Género: Plataformas
Produtora: Naughty Dog
Editora: Sony
E um ano após o lançamento do 1º jogo de Crash Bandicoot, o mais esperado acontece. A sequela da mascote da Sony sai para as lojas sobre o olhar atento dos fãs. Mas afinal que se passou após Crash 1? Neo Cortex de novo… Mas esse gajo ainda é vivo? Há ursos neste jogo tambem… Epáh, granda Urso..!
Pois é, Cortex contra-ataca, mas calma! O argumento apesar de simples e curto é suficiente e original. Após o desaire no último CB, Dr Neo Cortex aterra acidentalmente numa gruta com cristais misteriosos. Crash que se encontrava pacificamente no seu quotidiano com Coco, a sua irmã (sim, agora Crash tem uma irmã), é teletransportado para uma sala enquanto fazia o seu jogging matinal (não era bem jogging mas não interessa…). Nessa sala estava Cortex em holograma suplicando a Crash que obtivesse 25 “cristais maravilha” para salvar o planeta terra de seus males… Pois, Pois, mas enfim. Crash não é famoso por ser um tipo inteligente, apenas desenrascado, e lá vai uma aventura para desenrascar o “bondoso” Cortex.
A base é esta, mas posso-vos garantir que a nível de…
Jogabilidade: A melhor parte foram os gráficos, apenas porque foi onde existiram as melhorias mais significativas. Isso não quer dizer que a jogabilidade não esteja melhor! Sim, até porque Crash vem com novos movimentos e desafios de fazer as delicias de toda a gente. A Naughty Dog manteve a receita secreta do título anterior e melhorou-a com alguns condimentos. Crash além de rodopiar como Chuck Norris e os seus rotativos, agora faz carrinhos como o Fernando Aguiar, e atira-se em "splash" para o chão como… alguém maluco que se atira de splash pró chão, não importa! Bem mas este movimento trouxe alguma liberdade na forma de jogar em Crash. Não que alterasse de todo o esquema de jogo, apenas diversificou mais os movimentos de Crash, e trouxe mais divertimento.
Mas sem dúvida Crash 2 veio com bastantes momentos de jogo. Existem níveis de completa adrenalina e explosão de entretenimento como os níveis de fuga do urso gigante e das bolas de neve, ou nos níveis onde montamos um urso juvenil e corremos que nem uns desvairados desviando-nos dos obstáculos que nos aparecem á frente. Isto já existia em Crash 1 mas nunca com o impacto que teve neste jogo.
Mas houve outras novidades que deixaram algo a desejar como um dos Add-Ups de Crash – O Jetpack. Os níveis com o Jetpack são frustrantes e não muito funcionais, e o último Boss desilude, naquilo que devia ser o ponto alto do jogo. Os comandos nestes níveis são demasiado lentos, e oferecem pouco mais do que planar. Uma tentativa falhada da parte da Naughty Dog.
Som: As vozes foram melhoradas. Além disso existe muito mais falas do que no jogo anterior. As sequências de vídeo que vamos apanhando ao longo do jogo ajudam a aumentar a expectativa. Mas, este é apenas um pormenor no meio de uma banda sonora espectacular! Pegaram nas músicas do 1º e melhoraram-nas, revolucionaram-nas! Estão muito mais mexidas, e mais elaboradas. Não existe um único nível que se torne monótono. Mesmo que o jogo não tivesse a apresentação gráfica que tem, nem o brilhantismo da sua jogabilidade, a banda sonora ajudava (e em muito!) a manter o jogador agarrado sem se aborrecer facilmente. As faixas da Selva e Futuristas são as melhores!
Outro ponto positivo vai para os efeitos sonoros de Crash Bandicoot 2. Extremamente divertidos e com um timing perfeito, com poucas (para não dizer nenhumas) falhas nem atrasos. Mas é a diversidade de sons que dá alegria a este jogo. Um trabalho feito ao pormenor que se transforma numa das melhores execuções sonoras daquela altura!
O único problema, é mesmo a semelhança com Crash 1. Quem nunca o jogou leva nota 10, quem já conhece Crash, não há muitas novidades e o formato de níveis torna-se sempre o mesmo. Se apostarem em inovar a estrutura dos níveis acho que vão ganhar imenso.
Além dos 25 níveis existem vários níveis bónus, e níveis secretos para descobrir. Lanço mesmo o desafio de quem jogar Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back, a explora-lo ao limite para desfrutarem de tudo o que Crash tem para oferecer.
Ok, aquilo que seria um Crash Bandicoot melhorado transforma-se num Crash Bandicoot novo! O sucesso e o dinheiro conseguido com as vendas do 1º jogo não desmazelou a equipa da Naughty Dog, investiu ainda mais e aproveitou a experiência adquirida para fazer algo ainda melhor. É bom saber que existem estúdios empenhados a fazer jogos como Crash, e a Sony teve olho e mérito nesta aposta. Crash Bandicoot deixa assim de ser um jogo para crianças, passa a ser o jogo preferido da maioria dos adolescente e de muito agrado a adultos. As melhorias gráficas são a principal causa mas é o todo que transforma este jogo num capitulo memorável na historia da Playstation. Vejam o veredicto:
Gráficos: 9.0 (uma melhoria espantosa num espaço de um ano, os melhores em jogos de plataformas)
Jogabilidade: 8.5 (com a sensação que poderia oferecer mais, mas ainda assim melhor e excelente na mesma)
Som: 9.5 (uma orquestra perfeita a um jogo de plataformas… cuidado Super Mário)
Longevidade: 8.5 (tem tanto de curto como de enorme, mas quem já jogou crash poderá achar um bocado repetitivo, mas a diversão e entretenimento nunca vão faltar)
Nota Final: 9.0 (Para alguns o melhor jogo de plataformas da altura! Uma atitude de se valorizar de um estúdio tão recente! A Naughty Dog promete dar que falar!)
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