Data de Lançamento: 03-12-1997
Género: FPS
Editora: GT Interactive
Produtora: 3D Realms
Uiii! Sabem
quem é este tipo?? Sabem? Fazem alguma ideia de quem seja Duke Nukem? Pois eu
digo-vos: Duke Nukem é uma versão quarentona de Jonhy Bravo mas com armas.. e
com os seus problemas em afirmar-se como homossexual! Mas dentro do parâmetro dos videojogos
isso não impediu de ser uma das personagens mais cool dos anos 90! E sim, com
alguma vergonha admito ter sido um profundo admirador deste gajo.. mas isso
passou-me ontem (quando acabei de jogar o jogo a sério).
Posso dizer
que da minha parte este foi um jogo que sempre o vi com olhos de menino, e
mesmo quando recentemente foi lançado um novo Duke Nukem para as consolas de
360 bits, achei que a imprensa tinha sido exageradamente má para com o jogo, e
faltou-lhe ter uma mente aberta para com Duke Nukem. Até acredito no fundo que
as más notas se devessem a isso, numa era onde os FPS atingiram o pico na
cadeia dos videojogos, e por consequência o realismo e a seriedade nestes jogo
tem um papel muito importante para atrair um publico mais vasto. E seriedade e
realismo é tudo o que não existe neste jogo.
Para quem
não conhece Duke Nukem (para quem não quê??) vou fazer uma breve descrição do que se
trata:
Duke Nukem é
um… (nem sei exactamente o que é que ele faz na vida, mas arriscava camionista)
…indivíduo, sem escrúpulos, bruta-montes, com a mania que é bom, além disso,
tem pinta de taberneiro (seria o Jorge Jesus na sua juventude? Olha,queres
ver…!) que se vê rodeado de alienígenas com caras de javalis que estão a tentar
matar toda a gente menos as strippers de peitorais avantajados. Apesar do gosto
em comum, não é correcto existirem extraterrestres com cara de javalis, por isso
está nas mão de Jorge Jesus, (afinal é mesmo ele!!), herrmm... quero dizer, Duke
Nukem livrar o planeta terra destes tipos… Pergunto-vos eu onde está a
seriedade e realismo num argumento destes? A coisa até podia pegar melhor se em
vez de extraterrestres fosse a malta que está no parlamento. Não que resolvesse
a questão da seriedade mas pelo menos tornava a coisa mais realista.
Fora de
brincadeiras Duke Nukem 3D não é de todo um mau jogo. A versão que escolhi foi
obviamente a da PSX. Este é um port directo da versão PC, e devido às várias
características dissemelhantes que existem entre as duas plataformas digo com
justiça que foi uma adaptação infeliz. Tudo em comparação neste jogo é melhor
na versão do PC, e o tempo para adaptarem este jogo para as consolas foi coisa
que sempre tiveram pois existe um espaço de um ano entre as versões, e pelo
menos graficamente deveriam tentar redesenhar o jogo. Os gráficos encontram se
extremamente desactualizados com falta de textura e muito pouca definição e
profundidade. Quase que parece um 2D a tentar parecer 3D. Talvez funcionasse
numa Mega Drive ou numa Super Nintendo…
Mas pronto,
as más noticias acabaram. Duke Nukem mantém a sua jogabilidade acessível e
eficaz, numa altura onde as alternativas são escassas dentro do género. Duke
Nukem consegue oferecer toda as características que um FPS tridimensional pode
oferecer e podemos escolher três tipos de controlos diferentes. Pessoalmente
adaptei-me melhor ao terceiro tipo de controlo. Achei bastante inteligente colmatarem
a falta de teclas disponíveis (no PC usa-se o rato e teclado) com combinações
dos botões dos comandos. Demora um pouco a habituação mas depois somos recompensados
com flexibilidade total de Duke Nukem. Não é um jogo difícil e os puzzles
existentes não são demasiado complexos oferecendo a violência gratuita e o
pudor caracterizando a imagem de marca deste jogo. Ao carregar-mos no botão de
acção em diversas ocasiões Duke acaba por fazer ou dizer algo porcamente cool,
como mijar nos urinóis e oferecer uns dólares a strippers em troca de errr..
bem em troca de um “tcchãaraaaa…!”
Mas após
algumas horas de jogo surge-nos um sentimento de déjavu, missão após missão.
Duke Nukem torna-se repetitivo, alterando apenas o cenário e a
quantidade de inimigos. As missões são muito semelhantes entre elas, a ponto de
fazer exactamente os mesmo passos que na missão anterior. É sempre um botão
algures que nos abre a porta para entretanto explorarmos a zona encontrarmos os
cartões de acesso a portas bloqueadas até chegarmos ao fim do nível. Entretanto
existem umas paredes para rebentar com explosivos e descobrirmos uns secrets. É
apenas o sentido de humor e a esperança que apareça algo mais para nos
surpreender que motiva o jogador a avançar. De facto o jogador é sempre
recompensado com pequenos momentos brilhantes como a maquina que nos encolhe,
armas diferentes e algumas frases caricatas com um sentido de humor ordinário e
negro que Duke tem.
Outro ponto
que achei interessante foi a aposta na banda sonora O estilo musica de Duke
Nukem encaixa que nem uma luva (nunca percebi muito bem esta expressão… porquê
uma luva e não um sapato por exemplo??). A fusão rock/electrónico/industrial
induzida neste foi serviu de exemplo para outros FPS como Quake, e Duke Nukem
foi inovador nisso. Aliás tudo em Duke Nukem é novo e arrojado, e tal como
alguém disse “A sorte protege os audazes” e neste aspecto até que safou de
alguma forma o trabalho da 3D Realms.
Duke Nukem
3D é um jogo com altos e baixos, que leva a vantagem de ser irreverente, e pelo
seu impacto inicial ser extremamente positivo. Traz um pouco da influência de
Doom mas fixa-se na história pelo seu carisma e pela audácia da sua
apresentação. Apesar de tecnicamente não o FPS que mais marcou na sua altura
(relembro que era um género relativamente recente) deixou uma legião de fãs devido
à sua violência e brutalidade. Foi pena as versões das consolas não terem sido
tão boas quanto a do PC. Nesta versão da PSX graficamente deixou muito a
desejar.
Aqui fica a
minha cotação:
Gráficos:
5.0 (Horrivelmente feios! Como deixaram passar isto?)
Jogabilidade:
7.0 (Não é a perfeita, mas foi bem pensada tendo em conta que não existe um
teclado)
Som: 7.0
(Tão característico, que marcou o jogo)
Longevidade:
7.5 (Muitas missões, com muitos secrets e muito gozo pela frente, perde apenas
pela repetitividade)
“tcchãaraaaa…!” |
Nota Final:
6.5 (Não, nunca disse que era um mau jogo. Deu imenso gozo jogá-lo mas o que é
certo e que podia ter sido bastante melhor. Recomendo a versão PC para
desfrutarem do máximo deste jogo)
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