Género: Luta
Produtora: Hudson Soft.
Editora: Virgin Interactive
Wuuhhoo! Mais um Bloody Roar! Afinal sempre fizeram uma sequela do primeiro, o que demonstra ter tido sucesso suficiente para se justificar o investimento neste segundo jogo. Ora bem, se no 1º jogo tínhamos humanos a transformarem-se em animais, agora temos animais a transformarem-se em pessoas… Genial não é? Não, claro que não! O contexto mantém-se e agora até existe um nome para este tipo de pess… hhmmm, quero dizer, anim… hhmmm, não.. chiça! Este tipo de COISAS agora chamam-se Zoanthropes (JoãoTrapos? O quê?). Traduzindo para português soa a algo do tipo: bichos humanóides. Ok, nem um termo nem outro servem, portanto adiante…
Esta entrada aparatosa, serve apenas para transmitir que
Bloody Roar 2, apresenta-se com uma evolução na história do jogo. As
personagens já não são indivíduos escondidos da sociedade e passaram a ser do
conhecimento geral, e agora a humanidade utiliza-os para vários fins, e estes
“Zoanthropes” juntaram-se para defenderem a sua posição. Alguma semelhança com
o X-Men é pura coincidência, até porque não há mutantes com características
animalescas… (Não? E o Wolverine é parecido com o quê? Com uma avioneta?? AAHHHGRRR DAMMIT!)
Gráficos: Melhores ainda que o antecessor, e bastante bons
para a época. Não são os melhores que já apareceram (já ninguém destrona o
Tekken 3 na PSX), mas são sem qualquer sombra de dúvida acima da média. Polígonos bem
concebidos e com um desenho pormenorizado, que está um mimo. Cada personagem
está um molde perfeito do que deveria ser um boneco 3D. Esqueçam os quadrados,
o que importa é recriar o mais aproximado possível àquilo que seria na
realidade, e a Hudson faz jus a isso em todas as personagens. Falando de
personagens, todas estão bastantes atractivas. Existem bichos humanóides para
agradar a todos os gostos. Eu pessoalmente gosto bastante da Jenny, vá se lá
saber o porquê… ("cof, cof")
Aquilo que ainda teimam em não melhorar são os cenários.
Bloody Roar 2 é um jogo extremamente viciante (mais ainda que Tekken!) e
apresentação dos cenários a determinada altura começa a ser bastante
repetitiva, e isso cansa. Além de serem semelhantes aos do 1º jogo, são vazios
e sem variedade. Mesmo com a possibilidade de podermos destruir as paredes que
delimitam os cenários (com golpes de extrema violência) aborrecimento toma
conta de nós no final da 5ª personagem do Story Mode.
Jogabilidade: Extremamente viciante. Bloody Roar é um dos
meus Beat’em’up’s preferidos exactamente pela jogabilidade electrizante que
consegue incutir ao jogador. Comandos simples, sem muitos truques, funcionando
na base de golpes rápidos, combos e improviso. É um jogo de fácil acesso onde
não é preciso muito tempo de treino para conhecer os golpes das personagens.
Isto leva a tardes perdidas em BR2 no modo VS. Também existem alguns truques
especiais mais complicados de serem executados, para os jogadores mais persistentes que gostem de espancar os adversários sem dó nem piedade. O
estilo de cada personagem também está bastante presente. Existem 11 personagens
cada uma com a sua transformação e o seu estilo de luta (à excepção de Shen Long
que é uma cópia de Long). Destas 11 apenas 4 vieram do 1º BR por isso esperem
um jogo quase novo.
Som: Ok, aqui pouco mudou desde o jogo anterior, mas
honestamente o que haveria para mudar? Mantém-se a musica fusão blues/rock/metal muito comum naquela altura em terras nipónicas (até o Gran Turismo herdou um pouco esse estilo na banda sonora .
Parece que na altura deveria de estar a fazer um grande sucesso nos ouvidos dos
japoneses, de onde este jogo é oriundo. Mas seja qual for a razão encaixa que
nem uma luva em Bloody Roar. Tem tudo a haver com o
“vale-tudo-menos-estar-parado” que reina neste jogo. Além de que adopta um estilo
mais rebelde que irá chamar a atenção da camada jovem (15-25) que é a que mais
consome videojogos!
