Género: Desporto
Produtora: UEP Systems
Editora: Sony
Finalmente caiu-me na lista um jogo que já ansiava há muito! Este foi um daqueles jogos em que eu era miúdo e os meus olhos brilhavam ao ver a capa do jogo à venda nas lojas. Cool Boarders – Era um jogo Cool de pranchas de Snowboard (visto que na altura não fazia puto de ideia o que significaria “Boarders”), por isso devia de ser “muita fixe”…
Agora passados cerca de 15 anos finalmente meto mãos ao jogo,
relembrando a sensação de quando era um miúdo de 10 anos a pegar no jogo com as
minhas mãos. E desta vez não tenho a minha mãe a dar me uma cacetada na cabeça
e a dizer que tinha mais onde gastar 10 contos!
Cool Boarders é um jogo sobre o desporto radical
popularizado nos anos 90 em que se domina o snowboard,
e é conhecido por atingir velocidades enormes e protagonizarem truques perigosos
mas extremamente artísticos Mas não é bem assim que acontece em Cool Boarders.
A velocidade não é coisa que seja aqui retratada. Sim, existe um medidor de
velocidade de facto mas a impressão de velocidade que temos, quando o indicador
apontas as 100 milhas/hora é a mesma de andarmos num teleférico. Mas não
dramatizemos a situação. Afinal estamos em 1997 e o nível de exigência não pode
ser tão elevado. E no fim de contas, quantos jogos de snowboard existiam por aí nesta altura?
Ao começar o jogo deparamos-nos com um menu muito limitado,
podendo apenas escolher entre “Options” e “Start Game” (hhmm que incógnita . e
agora? Que faço eu?). E escolhendo Start game é que podemos começar o jogo a
sério. Mas temos de definir as pistas que queremos, o tipo de prancha (podemos
personalizar a cor até) e se queremos o rapaz ou a rapariga (wuuuu… um jogo uni-sexo ).
Estas escolhas vão influenciar o nosso desempenho durante o jogo, onde o
objectivo é fazer o máximo de pontos possível seja pelos truques executados
seja pelo tempo demorando a fazer o percurso. É aqui que Cool Boarders
desempenha um papel mais inteligente e diversificado, dando a escolher ao
jogador o tipo de jogo que querem fazer. Se optam por um tipo de jogo mais artístico ou mais rápido terão de fazer as escolhas mais apropriadas ao género.
Wuau! Fantástico Mike (pensam vocês)! Até seria se houvesse
um leque de pistas enorme á disposição e se fosse possível executar pelo menos
uma dezena de truques diferentes. Mas é precisamente o contrário que acontece,
onde temos meia dúzia de pistas e 3 ou 4 truques já incluindo os especiais.
Tudo bem que a UEPS não era uma produtora propriamente experiente no mercado,
mas é difícil entender o objectivo deles com o jogo, pois poderiam ter aumentado
bastante o factor divertimento. Ainda para mais num jogo onde o modo 2 jogadores
nem sequer existe.
Gráficos decentes, mas básicos, fazem o suficiente para não
lançar críticas de maior, basicamente vê-se neve, mas também penso que seria o
suposto (duuhh!). Mas a sério, um bocadinho mais de vivacidade não fazia mal
nenhum. Pelo menos existe música a acompanhar-nos enquanto chocamos
constantemente contra as paredes. E antes de iniciarmos os percursos temos
direito a escolhe-las. Se Tecno for a vossa praia, esqueçam porque estamos nas
montanhas. E nas Montanhas ouve-se Rock! (e aparentemente, de mau gosto).
“Morno” seria a expressão perfeita para descrever este jogo.
O que derreteu completamente as minhas expectativas e atirou a minha memória infantil
feliz pela montanha abaixo. Mas é de relembrar que este foi também um dos
primeiros jogos de Snowboard a ser lançado. Não é completamente mau mas, está
muito longe de ser um jogo interessante. Vejam a minha cotação para entenderem
um pouco melhor:
Gráficos: 6.0 (Pistas simples, muita neve, boarders básicos…
Se houvesse Yeti’s talvez desse um 7... Claro que não!)
Jogabilidade: 5.0 (Vira, vira,vai contra as rochas, vira,
vira…olha ele também salta! Ahhgrr paredes invisíveis no ar!)
Som: 5.5 (Se gostarem de rock ok. E se não gostarem? Seja
como for é de má qualidade…)
Longevidade: 5.0 (O número de pistas nem seria o problema de
houvessem mais truques e modo 2 jogadores)
Nota Final: 5.5 (Cool Boarders poderia ter sido muito
melhor, pois é raro no seu género e podia ter marcado o seu estatuto logo de
início. Mas serve perfeitamente de base para jogos futuros.)
Ainda me lembro passar muito tempo a jogar à demo do Cool Boarders 2, jogo que, imagino, está um nível acima deste.
ReplyDeleteSei que ainda foram lançados mais 2 ou 3 jogos, mesmo até ao final da era Playstation mas ainda não joguei a nenhum.
Boa review!
Pois (felizmente) também sou da época em que as demos era das únicas fontes de acesso (em 1ª mão)aos jogos. Foi também essa demo de Cool Boarders 2 que me criou este "hype" do jogo. Obrigado pelo comentário, e continua a ver o blog pois vou postado com alguma frequência sempre que possível ;)
ReplyDelete