Deixa-me lá ver se encontro...

21.2.13

Duke Nukem 3D

Data de Lançamento: 03-12-1997
Género: FPS
Editora: GT Interactive
Produtora: 3D Realms










Uiii! Sabem quem é este tipo?? Sabem? Fazem alguma ideia de quem seja Duke Nukem? Pois eu digo-vos: Duke Nukem é uma versão quarentona de Jonhy Bravo mas com armas.. e com os seus problemas em afirmar-se como homossexual! Mas dentro do parâmetro dos videojogos isso não impediu de ser uma das personagens mais cool dos anos 90! E sim, com alguma vergonha admito ter sido um profundo admirador deste gajo.. mas isso passou-me ontem (quando acabei de jogar o jogo a sério).

Posso dizer que da minha parte este foi um jogo que sempre o vi com olhos de menino, e mesmo quando recentemente foi lançado um novo Duke Nukem para as consolas de 360 bits, achei que a imprensa tinha sido exageradamente má para com o jogo, e faltou-lhe ter uma mente aberta para com Duke Nukem. Até acredito no fundo que as más notas se devessem a isso, numa era onde os FPS atingiram o pico na cadeia dos videojogos, e por consequência o realismo e a seriedade nestes jogo tem um papel muito importante para atrair um publico mais vasto. E seriedade e realismo é tudo o que não existe neste jogo.

Para quem não conhece Duke Nukem (para quem não quê??) vou fazer uma breve descrição do que se trata:


Duke Nukem é um… (nem sei exactamente o que é que ele faz na vida, mas arriscava camionista) …indivíduo, sem escrúpulos, bruta-montes, com a mania que é bom, além disso, tem pinta de taberneiro (seria o Jorge Jesus na sua juventude? Olha,queres ver…!) que se vê rodeado de alienígenas com caras de javalis que estão a tentar matar toda a gente menos as strippers de peitorais avantajados. Apesar do gosto em comum, não é correcto existirem extraterrestres com cara de javalis, por isso está nas mão de Jorge Jesus, (afinal é mesmo ele!!), herrmm... quero dizer, Duke Nukem livrar o planeta terra destes tipos… Pergunto-vos eu onde está a seriedade e realismo num argumento destes? A coisa até podia pegar melhor se em vez de extraterrestres fosse a malta que está no parlamento. Não que resolvesse a questão da seriedade mas pelo menos tornava a coisa mais realista.

Fora de brincadeiras Duke Nukem 3D não é de todo um mau jogo. A versão que escolhi foi obviamente a da PSX. Este é um port directo da versão PC, e devido às várias características dissemelhantes que existem entre as duas plataformas digo com justiça que foi uma adaptação infeliz. Tudo em comparação neste jogo é melhor na versão do PC, e o tempo para adaptarem este jogo para as consolas foi coisa que sempre tiveram pois existe um espaço de um ano entre as versões, e pelo menos graficamente deveriam tentar redesenhar o jogo. Os gráficos encontram se extremamente desactualizados com falta de textura e muito pouca definição e profundidade. Quase que parece um 2D a tentar parecer 3D. Talvez funcionasse numa Mega Drive ou numa Super Nintendo

Mas pronto, as más noticias acabaram. Duke Nukem mantém a sua jogabilidade acessível e eficaz, numa altura onde as alternativas são escassas dentro do género. Duke Nukem consegue oferecer toda as características que um FPS tridimensional pode oferecer e podemos escolher três tipos de controlos diferentes. Pessoalmente adaptei-me melhor ao terceiro tipo de controlo. Achei bastante inteligente colmatarem a falta de teclas disponíveis (no PC usa-se o rato e teclado) com combinações dos botões dos comandos. Demora um pouco a habituação mas depois somos recompensados com flexibilidade total de Duke Nukem. Não é um jogo difícil  e os puzzles existentes não são demasiado complexos oferecendo a violência gratuita e o pudor caracterizando a imagem de marca deste jogo. Ao carregar-mos no botão de acção em diversas ocasiões Duke acaba por fazer ou dizer algo porcamente cool, como mijar nos urinóis e oferecer uns dólares a strippers em troca de errr.. bem em troca de um “tcchãaraaaa…!


Mas após algumas horas de jogo surge-nos um sentimento de déjavu, missão após missão. Duke Nukem torna-se repetitivo, alterando apenas o cenário e a quantidade de inimigos. As missões são muito semelhantes entre elas, a ponto de fazer exactamente os mesmo passos que na missão anterior. É sempre um botão algures que nos abre a porta para entretanto explorarmos a zona encontrarmos os cartões de acesso a portas bloqueadas até chegarmos ao fim do nível. Entretanto existem umas paredes para rebentar com explosivos e descobrirmos uns secrets. É apenas o sentido de humor e a esperança que apareça algo mais para nos surpreender que motiva o jogador a avançar. De facto o jogador é sempre recompensado com pequenos momentos brilhantes como a maquina que nos encolhe, armas diferentes e algumas frases caricatas com um sentido de humor ordinário e negro que Duke tem.

Outro ponto que achei interessante foi a aposta na banda sonora  O estilo musica de Duke Nukem encaixa que nem uma luva (nunca percebi muito bem esta expressão… porquê uma luva e não um sapato por exemplo??). A fusão rock/electrónico/industrial induzida neste foi serviu de exemplo para outros FPS como Quake, e Duke Nukem foi inovador nisso. Aliás tudo em Duke Nukem é novo e arrojado, e tal como alguém disse “A sorte protege os audazes” e neste aspecto até que safou de alguma forma o trabalho da 3D Realms.


Duke Nukem 3D é um jogo com altos e baixos, que leva a vantagem de ser irreverente, e pelo seu impacto inicial ser extremamente positivo. Traz um pouco da influência de Doom mas fixa-se na história pelo seu carisma e pela audácia da sua apresentação. Apesar de tecnicamente não o FPS que mais marcou na sua altura (relembro que era um género relativamente recente) deixou uma legião de fãs devido à sua violência e brutalidade. Foi pena as versões das consolas não terem sido tão boas quanto a do PC. Nesta versão da PSX graficamente deixou muito a desejar.

Aqui fica a minha cotação:

Gráficos: 5.0 (Horrivelmente feios! Como deixaram passar isto?)

Jogabilidade: 7.0 (Não é a perfeita, mas foi bem pensada tendo em conta que não existe um teclado)

Som: 7.0 (Tão característico, que marcou o jogo)

Longevidade: 7.5 (Muitas missões, com muitos secrets e muito gozo pela frente, perde apenas pela repetitividade)

tcchãaraaaa…!

Nota Final: 6.5 (Não, nunca disse que era um mau jogo. Deu imenso gozo jogá-lo mas o que é certo e que podia ter sido bastante melhor. Recomendo a versão PC para desfrutarem do máximo deste jogo)


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