Género: Plataformas
Produtora: Naughty Dog Inc.
Editora: Sony
Costuma-se dizer que quem é vivo sempre aparece. E Crash Bandicoot voltou a aparecer um ano depois da sua ultima aventura em Cortex Strikes Back. E caramba se CB2 já era bom, este conseguiu ser ainda melhor! A Naughty Dog pegou no mesmo motor de jogo e criou algo mais completo e diversificado, dando também protagonismo a Cocô irmã de Crash Bandicoot.
Outro irmão que aparece é o de Aku Aku. Uka Uka é o nome
dele e é o Alter Ego do seu irmão. Em bom português pode-se dizer que é mau
como às cobras, e ainda por cima alia-se a quem? Exacto: Dr. Neo Cortex, que
pretende vingança (outra vez!) e para isso precisa dos cristais (outra vez!!)
que agora se encontram espalhados pelo Tempo e temos de viajar a vários pontos
históricos capturar os cristais antes que Cortex o faça. Além destas 2 peças,
junta-se a eles o criador da maquina do tempo (mas ele não podia ser dos
bons??) formando os 3 os irmãos metralha de Crash Bandicoot 3: Warped.
Gráficos: São idênticos aos de Crash Bandicoot 2: Cortex
Strikes Back. Pronto já está, procurem a análise de Crash Bandicoot 2 na secção
de Plataformas aqui do lado esquerdo e leiam, é isso…
Ah! Achavam que sim? Era só para darem algum uso ao quadro
lateral! É verdade que a diferença não é muito mas ao mesmo tempo também é
toda. Passo a explicar: a variedade de níveis em CB3: Warped é muito superior
ao antecessor, e o aproveitamento do motor gráfico também é melhor. Existem níveis subaquáticos onde o efeito da água é espectacular embelezando um nível que poderia ser muito mais aborrecido de outra forma. O mesmo acontece por
exemplo nos níveis medievais e da muralha da china, onde a acção ambiente é
constante e torna o nível muito mais apelativo e interessante. Falando em
animações, houve (sem surpresa) um Boost de animações de Crash Bandicoot 3.
Falo claramente das mortes! Há novas mortes e novos inimigos extremamente
divertidos e originais, que nos cortam ao meio, rasgam-nos os calções e
fazem-nos parecer um balão com uma fuga desorientado pelo ar!
Jogabilidade: Ahah aqui sim pode-se dizer que houve grandes
melhorias! Em Crash 3 podemos contar agora com uma mão cheia de novos
movimentos que vamos ganhar à medida que vencemos os vários bosses das áreas Crash agora consegue fazer um duplo salto, um super splash, um remoinho
prolongado, correr mais depressa, e utilizar uma bazooka que usa os pêssegos
como munição! (Ahah Mike lá tas tu com as mesmas piadas de sempre.. já estamos
um bocado fartos sabias?) Não, desta vez falo mesmo a sério, existe uma
BAZOOKA!!
Muito bem, na verdade tirando a bazooka, os movimentos novos
não mais do que pequenos boosts dos movimentos já existentes, e a Naughty Dog
não é burra e sabe perfeitamente que os fãs não se iam simplesmente contentar
com isso, portanto decidiu espalhar magia da forma que melhor faz, que é
através dos níveis. A variedade de níveis não se mostra apenas nos cenários mas
também na forma de jogar de cada um. Existem os níveis medievais, árabes,
futuristas que mantêm um estilo de jogo semelhante aos Crash Bandicoot anteriores, traduzindo-se em típicos jogos de plataformas mas com o estilo que
a Naughty Dog incutiu em Crash. Depois existe o nível dos dinossauros,
onde Crash vagueia pela época Jurássica e tem o auxilio de um
dinossauro bebé em determinadas alturas. Noutras terá de fugir de um
Triceratops enraivecido à semelhança dos Urso polar gigante de Crash 2.
Completamente novos são mesmo os níveis sub-aquáticos onde Crash enverga um par
de barbatanas e uma botija de ar comprimido e nada que nem um peixinho laranja
(tipo o Nemo?) a caçar tubarões (ahh sim, tal e qual..) num cenário
espectacular mesmo em gráficos 2.5D. Mas não acaba por aqui. Crash agora também
virou motoqueiro, e anda ao despique em corridas pelos cristais nas nacionais
Americanas. Este níveis trazem algo completamente diferente a Crash Bandicoot
3, e são bastante divertidos tanto pela apresentação como pela a surpresa que
trazem. E depois existem os níveis dos aviões onde temos de destruir os dirigíveis de Neo Cortex onde quem também entra em acção é Coco, a irmã de
Crash. Ela também ganha protagonismo nos níveis dos piratas, onde percorremos
as águas do pacifico num jet ski (em grande estilo) e na muralha da china
andamos nas costas de um tigre juvenil onde temos de nos desviar e saltar sobre
vários obstáculos ( e chineses também!).
