E que tal fazermos um side-scroller de acção sobre o Conde Drácula?”- Foi assim que nasceu um dos jogos mais famosos para a NES. Será que é bom? Bem, visto que isto é o Game Chest acho que vou ter de responder a essa pergunta…

Conceito/Estória
A estória no jogo resume-se assim: O protagonista é Simon Belmont. O Conde Drácula despertou. Ele é mau. Portanto Simon pega no seu chicote “Vampire Killer” e vai ao castelo do vampiro para lhe dar uma coça… e é só isso… Claro que no manual há bastantes detalhes como a origem do protagonista ou as capacidades do Vampire Killer, temos que dar um grande desconto que este jogo foi lançado em 1986, altura em que os videojogos não tinham muita estória, a única competição que tinha na altura era o Super Mario Bros e o Donkey Kong, e vamos ser honestos…. Esses jogos não tinham lá muita estória para contar.

Jogabilidade:
O Castlevania já matava Zombies 
antes do Resident Evil!
Como já tinha dito, isto é um side-scroller de acção. Controla-se Simon numa perspectiva 2D andando pelas ruínas escuras e assustadoras do castelo de Drácula, saltando por várias  plataformas e matando os muitos monstros que aparecem pelo caminho com o já referido Vampire Killer, o seu principal método de defesa. Contudo há algo especial nesta arma. No inicio do jogo começa-se com um chicote de cabedal que não só tira muito pouco dano como também tem pouco alcance. Ao apanhar powerups, que se encontram dentro de velas, este mísero chicote evolui: se apanhar um powerup fica no Chicote de Corrente que tem mais força e um bocadinho mais alcance que o anterior, se apanhar ainda mais um, transforma-se no “verdadeiro” Vampire Killer que tem a mesma força do que o de Corrente e muito mais alcance e assim fica permanentemente... a não ser que morra… o que não dura muito tempo. Simon também pode usar sub-armas que vai apanhando ao longo dos níveis tais como machados, facas, cruzes e água benta. A meio dos níveis Simon pode também encontrar Carne de Porco, normalmente escondida em paredes, o que lhe regenera metade da vida.
Já agora, já disse que este jogo é díficil? Vamos lá ver:
Tem inimigos furiosos que querem esmagar Simon aos mil bocadinhos ou empurrá-lo para buracos sem fundo se ele não os matar primeiro? – Sim
O salto deste jogo é realista, o que faz com que seja impossível de controlar no meio do ar, dificultando as partes de plataforma? – Também
Existem bosses tão estupidamente difíceis que fazem com o jogador seja obrigado a passar horas e horas para decorar os seus padrões para vencê-lo? Podes crer
Muitos jogos da primeira consola da Nintendo eram bastante dificeis e, como já descrevi, Castlevania não é excepção. Embora haja alturas em que a quantidade de inimigos no ecrã possa ser um 'cadinho exagerada, não é nada que o jogador depois de morrer umas quantas vezes não consiga ultrapassar.



Música/Som:
Eu cá não importava de dizer “A banda sonora é muito boa… NEXT!” e acabava já esta etapa. O problema é c’os outros colaboradores iam chagar-me a cabeça a dizer: “ Ó preguiçoso elabora mais isso!” Por isso, vou ter de o fazer…
A banda sonora é composta por cerca de 10 músicas, 7 delas são de níveis, e são essas as que se ouvem mais (as outras 3 são boss, inicio e créditos). Todas elas são bastantes distintas, memoráveis e agradáveis de ouvir… E ainda bem porque alguns vão ter de as ouvir durante muuuuuito tempo, por isso, se não conseguirem dormir porque têm uma música que não vos sai da cabeça… não digam que não vos avisei.
Em termos de efeitos sonoros são os do costume da NES (bleeps e blops), há o som de inimigo a sofrer dano ou a morrer, o de Simon a ser atacado, o de apanhar power-ups e poucos mais. Sim há pouca variedade no que toca ao som mas lembrem-se este jogo tem cerca de 25 ANOS. (ou seja, não tem voice acting… nem texto fora do manual).

Gráficos :
Ghosts'n Goblins?
A primeira reacção do jogador ao ver Simon vai ser “Epá, este caramelo parece o Conan o Bárbaro! - 1 minuto depois - “Epá, ó Simon! Pára de andar à coxo! Isso não é fixe!!!” E está aí o meu problema principal com o design do personagem. Fora isso, não há grandes problemas. As cores utilizadas nos personagens e nos cenários, embora não muito variadas, contrastam bem, não havendo problemas com inimigos ficarem camuflados (como era recorrente em muitos jogos menos bons da altura). Há sim é algum "flickering" (sprites a piscar intermitentemente) quando estão muitos inimigos no ecrã, o que é frequente e, por vezes, incómodo... mas nada que estrague a experiência.
Também posso dizer que o design dos inimigos é bastante original. Quem é que pensou em meter cavaleiros a fazerem equipa com macacos saltitantes e cabeças de medusas flutuantes? Isso, meus amigos, é genial! Mesmo que odeie esses 3 filhos da #$%& desses monstros.


Longevidade:
30 minutos se fores muito bom e tiveres os padrões memorizados, 30 horas se tiveres menos destreza e experiência no jogo. Tudo depende da capacidade de concentração e habilidade do jogador.
Depois de o jogo ser terminado  e serem vistos os créditos o jogo recomeça no primeiro nível e o jogador pode acabá-lo mais uma vez… no “Hard Mode”! Tá bem, não é para tanto. A única diferença do “Normal” é a quantidade e localização de alguns inimigos. Adiciona mais umas horitas de jogo embora isso seja mais um desafio para os super hardcore.

Pontuação:

Conceito/Estória: 8.0 (Drácula é Mau! Vai matá-lo! - Para o tempo em que foi lançado é mais que suficiente e foi dos 1ºs da Nintendo a integrar um conceito minimamente adulto)
Jogabilidade: 8.5  (Simples + divertido + difícil = VICIANTE)
Músicas/Som: 8.5 (Banda sonora ótima… efeitos sonoros decentes)
Gráficos: 7.0 (As únicas queixas que tenho é com o design do protagonista e algum “flickering” (imagens a piscar quando há muita coisa no ecrã)
Longevidade: 7.0 (A dificuldade deste jogo vai vos ocupar algumas horas de vida e o “Hard Mode” também ajuda, isto é, se não desistirem pelo caminho.)

Vou-te partir essa dentuça Drácula!
Nota final: 8.5
(Dos melhores side-scrollers da NES, a dificuldade, embora seja para os mais pacientes, pode ser esquecida pela diversão que é chicotear medusas e atirar água benta a macacos. Recomendo!)


Jogos parecidos com este que também podem experimentar:
Ninja Gaiden (NES)
Strider (Mega Drive)

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