Deixa-me lá ver se encontro...

29.8.12

Cool Boarders

Data de Lançamento: 15/01/1997
Género: Desporto
Produtora: UEP Systems
Editora: Sony









Finalmente caiu-me na lista um jogo que já ansiava há muito! Este foi um daqueles jogos em que eu era miúdo e os meus olhos brilhavam ao ver a capa do jogo à venda nas lojas. Cool Boarders – Era um jogo Cool de pranchas de Snowboard (visto que na altura não fazia puto de ideia o que significaria “Boarders”), por isso devia de ser “muita fixe”…
Agora passados cerca de 15 anos finalmente meto mãos ao jogo, relembrando a sensação de quando era um miúdo de 10 anos a pegar no jogo com as minhas mãos. E desta vez não tenho a minha mãe a dar me uma cacetada na cabeça e a dizer que tinha mais onde gastar 10 contos!

Cool Boarders é um jogo sobre o desporto radical popularizado nos anos 90 em que se domina o snowboard, e é conhecido por atingir velocidades enormes e protagonizarem truques perigosos mas extremamente artísticos  Mas não é bem assim que acontece em Cool Boarders. A velocidade não é coisa que seja aqui retratada. Sim, existe um medidor de velocidade de facto mas a impressão de velocidade que temos, quando o indicador apontas as 100 milhas/hora é a mesma de andarmos num teleférico. Mas não dramatizemos a situação. Afinal estamos em 1997 e o nível de exigência não pode ser tão elevado. E no fim de contas, quantos jogos de snowboard existiam por aí nesta altura?

Ao começar o jogo deparamos-nos com um menu muito limitado, podendo apenas escolher entre “Options” e “Start Game” (hhmm que incógnita . e agora? Que faço eu?). E escolhendo Start game é que podemos começar o jogo a sério. Mas temos de definir as pistas que queremos, o tipo de prancha (podemos personalizar a cor até) e se queremos o rapaz ou a rapariga (wuuuu… um jogo uni-sexo ). Estas escolhas vão influenciar o nosso desempenho durante o jogo, onde o objectivo é fazer o máximo de pontos possível seja pelos truques executados seja pelo tempo demorando a fazer o percurso. É aqui que Cool Boarders desempenha um papel mais inteligente e diversificado, dando a escolher ao jogador o tipo de jogo que querem fazer. Se optam por um tipo de jogo mais artístico ou mais rápido terão de fazer as escolhas mais apropriadas ao género.

Wuau! Fantástico Mike (pensam vocês)! Até seria se houvesse um leque de pistas enorme á disposição e se fosse possível executar pelo menos uma dezena de truques diferentes. Mas é precisamente o contrário que acontece, onde temos meia dúzia de pistas e 3 ou 4 truques já incluindo os especiais. Tudo bem que a UEPS não era uma produtora propriamente experiente no mercado, mas é difícil entender o objectivo deles com o jogo, pois poderiam ter aumentado bastante o factor divertimento. Ainda para mais num jogo onde o modo 2 jogadores nem sequer existe.

Gráficos decentes, mas básicos, fazem o suficiente para não lançar críticas de maior, basicamente vê-se neve, mas também penso que seria o suposto (duuhh!). Mas a sério, um bocadinho mais de vivacidade não fazia mal nenhum. Pelo menos existe música a acompanhar-nos enquanto chocamos constantemente contra as paredes. E antes de iniciarmos os percursos temos direito a escolhe-las. Se Tecno for a vossa praia, esqueçam porque estamos nas montanhas. E nas Montanhas ouve-se Rock! (e aparentemente, de mau gosto).

“Morno” seria a expressão perfeita para descrever este jogo. O que derreteu completamente as minhas expectativas  e atirou a minha memória infantil feliz pela montanha abaixo. Mas é de relembrar que este foi também um dos primeiros jogos de Snowboard a ser lançado. Não é completamente mau mas, está muito longe de ser um jogo interessante. Vejam a minha cotação para entenderem um pouco melhor:



Gráficos: 6.0 (Pistas simples, muita neve, boarders básicos… Se houvesse Yeti’s talvez desse um 7... Claro que não!)

Jogabilidade: 5.0 (Vira, vira,vai contra as rochas, vira, vira…olha ele também salta! Ahhgrr paredes invisíveis no ar!)

Som: 5.5 (Se gostarem de rock ok. E se não gostarem? Seja como for é de má qualidade…)

Longevidade: 5.0 (O número de pistas nem seria o problema de houvessem mais truques e modo 2 jogadores)

Nota Final: 5.5 (Cool Boarders poderia ter sido muito melhor, pois é raro no seu género e podia ter marcado o seu estatuto logo de início. Mas serve perfeitamente de base para jogos futuros.)



2 comments:

  1. Ainda me lembro passar muito tempo a jogar à demo do Cool Boarders 2, jogo que, imagino, está um nível acima deste.

    Sei que ainda foram lançados mais 2 ou 3 jogos, mesmo até ao final da era Playstation mas ainda não joguei a nenhum.

    Boa review!

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  2. Pois (felizmente) também sou da época em que as demos era das únicas fontes de acesso (em 1ª mão)aos jogos. Foi também essa demo de Cool Boarders 2 que me criou este "hype" do jogo. Obrigado pelo comentário, e continua a ver o blog pois vou postado com alguma frequência sempre que possível ;)

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