Podem não acreditar mas ainda existe mais, os níveis das
catacumbas não foram esquecidos e cada um apresenta uma variedade nova, com os
pirilampos que iluminam Crash no escuro, ou a subida e descida dos níveis de
água, com novas armadilhas e novos inimigos em todos os níveis Toneladas de
novidades que dão para encher as (in)satisfações dos fãs, e não fãs mais
exigentes que possam haver por aí!
Som: Ok se existe algo que não podemos discordar é a qualidade sonora de Crash Bandicoot 3: Warped. Mas também não é nada que merecesse ser de
grande destaque, visto o que já foi conseguido no jogo anterior. Não me iria
repetir em elogios se não tivesse a destacar algo que raramente falo nas
análises mas que aqui está tão perfeito que é impossível passar ao lado. Falo
da conjugação entre os efeitos sonoros e a banda sonora do jogo. A masterização
e construção de ambos está tão perfeita que um não faz sentido sem o outro ao
fim de um par de horas a jogar (hhmmm quase que soa a romântico . Torna-se tão
automático e essencial ouvir os sons de Crash a rodopiar, saltar sobre os
inimigos, ou deslizar sobre o solo como jogar Crash sem qualquer tipo de som
ambiente. Muito, mas mesmo muito bom Naugthy Dog. Ainda não tinha sentido uma “química”
sonora a este nível nestes 43 jogos analisados.
Longevidade: Tal como já tinha dito anteriormente teremos
que apanhar 25 cristais pelos 25 níveis do jogo para defrontarmos Neo Cortex e
Uka Uka. Mas para acedermos ao derradeiro final é necessário colectarmos todas
as 43 Gems do jogo. Isto não é novidade nenhuma pois não? A Naughty Dog também
sabia isso e decidiu alterar um pouco as regras. Portanto agora vamos ter
acesso a 5 níveis bónus para conseguirmos colectar tudo, mas esse acesso é
conseguido apenas se obtermos as relíquias dos Time Trials. Traduzido para
português significa que vamos ter de passar os níveis de Crash Bandicoot em
contra-tempo, aumentando exponencialmente a dificuldade de jogo e consequentemente a sua duração. Basta conseguirem o mínimo exigido para a Relíquia de Safira. Mas o cenário mais provável é darem por vocês a tentarem
bater todos os recordes possíveis imaginários para conseguirem as Relíquias de
Ouro ou mesmo até as de Platina. Não será obrigatório, mas o desafio torna-se
tão aliciante que vão dar por vocês a perderem horas de vida a tentar
superá-lo. Tanto que se vão esquecer que existe outro final por desbloquear.
Bem, está claro depois de tudo o que foi dito que Crash
Bandicoot 3: Warped é um jogo simplesmente brilhante. A não esquecer que este é
um jogo que saiu em 1998 e está praticamente imaculado de falhas. Crash
fortalece o seu domínio nos jogos de plataformas dentro da playstation (e
também fora dela para muitos jogadores), e faz jus ao seu estatuto de mascote
da Sony Playstation. Todas as adições em relação ao jogo anterior melhoraram
ainda mais o factor diversão tanto que este Crash Bandicoot é aquele em que eu
ainda vou jogando para desanuviar e tentar adquirir todas as relíquias de
platina. Pode-se se dizer que atingiu o topo do patamar dentro do género nesta
consola sendo inquestionavelmente superior a Spyro, Croc ou Gex. Eis as
pontuações:
Gráficos: 9.0 (Mesmo motor mais pormenores e variedade nas
animações.)
Jogabilidade: 9.5 (De levar os jogadores aos céus)
Som: 9.0 (Sem dúvida das melhores conjugações até á data)
Longevidade: 9.8 (Praticamente incansável de jogar, e dura.. e
dura.. e dura… )
Nota Final: 9.4 (Um dos melhores jogos de sempre da
Playstation)




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