Longevidade: A-ha! Agora sim estamos a falar de um jogo a
sério. Um dos grandes problemas de Bloody Roar foi o de se assemelhar demasiado
a jogo de Arcada. O que deitava por terra a duração do jogo nas mãos de
qualquer pessoa. Por mais entusiasmante que seja um jogo de luta (no qual
grande parte da diversão obtém-se no Versus Mode na companhia dos amigos), se
não existirem argumentos válidos em modo single player, o mais certo é
rapidamente o jogo ganhar pó na prateleira. A Hudson percebeu que tinha de
fazer algo a um dos seus melhores jogos para que não caísse no esquecimento dos
jogadores, e criou (na minha opinião) um dos melhores Story Modes dentro do género de luta na PSX. A forma como cada personagem interage com as outras no
Story Mode está fantástica não alterando abruptamente o rumo da história de
personagem para personagem. Os combates também não têm uma ordem standarizada.
Cada história é uma história. E cada final é diferente do próximo apesar de
existirem alguma semelhanças entre personagens. Mas no fim todas as histórias
são bastante interessantes com um bom argumento, capazes de criar uma realidade
alternativa. Foi uma boa aposta da Hudson ter dado este rumo a Bloody Roar, não
o tornando apenas num jogo de arcada.
Falando em arcada existe também o Arcade Mode que podemos
utilizar para desbloquear opções extra no modo de combate à semelhança do 1º
jogo. As 11 personagens já são um leque mais simpático mas Bloody Roar 2 ganha
mesmo é nas personagens em si. Todas elas são extremamente viciantes e é difícil escolher uma preferida. Todas têm a sua graça e todas conseguem o seu
protagonismo perante os jogadores. Não é comum isso acontecer nos jogos de Luta.
Portanto BR2, veio se mostrar um jogo igual mas bem melhor
que o anterior. Por esta altura pouco havia a acrescentar aos jogos de luta. Se tivesse surgido depois de Tekken 2 e antes de Tekken 3, BR2 tinha tido um impacto bastante diferente, mas o destino assim não quis. Mas vale sempre a pena pegar num jogo deste calibre... Vamos lá às contas do costume:
Gráficos: 9.0 (Melhores ainda! muito bons mesmo)
Jogabilidade: 9.0 (Electrizante como sempre! Talvez o melhor atractivo do jogo)
Som: 8.0 (Entranha-se de uma forma estranha na nossa cabeça ao ponto desligarmos o jogo e ela permanecer la umas horitas ainda)
Longevidade: 7.5 (Melhor.. muito melhor... mas ainda é o VS Mode a salvar o dia)
Nota Final: 8.7 (Bloody Roar 2 mostra uma evolução simpática em relação ao seu antecessor, e prova ser um dos melhores beat'em'ups da velhinha PSX)
Lembro-me bem de ver anúncios ao primeiro jogo da série em algumas revistas portuguesas, mas por acaso nunca cheguei a jogar nenhum. O conceito dos transfor- quer dizer, licantropos, até que é interessante, mas na altura eu era bem mais colado em Virtua Fighter.
ReplyDeleteTenho pena nunca ter jogado nenhum virtua fighter (só nas arcadas), mas nesta época ninguém destronava Tekken 3 do melhor Beat'em'up (talvez com a excepção de street fighter alpha 3 por ser em 2D) =P
ReplyDeleteBom, eu discordo! Acho que VF sempre deu baile aos Tekken na jogabilidade que é mais profunda e complexa. Mas é uma questão de gostos e o facto de eu ser um pouco fanboy da Sega também turva a minha opinião ahah.
ReplyDeleteA isto chamava-se: Guerra da Consolas!
ReplyDeleteEu tinha 11 anos quando joguei pela 1ª vez Bloody Roar 2, em 2004, viciante mesmo, vc joga uma vez e quer jogar outra, se for no modo vs é mais viciante ainda. Fico na dúvida se Bloody Roar é melhor que Tekken, os dois são bons!!!
ReplyDeleteComo jogar com personagens cabeçudos
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