Deixa-me lá ver se encontro...

12.8.12

Bloody Roar

Data de Lançamento: 15/03/1998
Género: Luta
Produtora: Hudson Soft.
Editora: Virgin Interactive










Boas pessoal! Depois de Mortal Kombat 3 vamos analisar mais um jogo de luta, desta feita, o jogo escolhido no Game-Chest foi o Bloody Roar! (ROAAAAAR huck cuff kfuu *cospe sangue… bhééé… isto é de forçar a voz)
Bloody Roar é um beat’em’up diferente de todos os outros porque permite às personagens transformarem-se em animais durante a batalha (Não, acalmem-se meninas! O Jacob não entra neste jogo!). O jogo estende-se ainda mais além, pois permite serviços de tosquia nos tempos livres, vacinação contra a raiva, e desparasitação no final de cada combate! Não??... afinal não, é mesmo só um jogo de combate…

Em Bloody Roar cada personagem foi geneticamente alterada sobrevivendo apenas os mais fortes e, à semelhança de Tekken, cada personagem tem a sua odisseia no jogo. Mas na verdade não exploram muito o storyline… apesar das imagens em 3D que contam a história individual de cada um serem muito fixes. Mas nada especial é tratado na história de Bloody Roar, o que era de esperar visto ser uma adaptação de um jogo de arcada.
Nada mais por aqui? Então seguindo em frente começamos nos…

Gráficos: Finalmente começam a aparecer os 1ºs jogos de luta em 3D que têm realmente bom aspecto e Bloody Roar encontra-se no leque deles. As personagens estão bem construídas e além do mais as transformações estão quase perfeitas! Se esperavam, como eu, bichos deformados e malfeitos esqueçam porque a junção animal-humana está mais que boa! (possivelmente será da ração que comem… têm um pelo muito bonito!)
Tal como as personagens, a movimentação das mesmas também foi muito bem trabalhada. Bloody Roar é um jogo muito rápido e de golpes directos com muita velocidade, e estas características, num Beat’em’up 3D, não eram comuns por esta altura, mas a Hudson quis ir mais além e mostrar que as novas consolas estavam preparadas para as adaptações arcada na perfeição!
Além de bons gráficos também tem bons efeitos visuais. Os golpes mais fortes vêm acompanhados de vários efeitos de luz e os finais de um combate são passados em replay com montagens diferentes dependendo da força ou do tipo de execução dos golpes.
O menos bom talvez sejam mesmo os cenários. Algumas arenas são vazias demais, e todas têm o aspecto em jaula. Não é nada que vá estragar por completo (até porque as paredes destroem-se quando atingidas por um golpe forte), mas torna o combate mais claustrofóbico. Poderiam ter sido mais trabalhados, só isso.

Jogabilidade: No final das contas o que mais importa no jogo de luta, é a jogabilidade. E Bloody Roar também marca pontos aqui. Não pela variedade de movimentos mas sim pela resposta de comandos. Bloody roar é rapidíssimo  é um jogo com muita velocidade cheio de adrenalina, algo que até à data não era comum nos beat’em’ups em 3D.
Além da velocidade cada personagem tem um modo muito característico de se movimentar. Apesar dos comando entre personagens divergirem pouco entre si, os truques e combos executados vão ser bastante diferentes. Certos personagens jogam melhor com as pernas, outros com os punhos e outros em modo animal. A simplicidade nos comandos também foi algo que gostei muito. Aqui não há espaço para muitos truques. Há um botão para murro, pontapé, transformar (que depois serve para os movimentos especiais no modo animal), bloquear e desviar. Esta ultima opção (a de desviar) é algo completamente novo neste género de luta 3D, que veio de certo modo a mudar o panorama na altura. Os Beat’em’ups 3D divergem dos 2D apenas pela parte visual, porque na prática a jogabilidade é idêntica a um jogo em 2D, mas esta pequena acção aproxima-se mais do conceito da jogabilidade em 3 dimensões. Não é o ideal, mas para a altura, foi definitivamente um passo na direcção certa.

