Deixa-me lá ver se encontro...

17.2.13

Air Combat


Data de Lançamento: 10/10/1995
Género: Simulador de Aviões
Produtora: Namco
Editora: Namco








Todos os jovens e adolescentes que viveram a primeira metade dos anos 90’ ponderaram (de certeza) seguir uma carreira como pilotos de aviões. E este fenómeno deve-se a um filme, com o Tony Cruzes (quem???) como actor principal chamado Top Gun (Mike o nome é Tom Cruise! – Não, é mesmo Top Gun fui ver ao IMDB). Mas afinal que é que não gostava de comandar um caça, ganhar montes de dinheiro e ter um número indeterminado de tipas atrás?? Pois, é a má noticia é que existem 0.00001% de probabilidades de alguém que esteja a ler este post de o conseguir concretizar. Felizmente, existe Air Combat.

Ora muito bem! Mais um jogo que acompanhou o inicio de vida da primeira consola da Sony, mais um excelente lançamento da Namco, e finalmente um dos primeiros simuladores de aviões a aparecer no mercado dos videojogos. Sim, até esta data nenhum outro jogo trouxe tão perto a sensação de estarmos numa missão de alto risco da força aérea  apesar de nesta época já existirem outros simuladores de aviação como Starfox da SNES (desculpa!? Simulador de aviões??), ou então os Flight Simulator da Microsoft. Mas nenhum deles oferecia a combinação de acção e estratégia que Air Combat tinha. A história é muito simples: Somos um grupo de mercenários aéreos que é contratado para vários serviços em nome da defesa contra o terrorismo. E basta de argumento! Porque o que realmente importa são as missões!

São 17 as missões que nos são atribuídas ao longo do jogo. Em cada missão é-nos pago uma recompensa que podemos utilizar para comprar outros aviões que nos servirão (uns mais do que outros, alguns nem vale a pena comprar) para futuras missões. As primeiras missões servem praticamente para a adaptação aos comandos e a partir da terceira missão a coisa aquece um pouco! Enganem-se se acham que ao escolherem o caça mais rápido e potente que vão ter mais sucesso nas missões, pois o que vos vai acontecer assim é verem… os aviões passar (AHAHAHHAHHHAHAH ESTA FOI BRUTAL AAAHHAHAHHHH…)! Isto apenas para dizer que tem de existir uma escolha equilibrada dos aviões em função dos dos objectivos que nos são postos à frente. Mas basicamente consiste em localizar e destruir alvos e essa mecânica é absolutamente fascinante (sim é verdade, todos temos um Hitler dentro de nós). A forma mais eficaz de aniquilar os nossos alvos será a partir dos mísseis que temos à nossa disposição e a Namco concebeu um sistema bastante prático. Ao aproximarmos-nos do nosso alvo automaticamente a mira “prende” a trajectória e basta-nos disparar.. se ouvirmos “BINGO!”  é sinal que alguém fez bingo primeiro que nós e perdemos o nosso dinheiro… (Mike de que raio estás a falar afinal??). 

Seja como for nem tudo é um mar de rosas, na maioria das missões o lema é: Ou caças ou és caçado, e acreditem que é bastante difícil concentrarmos-nos num alvo quando temos uns 2 ou 3 mísseis à perna. O controlo não é o melhor mas também não fica aquém do que seria esperado, visto que Air Combat tenta puxar o melhor que pode do realismo. E de certa forma consegue-o muito bem , visto que os gráficos estão deslumbrantes para a sua época (não se esqueçam que estamos em 1995) mas ainda assim muito repetitivos ao fim de uma dezena de missões. Mas o que mais impressiona graficamente é a solidez dos aviões. Existem duas perspectivas de visão ingame: um de dentro do cockpit e uma de fora, e apesar de ser mais prático jogarmos como dentro do cockpit (devido ao inúmero conjunto de informações a que temos acesso)  é muito mais sensacional vermos todas as manobras dos caças que comandamos (deveriam ter feito um misto das duas!).


Uma das vantagens das consolas de nova geração era poder jogar em casa os jogos que só era possível jogar nas arcadas, e com a vantagem de não ser necessário colocar a moeda.. bem para mim isso não se traduz totalmente numa vantagem. Bem pelo contrário, aponto isso como um defeito (até porque destruiu o conceito das salas de jogos) visto que os jogos que na altura saíram era ports directos das máquinas de arcadas, com uma duração relativamente curta. O pior de tudo era que isso fazia com que o modo para um jogador se tornasse extremamente limitado e aborrecido, e isso poderia destruir o impacto da novidade ao fim de algum tempo. Air Combat cria um misto dessas sensações apesar de existir mais actividade single player do por exemplo em ridge racer, mas no modo 2 jogadores acaba também por perder pontos, visto não tornar o jogo de alguma forma mais interessante ou desafiante. E resumidamente Air Combat ficou resignado apenas àquilo que é: Um jogo de simulação de aviões. Ganha por ter conquistado a novidade do género e trazer acção a um estilo de jogo que até à data era muito experimental. Seria mais interessante por exemplo com um tipo de periférico mais realístico  até porque graficamente é bastante competente. Mas não deixa de ser um clássico da Namco e uma saga que fez história na velhinha PSX, por isso vamos lá ao veredicto:

Gráficos: 8.0 (Fantásticos na sua altura, mas aborrecidos lá mais para o final do jogo)

Jogabilidade: 8.0 (A sensação pilotar um caça quase que é atingida)

Som: 4.0 (“Mike nem sequer fizeste referência à sonoridade de Air Combat” – Pois foi… não fiz..)

Longevidade: 6.0 (17 missões umas melhores que outras, e um modo 2 jogadores inútil)


Nota Final: 6.8 ( Apesar da nota não é um jogo que se possa dizer mau, até é uma boa perda de tempo, mas não se pode dizer que consiga atingir qualquer tipo de patamar de excelência.)


1 comment:

  1. Allow me to disagree, mesmo não contando cenas mais arcade como o saudoso Afterburner, existiam diversos simuladores de aviões de combate no mercado, principalmente nos computadores, com alguns ports para consolas caseiras. A diferença é que esses jogos para além de complicadíssimos, eram super feios xD

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