Deixa-me lá ver se encontro...

6.1.13

Mortal Kombat Trilogy

Data de Lançamento: 01/12/1996
Género: Luta
Produtora: Avalanche Soft.
Editora: GT Interactive









Meninos vamos lá outra vez: Depois do 1 vem o… (2!!!). Depois do 2 vem o… (3!!!) depois do 3 vem o… (4!!!). Não! Vem o quê? Digam lá outra vez… (O 4!!!). Ai! Vá, pensem lá um pouco, depois do 3 vem o…(…), vem o… (3.1???).
Não! A seguir a Mortal Kombat 3 vem a trilogia completa num só jogo! Sabem o que é que isso significa? "Mais sangue e violência?". Também, e isso inclui todas as personagens dos jogos Mortal Kombat num só CD!!!
"Hmmm interessante, e se eu não gostar de Mortal Kombat?"
Ahhaaaaa!! Já estava a espera desta! Para aqueles que ainda não ficaram totalmente convencidos com Mortal Kombat podem…err, faazzerrr… podem.. talvez jogar outro jogo…

Pois é, o jogo mais violento dos anos 90 volta com uma trilogia, na Playstation. E isso significa um leque variadíssimo de personagens à escolha, incluindo todos os bosses dos Mortal Kombat! Weeeeeeeeeeee…! Mas isto sou eu que fico contente por ser um aficionado por esta série, mas não me posso esquecer de um pequeno detalhe. Por esta altura o jogo já deveria ter sofrido uma evolução mais significativa, pois acaba por ser sempre mais do mesmo. Não que me importe muito, pois gosto do jogo assim, mas reconheço que é tempo de fazer alguma inovação. Nota-se muito poucas melhorias em relação aos jogos anteriores, e a tecnologia já permite se que faça algo mais. Além de que jogos como Tekken, ou Virtua Fighter, ou Battle Arena Toshiden começam a surgir por esta altura e oferecem algo que MK não tem… o 3D (iihh lá vem a história do 3D…).

Sobre a importância do 3D, a verdade é de que começa a ser crucial por esta altura. Mas também é verdade que existem jogos como Street Fighter que não se deixam abater por isso! Street Fighter tal como outros beat’em’up em 2D (King Of Fighters, DarkStalkers) tinham uma jogabilidade muito mais viciante e rápida de apanhar além de um aspecto magnifico, bastante definido e animado mesmo que em duas dimensões.  Mas MK decidiu manter o mesmo motor gráfico de MK3 não apostando em algo mais profundo. Mesmo não sendo maus, os gráficos renderizados (uma técnica inovadora do 1º MK que criava personagens a partir de modelos reais, dando mais realismo ao jogo) já não representavam a novidade de outrora. Mas ainda assim MK Trilogy mantinha o trunfo da brutalidade e da violência explicita no jogo.
De facto já em MK 3 foi esse o trunfo, sobretudo devido ao atractivo principal que eram os finishing moves mais conhecidos e controversos da historia dos beat’em’ups: os Fatalities! Em Mortal Kombat Trilogy foi introduzido um novo tipo de finishing move denominado de brutallity, que consistia num conjuntos de golpes que no final rebentavam com o adversário em bocados (mais ou menos o que me apetece ao meu cão quando me mija dentro de casa…). Além disto foram introduzidas 3 novas personagens seleccionáveis totalizando um agradável conjunto de 32 personagens (ah Lelo, há pró menniiiiino e prá menniiiiina!)



Mas por muitas personagens que existem, maior parte delas são bastante difíceis de controlar. A ausência de um modo de treino não permite-nos conhecer os truques de cada personagens, e os controlos são complexos, principalmente para os finishing moves. Mesmo sabendo a combinação exacta para executar os truques, na pratica é exageradamente complicado fazê-los. E o modo single player mantém-se extremamente difícil  Mesmo seleccionando Kintaro (o sub-boss de MK2) fica muito complicado e deixa-nos a suar ao final de uma tarde exaustiva na dificuldade intermédia. E nem sequer tem história! Mas também é uma das poucas personagens a não ter verdade seja dita. Os bosses são os únicos personagens onde não podemos completar o enredo no final do modo arcada, mas a história de MK já deixou de ter interesse por é tudo à base do mesmo, e tudo o que vemos no final são algumas imagens e o texto narrativo… borring!

O que salva este jogo é o VS mode, que no meio de tantas personagens que passaram por todos os MK nem sabemos por onde escolher! A 1ª escolha vai decididamente para os bosses que nos tiraram tantas horas de sono da nossa vida a tentar derrota-los (assim que escolhi Kintaro ou Motaro, dei umas boas gargalhadas desalmadamente maléficas, porque senti que tinha o mundo nas mãos… mas essa sensação foi-se assim que perdi o combate no 4º personagem).


Bem, mas afinal que tem este jogo tão de especial que mereça uma nota de destaque?... Nada, mesmo nada, a não ser que sejam mesmo fãs enormes da série, e será única e exclusivamente a vossa compaixão pelo jogo a sobrevaloriza-lo. Mas também não passa de bestial a besta. Vejam as cotações:

Gráficos: 6.5 (Gráficos renderizados?? Um bocado old fashion não?)

Jogabilidade: 7.0 (Mais personagens, mais truques, mais fatalities… mais difícil se torna neste jogo usufruir disto tudo.)

Som: 5.5 (O mesmo ambiente sombrio de sempre.. não mudaram nada)

Longevidade: 7.5 (É engraçado sem duvida, mas não eternamente engraçado)


Nota Final: 6.5 (MK Trilogy acaba por demonstrar aqui que é: um jogo mediano a cair para a desgraça. Esperemos que seja uma espécie de despedia para entrar numa nova fase mais actualizada e interessante.. Mas sem dúvida que recomendo a todos aqueles que tenham gostado dos jogos anteriores!)

5 comments:

  1. Se não estou em erro as brutalities foram introduzidas no Ultimate Mortal Kombat 3, que por si só já era uma espécie de pré-Mortal Kombat Trilogy. A Midway da altura já parecia uma Capcom dos dias de hoje.

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  2. Sim e depois viu-se os resultados com o Mortal Kombat 4, mas isso é um capítulo que futuramente ainda hei-de desenvolver... ;) Este jogo vale pelo Kintaro! Mas o Ultimate acho que não surgiu na PSX

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  3. Nop, saiu até para a Mega Drive e SNES, mas a PS1 não o recebeu...

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  4. As Brutalities apareceram neste Trilogy, o Ultimate não as tinha. Curiosamente a versão de SNES do Ultimate não tinha a Sheeva mas a mesma estava no código de jogo e causava um glitch brutal que atrofiava tudo. Na altura como era puto, pensei que o jogo estivesse estragado e fui à loja trocá-lo por outro. O problema persistia e acabei por trazer o Donkey Kong Country 3. Melhor troca de sempre. ^^

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  5. As brutalities existem no UMK3 sim, não sei se a versão SNES as tem, mas a versão Mega Drive garanto que tem porque já fiz lá algumas no emulador há uns bons anos. Aliás, até estão descritas nos movelists dos jogos: http://www.cheatbook.de/cfiles/mortalkombat3ultimatesega.htm

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