Para acabar, outra característica que difere Bloody Roar de outros jogos, são os cuidados adicionais com os desparasitastes (malditas carraças!) … mas isso apenas acontece na versão exclusiva da Malásia (hhmmmmm acho eu…!). Naahh carraças dizemos nós quando perdemos à 12ª vez no boss do modo arcada…
Mas o que eu ia mesmo falar era das barras de vida. O mais normal é existir uma barra de vida que desce à medida que levamos um enxerto de porrada, e Bloody Roar não é diferente, embora existam algumas peculiaridades. Uma delas é a barra de “Beast Mode” que cresce quando damos e levamos dano, e assim que nos transformamos em modo animal ela começa a decrescer. Assim que essa barra chega a meio temos a possibilidade de nos transformar, por isso cabe-nos a nos gerir essa barra. Na barra da vida também existe outra questão. Uma parcela da barra (de cor vermelha) acompanha a barra de vida sempre que ela desce. Essa barra vermelha faz com que a de vida cresça assim que nos transformamos em bichos. Serve como um recuperador de vida, o que pode fazer toda a diferença num combate renhido.

Som: A hudson soft esmerou-se em Bloody Roar. Gráficos excelentes, jogabilidade rápida e viciante e uma banda sonora de 1ª categoria. Pois é, em todos os menus somos acompanhados por breaks de bateria, com rajadas de harmónicos metálicos e um som de piano blues por detrás. Uma espécie de Rock-fusão, típica nos novos jogos e séries japoneses, é a cereja no topo do bolo deste jogo.


Vibrante pode ser outra das características principais deste jogo. Os efeitos sonoros de soquetes e os “há-err-wuuoó…ggrrrrwaaaoohhhhh” estão sempre presentes no combate e com timing afinado. Parecendo que não, bons efeitos sonoros são a melhor maneira de imergir o jogador no meio da luta. É aquele som de dor que se gosta de ouvir enquanto se serve um prato de porrada ao colega ao lado. Afinal isto é um beat’em’up

Longevidade: Bem podemos acabar a review já?... vá lá… eu quero dar pelo menos um 8.5 a este jogo..pppfff, Ok. Pois, nem tudo podia ser um mar de rosas. Até podia mas não é…
O calcanhar de Aquiles em Bloody Roar é precisamente a sua duração. No modo Singleplayer é pequeníssimo pois só existe o modo Arcada, Survival e Timeattack. Proporciona algum mas pouco divertimento. O divertimento é prolongado no Versus mode devido à jogabilidade electrizante de Bloody Roar mas também tem um problema que é a quantidade de personagens disponíveis... pois existem apenas 8, muito pouco para qualquer jogo de luta.
O modo Practice ajuda-nos a explorar as capacidades das personagens. Este modo a determinada altura nos jogos de luta passa a ser importantíssimo e eleva em muito a capacidade evolução de combate entre os jogadores e as personagens. A partir deste modo podemos desenvolver capacidades de luta com as personagens a que estamos menos adaptados.
Existem alguns bónus que brindam os jogadores por ultrapassarem o Arcade Mode. Mas são limitados e básicos  apesar de engraçados. São simples bónus como jogar com cabeças e/ou membros gigantes e alguns outros modos de personalização que não adicionam muito à durabilidade do jogo.


E assim a Hudson deixa a sua pegada (olha! Pegada..? Animais..?? hum?.. AAHAHAHAHAHAHH… Não tem piada??..hhffpmmm) nos jogos beat’em’up com um jogo original de qualidade acima da média. Do Japão continuam a vir os melhores jogos deste género, ainda que este seja uma adaptação de jogo de arcada… mas sem duvida “divertimento” é a palavra-chave. É impossível não gostar deste jogo, pena é ser tão curto, talvez seja corrigido na sequela…

Gráficos: 8.5 (O melhor que os gráficos 3D da Playstation nos podem oferecer estão aqui em Bloody Roar… poucas falhas a apontar)

Jogabilidade: 8.0 (Adrenalina em puro estado! Velocidade até dizer chega e montes de combos disponíveis!)

Som: 8.0 (Dá-vos uma dose extra de adrenalina que acompanha a jogabilidade electrizante. Uma banda sonora espectacular)

Longevidade: 6.0 (Ups… isto tudo é muito bom mas são só 8 personagens.. o Versus Mode salva isto… mais ou menos)


Pontuação Final: 7.5 (ainda assim leva uma boa nota. Poucos beat’em’ups ficam acima de Bloody Roar. Assim de repente apenas Tekken 2 ultrapassa este jogo…)



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